A devoção à Nossa Senhora Mãe do Perpétuo
Socorro é universal, conhecida e venerada em todos os continentes do
mundo, talvez a mais ampla e conhecida, especialmente no Oriente. No
mundo todo são realizadas as famosas Novenas Perpétuas em honra de Nossa
Senhora Mãe do Perpétuo Socorro. Esta novena começou, em 11 de julho
de 1922, nos Estados Unidos da América.
O famoso e conhecido quadro de Nossa
Senhora do Perpétuo Socorro foi pintado em estilo bizantino e representa
Nossa Senhora, Mãe de Deus, a Senhora das Dores que socorre seu Filho
ainda Menino, assustado diante da visão de São Miguel com o vaso de
vinagre à esquerda e São Gabriel com a cruz à direita.
A Criança Divina, assustada diante desses instrumentos de Sua Paixão,
refugia-se nos braços de Sua Mãe, agarra em suas mãos e deixa cair a
sandália do pé direito. A Mãe o acolhe e o prepara para um dia viver a
Paixão redentora da humanidade.
Nossa Senhora tem o semblante coberto de tristeza e resignação e traz na cabeça a coroa de Rainha.
O quadro tem origem desconhecida; segundo
um antiga tradição, teria sido pintado por São Lucas, o que não é
garantido. Mas, com certeza, se sabe que, desde 1499, é venerado em
Roma. Em 1866, o Papa Pio IX o entregou aos padres redentoristas para
que divulgassem essa devoção, o que eles fazem ainda hoje. Ela é a
Patrona dos Redentoristas. Atualmente, o quadro original se encontra na
igreja de São Afonso de Ligório em Roma.
Maria é a Senhora que nos apresenta
Jesus, o Perpétuo Socorro da humanidade. Cada cristão precisa tê-la como
mãe. Aos pés da cruz, Jesus a entregou ao discípulo amado João, que
representa toda a humanidade, cada um de nós, amados de Jesus. “Mãe, eis
ai o teu filho; filho, eis ai a tua Mãe”. E o evangelista São João diz
que “ele a levou para a sua casa” (Jo 19, 25s).
S. João levou Nossa Senhora para morar
com ele naquela casinha no alto das montanhas de Éfeso, a qual existe
ainda hoje, na Turquia. Eu já tive a oportunidade de estar ali em
peregrinação. Éfeso era a capital da Província Romana da Ásia; ali havia
cerca de 300 mil pessoas no tempo em que Nossa Senhora viveu com São
João.
Cada um de nós precisa também “levar
Maria para sua casa” como Mãe, como Jesus mandou. Se Ele no-la deu aos
pés da cruz, com lábios de sangue, é porque nós precisamos dela para nos
ajudar na difícil caminhada da vida em busca da nossa salvação.
Desprezá-la como Mãe, seria, então, uma ofensa muito grave a Jesus;
seria desprezar a última dádiva que Ele nos deixou antes de morrer por
nós.
Prof. Felipe Aquino
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