Caros leitores, tendo encerrado o
Tempo Pascal, voltamos agora ao tempo ordinário da Liturgia, o chamado Tempo
Comum. O que é muito comum nessa
época são afirmações do tipo: “agora não
preciso ir à Igreja”; “No Tempo Comum não se celebra nada, não é importante”. Infelizmente,
essas são afirmações falsas e de pessoas que não sabem viver verdadeiramente o
espírito de todo o Ano Litúrgico. Evidentemente, o Tempo Comum não é um tempo
marcado por grandes celebrações como foi a Quaresma e a Páscoa, mas é um tempo
de caminhar junto com o Cristo. Propositalmente, o Tempo Comum está colocado na
Igreja após as duas maiores solenidades: Natal e Páscoa. E nas duas surge uma
reflexão implícita interessante de ser observada.
Após o Natal
Durante quatro semanas, nos
preparamos para o Natal (Tempo do Advento), depois celebramos a grande
festividade do nascimento do Senhor, a Sagrada Família, a Epifania e o Batismo
de Jesus. Mas, e aí? Parou por aí? Não! O verdadeiro seguidor de Jesus não o
“segue” somente nas festas e solenidades, mas sim em todos os momentos de sua
vida.
Após a Páscoa
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Durante as cinco semanas da
Quaresma, nos preparamos para viver o mistério pascal durante a Semana Santa,
celebrando o Tríduo Pascal. Depois, passam-se cinquenta dias desde a
ressurreição do Senhor até a vinda do Espírito Santo em Pentecostes. Termina
por aí? Claro que não! Depois de Pentecostes, os discípulos são enviados pelo
mundo para pregar o Evangelho e conosco não é diferente: somos chamados a viver
mais intimamente com o Senhor e a pregar seu Evangelho a toda criatura.
O Tempo Comum significa, portanto,
caminhar em companhia de Jesus e de seus discípulos. É um caminhar para a
glória, pois a coroa desse tempo de graça é a solenidade de Cristo Rei do
Universo na 34ª semana Comum. Além do mais, é um tempo marcado pela ação do
Espírito Santo, celebrado no Pentecostes. É o caminhar da Igreja, alimentada
pelos Sacramentos, seguindo os passos do seu Senhor. No Tempo Comum a cor
litúrgica usada é o verde, cor da esperança.
Nós retornamos ao Tempo Comum
estando na sétima semana. Na realidade, deveríamos estar na sexta, mas por uma
questão de acomodação e para que se possa fechar corretamente trinta e quatro
semanas, faz-se esta adaptação.
REFERÊNCIA
BORTOLINI, José. Tempo Comum: 40 perguntas e respostas. São Paulo, Paulus. 4ª
edição, 2010.
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