A
riqueza na dá felicidade na terra nem a vida eterna: foi o que disse o
Papa no Angelus deste domingo dirigindo-se aos fiéis e peregrinos
reunidos na Praça São Pedro.
Bento XVI comentou o Evangelho da liturgia dominical exortando a usar a riqueza de modo evangélico.
O
Evangelho deste domingo (Mc 10,17-30) é o do "jovem rico" que
exteriormente observa todos os mandamentos de Deus, mas ainda "não
encontrou a verdadeira felicidade" e, por isso, pergunta a Jesus o que
fazer para "herdar a vida eterna". Eis a reflexão do Pontífice:
"De
um lado ele é atraído, como todos, pela plenitude da vida; de outro,
sendo habituado a contar com as próprias riquezas, pensa que também de
certo modo possa "adquirir" a vida eterna, quem sabe observando um
mandamento especial."
Jesus colhe o desejo profundo que há naquela pessoa, e fixa no jovem "um olhar repleto de amor: o olhar de Deus":
"Mas
Jesus entende também qual é o ponto fraco daquele homem: é justamente o
seu apego a seus muitos bens; e por isso lhe propõe dar tudo aos
pobres, de modo que o seu tesouro – e, portanto, o seu coração, - não
mais esteja na terra, mas no céu, e acrescenta: <<Vem!
Segue-me!>> (v. 22). Ele, porém, ao invés de acolher com alegria o
convite de Jesus, vai embora entristecido (cfr v. 23), porque não
consegue desapegar-se de suas riquezas, que jamais poderão dar-lhe a
felicidade e a vida eterna."
Jesus ensina que é muito difícil, para um rico, entrar no Reino de Deus, mas não impossível:
"De
fato, Jesus pode conquistar o coração de uma pessoa que possui muitos
bens e impeli-la à solidariedade e à partilha com quem é necessitado,
com os pobres, ou seja, a entrar na lógica da doação."
"A
história da Igreja está repleta de exemplos de pessoas ricas que usaram
seus bens de modo evangélico, alcançando inclusive a santidade",
observou, como São Francisco, Santa Isabel da Hungria ou São Carlos
Borromeu. Em seguida, citou São Clemente de Alexandria:
"A
parábola ensine aos ricos que não devem negligenciar a sua salvação como
se já estivessem condenados, nem devem lançar ao mar a riqueza nem
condená-la como insidiosa e hostil à vida, mas devem aprender de que
modo usar a riqueza e assim buscar a vida."
Ao término da
oração mariana, o Santo Padre recordou que neste sábado, em Praga, na
República Tcheca, foram proclamados Beatos Federico Bachstein e treze
co-irmãos da Ordem dos Frades Menores assassinados em 1611 por causa de
sua fé:
"São os primeiros Beatos do Ano da Fé, e são mártires:
recordam-nos que crer em Cristo significa estar dispostos também a
sofrer com Ele e por Ele."
Por fim, dentre as saudações em
várias línguas aos diversos grupos de fiéis presentes na Praça São
Pedro, saudou os peregrinos provenientes da Polônia, onde neste domingo
se celebra "o Dia do Papa", com o lema: "João Paulo II – Papa da
Família".
O Santo Padre concedeu, a todos, a sua Bênção apostólica.
Fonte: Rádio Vaticano
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