Caros
leitores, no último domingo (21), a Igreja toda celebrou com muita alegria e
piedade a elevação de seis beatos aos altares, mas agora como santos. Os seis,
de sua maneira, se destacaram pela forma como viveram ao longo de sua vida:
seja pelo sofrimento ou pelos ensinamentos deixados.
O
papa Bento XVI, frisou em sua homilia o caráter humano que todos os santos
tinham e isto nos mostra que nós também podemos ser santos.
Agora,
vamos saber um pouco mais destes nossos novos intercessores junto a Deus.
SÃO JACQUES
BERTHIEU
Jacques
Berthieu nasceu em 1838 na França e foi desde sua infância um grande apaixonado
por Jesus Cristo. Consagrou-se como padre jesuíta e quis levar ao mundo todo a
glória de Deus. Trabalhou na ilha de Santa Maria e na ilha africana de
Madagascar, onde lutou contra a injustiça proporcionando momentos de consolação
e alegria, principalmente para os enfermos. Os próprios fieis de Madagascar o
consideravam como um “enviado do céu”. Em 1896 morreu mártir e suas últimas
palavras foram: “prefiro morrer do que
renunciar minha fé”.
SÃO PEDRO
CALUNGSOD
O
jovem Pedro Calungsod nasceu em 1654 nas Filipinas, mais precisamente na ilha
de Visayas. Seu grande destaque foi o amor a Jesus Cristo e sua dedicação como
catequista. Foi para a evangelização nas Ilhas Marianas, acompanhado do Pe.
Diego Luiz de San Vitores. Aí, Pedro foi provado e passou por diversas
tribulações para conseguir anunciar o evangelho de Cristo. O maior ensinamento
dado por Pedro era o seu amor a Cristo e a vivência do Evangelho. Em 2 de abril
de 1672, Pedro morreu mártir, mesmo tendo a chance de que poderia ter fugido.
Pedro ficou na companhia do Pe. Diego, que também morreu, mas antes lhe
concedeu a absolvição dos pecados.
SÃO GIOVANNI
BATTISTA PIAMARTA
Giovanni Battista Piamarta, sacerdote da Diocese de Brescia,
foi um grande apóstolo da caridade e da juventude. Percebia a necessidade de
uma presença cultural e social do catolicismo no mundo moderno, por isso se
dedicou ao progresso cristão, moral e profissional das novas gerações, com a
sua esplêndida humanidade e bondade. Animado por uma confiança inabalável na
Providência Divina e de um profundo espírito de sacrifício, enfrentou
dificuldades e fatigas para dar vida a diversas obras apostólicas, entre as
quais: o Instituto dos pequenos artesãos, a Editora Queriniana, a Congregação
masculina da Sagrada Família de Nazaré e a Congregação das Humildes Servas do
Senhor. O segredo da sua vida, intensa e ativa, residia nas longas horas que
ele dedicava à oração. Quando estava sobrecarregado pelo trabalho, aumentava o
tempo do encontro, de coração a coração, com o Senhor. Demorava-se de muito bom
grado junto do Santíssimo Sacramento, meditando a paixão, morte e ressurreição
de Cristo, para alcançar a força espiritual e voltar a lançar-se, sempre com
novas iniciativas pastorais, à conquista do coração das pessoas, sobretudo dos
jovens, para levá-los de volta para as fontes da vida.
SANTA MARIA
DEL CARMELO SALLES Y BARANGUERA
Religiosa nascida em Vic, Espanha, em 1848. Vendo a sua
esperança preenchida, após muitas dificuldades, ao contemplar o progresso da
Congregação das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino, pôde cantar
junto com a Mãe de Deus: «Seu amor de geração em geração, chega a todos que o
respeitam». A sua obra educativa, confiada à Virgem Imaculada, continua a dar
frutos abundantes entre os jovens e através da entrega generosa das suas filhas
que, como ela, se confiam ao Deus que pode tudo.
SANTA MARIANNE COPE
(MOLOKAI)
Nascida em 1838 em Heppenheim, na Alemanha. Com apenas um ano
de vida, foi levada para os Estados Unidos, e em 1862 entrou na Ordem Terceira
Regular de São Francisco, em Siracusa, Nova Iorque. Mais tarde, como Superiora
geral da sua congregação, Madre Marianne abraçou voluntariamente a chamada para
ir cuidar dos leprosos no Havaí, depois da recusa de muitos. Ela partiu, junto
com seis irmãs da sua congregação, para administrar pessoalmente um hospital em
Oahu, fundando em seguida o Hospital Mamulani, em Maui, e abrindo uma casa para
meninas de pais leprosos. Cinco anos depois, aceitou o convite para abrir uma
casa para mulheres e meninas na Ilha de Molokai, partindo com coragem e,
encerrando assim seu contato com o mundo exterior. Ali, cuidou do Padre Damião,
então já famoso pelo seu trabalho heroico com os leprosos, assistindo-o até a
sua morte e assumindo o seu trabalho com os leprosos. Em uma época em que pouco
se podia fazer por aqueles que sofriam dessa terrível doença, Marianne Cope
demonstrou um imenso amor, coragem e entusiasmo. Ela é um exemplo luminoso e
valioso da melhor tradição de religiosas católicas dedicadas à enfermagem e do
espírito do seu amado São Francisco de Assis.
SANTA KATERI TEKAKWITHA
Kateri Tekakwitha nasceu no que hoje é o Estado de Nova
Iorque, em 1656, filha de pai Mohawk e de mãe Algoquin cristã, que lhe
transmitiu a fé no Deus vivo. Foi batizada aos 20 anos de idade, para escapar
da perseguição, se refugiou na Missão São Francisco Xavier, perto de Montreal.
Ali ela trabalhou, fiel às tradições culturais do seu povo, embora renunciando
as convicções religiosas deste, até a sua morte com 24 anos. Levando uma vida
simples, Kateri permaneceu fiel ao seu amor por Jesus, à oração e à Missa
diária. O seu maior desejo era saber e fazer aquilo que agradava a Deus.
Kateri impressiona-nos pela ação da graça na sua vida,
carente de apoios externos, e pela firmeza na sua vocação tão particular na sua
cultura. Nela, fé e cultura se enriqueceram mutuamente! Possa o seu exemplo nos
ajudar a viver lá onde nos encontremos, sem renunciar àquilo que somos, amando
a Jesus! Santa Kateri, protetora do Canadá e primeira santa ameríndia, nós te
confiamos a renovação da fé entre os povos nativos e em toda a América do
Norte! Que Deus abençoe os povos nativos!
SANTA ANNA SCHÄFFER
A jovem Anna Schäffer, de Mindelstetten, quis entrar em uma
congregação missionária. Nascida em uma família humilde, ela conseguiu,
trabalhando como doméstica, acumular o dote necessário para poder entrar no
convento. Neste emprego, sofreu um grave acidente com queimaduras incuráveis
nos seus pés, que a prenderam em um leito pelo resto da vida. Foi assim que o
seu quarto de enferma se transformou em uma cela conventual, e o seu
sofrimento, em serviço missionário. Inicialmente se revoltou contra o seu
destino, mas em seguida, compreendeu que a sua situação era uma chamada amorosa
do Crucificado para O seguisse. Fortalecida pela comunhão diária, tornou-se uma
intercessora incansável através da oração e um espelho do amor de Deus para as numerosas
pessoas que procuravam conselho. Que o seu apostolado de oração e de
sofrimento, de oferta e de expiação seja para os crentes de sua terra um
exemplo luminoso e que a sua intercessão fortaleça a atuação abençoada dos
centros cristãos de curas paliativas para doentes terminais.
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