A Liturgia deste domingo nos fala da dignidade do ser humano, ao relatar a formação da mulher como término da criação do homem.
A
posição do ser humano como o rei de tudo que foi criado, está
explicitado no fato de todos os animais terem sido levados, por Deus, à
presença de Adão, para que ele nominasse um por um.
O fato de Deus
conceder ao homem a faculdade de dar nome aos animais, significa
atribuir-lhe uma senhoria sobre os demais seres criados. Contudo nenhum
deles completava Adão, que continuava só, sem ter alguém com quem
dialogar, alguém que fosse companheiro.
Deus então vai completar sua
criação criando a companheira do homem, Eva. Deus o faz tirando da
costela de Adão, de seu lado, exatamente porque é companheira. A criação
está terminada. Agora tudo irá depender do ser humano.
O relato
finda com a seguinte orientação: “Por isso, o homem deixará seu pai e
sua mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne.” Na visão do
autor do Livro do Gênesis, a união do homem e da mulher é mais forte
que a própria geração.
Deixar aqueles que geraram, que deram a vida
para se unir a uma outra pessoa, e ser com ela uma só carne, o ser
humano completo, eis a orientação do autor do Gênesis. Com o passar do
tempo os legisladores judeus foram relaxando esta visão de
complementação e possibilitando a cada um, homem e mulher, a troca de
parceiros de caminhada. Jesus, ao ser interrogado sobre isso, corrige
tal costume dizendo que esse não era o projeto de Deus e retoma a
questão da indissolubilidade da união conjugal, mais forte que os laços
que unem pais e filhos. Homem e mulher, unidos em matrimônio formam uma
unidade corpórea indissolúvel.
Ao final Jesus elogia as crianças e
diz que o Reino dos céus são das pessoas que são como elas, ou seja,
pessoas simples de coração, abertas à Palavra de Deus, obedientes por
amor. Para se entender porque o matrimonio é indissolúvel é necessário
ter o coração, o acolhimento de uma criança e deixar-se moldar pelo
coração de Deus.
No dia de hoje, especialmente, rezemos pelos casais
que passam por dificuldades e por aqueles que se preparam para o
matrimônio, para que o tempo de noivado cumpra seu papel, sendo propício
à elaboração de um projeto de vida.
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