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terça-feira, 14 de maio de 2013

Novena de Pentecostes: Quinto Dia



Quinto dia: O DOM DE CONSELHO

TODOS - Fazei, ó divino Espírito Santo, que a vossa luz oriente todos os nossos planos, escolhas e decisões, de modo que vivamos sempre guiados pela prudência cristã, e possamos “dar bom conselho a quem dele precisar”.

LEITOR - Hoje vamos meditar sobre o dom de Conselho. A oração que acabamos de fazer, já nos dá uma boa ideia dele. O Papa João Paulo II expôs essa doutrina nas alocuções que fez aos domingos, antes de rezar o Regina Caeli do meio-dia, no tempo de Páscoa de 1989. Foi no dia 7 de maio de 1989 que falou do dom de Conselho, e dizia que, mediante esse dom, o Espírito Santo enriquece e aperfeiçoa a virtude da prudência (necessária para fazer escolhas e planos, e para tomar decisões acertadas), e ilumina interiormente a alma sobre o que deve fazer, especialmente quando se trata de opções importantes. Dizia que é como “um sopro” do Espírito Santo dentro da nossa consciência. Já imaginaram como é importante acertar quando temos que decidir, por exemplo, sobre a escolha da vocação; sobre casar ou não com uma determinada pessoa; procurar ter ou não mais um filho; decidir entre um trabalho honesto e pouco lucrativo e outro mais lucrativo mas moralmente duvidoso; colocar um filho numa escola boa e que sai muito em conta, mas que transmite erros sobre a fé e a moral, ou em outra escola um pouco inferior, mas que não prejudica a fé e a moral dos alunos; ou, quando surgem problemas difíceis na vida dos filhos, como ajudar um filho que já se envolveu com drogas; ou então saber se um católico pode recorrer, em caso de doença, a “passes” ou “bênçãos” dados por espíritas, etc. etc.

TODOS - Meu Deus, como precisamos deste dom! A toda hora temos dúvidas que não sabemos resolver bem, e podemos fazer disparates, tomando decisões ou dando conselhos de consequências trágicas, pensando que agimos bem. Como doem, por exemplo, os erros cometidos na educação dos filhos! Ou os cometidos por enganar-nos na escolha da vocação!

LEITOR - Eu sugiro agora rezar com o coração, pedindo esse dom do Espírito Santo, e meditar em silêncio sobre as nossas dúvidas de consciência, talvez dúvidas que deixamos ficar enrustidas, sem resolver, quando deveríamos ter procurado, antes de que fosse tarde, a resposta de Deus na oração e no conselho de um bom orientador.

(pausa de silêncio)

LEITOR - Acho que pode ser útil perceber que a prudência cristã, que nós pedimos com o dom de Conselho, não é necessária só para grandes ocasiões e grandes problemas, mas no dia-a-dia, nas coisas mais comuns. Todos nós podemos organizar os horários do nosso dia (dentro de certas limitações) como quisermos. Tendo a mesma carga horária de trabalho, há pessoas que encontram tempo para Deus, tempo para conversar com os filhos, tempo para visitar doentes…, e outras que não têm tempo para nada. O mesmo tempo pode ser “esticado” ou “encolhido”, dar para muito ou não dar para nada. Depende do coração! Ou, para dizê-lo de outra forma, do “querer”. Quando uma pessoa quer muito uma coisa (porque tem a convicção de que é boa para ele, ou porque gosta muito, ou porque tem entusiasmo), arranja tempo; não se sabe como, mas arranja tempo… A pessoa que quer muito fazer um curso superior faz “milagres”, por assim dizer, mas arranja tempo; o namorado ou a namorada apaixonados arranjam tempo para namorar; o torcedor roxo, arranja tempo para fazer fila na bilheteria de um clássico; a dona de casa viciada em telenovela, arranja tempo para não perder nenhum capítulo… E não se diga nada do “tempão” que muitos dedicam a programas noturnos de televisão ou à Internet - coisas muitas vezes indecentes - um monte de pessoas que, por outro lado, dizem que não têm tempo para rezar, para ler, para trocar ideias com a esposa ou o marido e com os filhos, para visitar parentes… Então, vocês veem como é importante que peçamos a Deus que nos ajude a ter prudência e conselho, para nos organizarmos e aproveitar o tempo da vida - que sempre é breve - para as coisas que realmente valem a pena, as coisas que Deus quer. Só que isso custa, exige sacrifício, e nós estamos mais a favor da “lei do gosto” do que da “lei do amor e do bem”.

TODOS - Meu Deus, fazei com que enxerguemos essas verdades! Que não nos enganemos com desculpas (aquelas de: não tenho tempo de conversar em família, não tenho tempo para ir à Missa, não tenho tempo de rezar, não tenho tempo de fazer trabalhos apostólicos, não tenho tempo de ajudar e aconselhar os que se extraviam…). E assim vamos passando a vida, deixando as coisas para depois, evitando o que custa… Uma vida vazia de muitas coisas que Deus pede, e cheia de muitas coisas que Deus não quer.

LEITOR - Lembram-se de que hoje, no começo, citando João Paulo II, dizíamos que, com dom de conselho, o Espírito Santo enriquece e aperfeiçoa a virtude da prudência? Acho que agora entendemos bem esta definição, pois a prudência é a virtude que nos ajuda a escolher os verdadeiros bens, as metas boas da vida, e os meios necessários para alcançá-las. Creio que com esses pensamentos podemos terminar a nossa reflexão de hoje.

TODOS - Meu Deus, o que pedíamos na oração inicial deste dia, queremos pedir de novo para terminar: Fazei, ó divino Espírito Santo, que a vossa luz oriente todos os nossos planos, escolhas e decisões, de modo que vivamos sempre guiados pela prudência cristã, e possamos “dar bom conselho a quem dele precisar”.

LEITOR - Sugestão de propósito concreto para este quinto dia: Fazer todas as noites uns minutos de exame de consciência, antes de nos retirarmos para descansar: para ver o que fizemos bem, o que fizemos mal, o que no dia seguinte devemos fazer melhor. E decidir-nos a praticar a confissão frequente e a direção espiritual.

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