Caros leitores, a Igreja celebra hoje o dia dos
Santos Inocentes. Esta é uma celebração em homenagem aos meninos assassinados
por mandato de Herodes, na tentativa de matar o Cristo recém-nascido. O relato
do assassinato destes meninos é encontrado no Evangelho de São Mateus (Mt 2,
16-18). Estes já teriam sido, antigamente, considerados como os primeiros
mártires cristãos, mas tudo foi revisto e o título de protomártir foi dado a S.
Estevão. A tradição nos indica que foram mais de dez mil mortos. Estudiosos
sobre a vida de Herodes negam que tal fato tenha acontecido, mesmo com a
comprovação através do Evangelho.
Massacre dos Inocentes |
Tudo
começa com os reis magos, que com a ajuda de Herodes chegam até o Menino Jesus.
Herodes pede que eles o avisem sobre o Rei que havia nascido, mas um anjo de
Deus desviou o caminho dos reis magos e Herodes se sentiu enganado por eles.
Daí surgiu a cólera de Herodes que posteriormente seria o pretexto para mandar
matar todos os meninos com menos de dois anos em Belém e nas redondezas. O
relato do acontecido apareceu no Evangelho de Mateus, cerca de oitenta anos
depois.
A festa que hoje celebramos foi instituída pelo Papa
São Pio V e nos ajuda a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal.
Além do mais, nos proporciona um momento de reflexão, afinal, muitos inocentes
são mortos hoje por razões desumanas como o aborto e a própria pobreza que
assola o mundo inteiro.
Curiosidade
Durante
a Idade Média, alguns bispados (dioceses) possuíam o coro das crianças – daí a
origem do nome coroinha – e a festa dos
Santos Inocentes era destinada propriamente para eles. Era uma grande festa que
começava no dia 27 de dezembro com as primeiras vésperas e acabava n tarde
seguinte. Entre os cantores meninos, escolhia-se um para ser o bispo, eles
usavam as estolas dos cônegos e cantavam no lugar deles. Este que era chamado
de “bispo improvisado” presidia os ofícios, entoava o invitatório e o Te Deum e
algumas outras funções litúrgicas destinadas aos maiores. O “bispinho” tinha
seu báculo retirado ao ser entoado a frase “derrubou
os poderosos de seus tronos”, no Magnificat. Por fim, o derrubado oferecia
aos seus colegas um grande banquete, a expensas do cabido e voltava para seu
lugar de costume.
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