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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Especial da Assunção de Nossa Senhora - Parte IV - Esclarecimentos teológicos


            Caros leitores, chegamos à última parte de nosso artigo especial da Assunção de Nossa Senhora, que celebramos no último domingo. Nesta última parte, vamos falar um pouco sobre a explicação teológica do dogma da Assunção. Segundo o livro que estamos seguindo neste estudo, que você tem a referência no rodapé da publicação, a defesa do dogma consta de cinco alegações teológicas.

1- O dogma da Assunção tem profundo caráter teocêntrico e cristocêntrico. Pois, antes de exaltar a Virgem Maria elevada aos céus, a Santíssima Trindade é exaltada. Este dogma também age em benefício do povo de Deus.

2- O dogma da Assunção está profundamente ligado aos outros dogmas marianos. Quando falamos de Maria, Mãe de Deus, já entendemos que ela passou toda a sua vida ao lado do Cristo e, por isso, certamente não ficou separada de seu Filho após a morte.
A respeito da virgindade perpétua de Maria, entendemos que se o corpo foi preservado de qualquer mancha de pecado, por isso, jamais ele seria dissolvido na morte. E, por fim, quanto à imaculada conceição: por ser Toda-santa, Maria nada deveu ao pecado e, portanto, também nada à morte, que é o salário do pecado, como diz São Paulo na Carta aos Romanos. (Rm 6,23).

3 – Dentro da própria proclamação dogmática infalível, encontramos que Maria foi assunta na glória celeste, e não elevada aos céus, como se diz no modo popular.  Por isso usamos o termo assunta e assunção: pois denota que Maria foi levada aos céus.

4 – O mistério da morte ou dormição de Maria. Na proclamação do dogma, Pio XII dizia que: “terminado o curso de sua vida terrena...”. A expressão usada por Eugênio Pacelli (Pio XII), deixa em aberto esta questão: teria Maria realmente morrido, ou apenas dormiu. A tese dominante dos dias atuais é a mortalista. Inclusive o papa João Paulo II mostrou-se inclinado a ela.

5 – Por fim, existe uma hipótese teológica não muito aceita que diz que a assunção ocorre no momento exato da morte e não depois. Para tal afirmação, faltam inúmeros indícios, muitos deles bíblicos. Além do mais, tiraria o grande privilégio de Maria, como Mãe de Deus. A própria Comissão Teológica Internacional se opõe a este pensamento.

Este é o fim do nosso breve estudo. Esperamos que, mais do que conhecimentos, possa frutificar cada vez mais em nós, nossa real devoção à Santíssima Virgem Maria.
Nossa Senhora da Assunção, rogai por nós.

REFERÊNCIA
BOFF, Clodovis M. Dogmas Marianos: Síntese catequético-pastoral. São Paulo: Editora Ave-Maria, 2010. p. 43 a 57

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