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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Santos Inocentes



Caros leitores, a Igreja celebra hoje o dia dos Santos Inocentes. Esta é uma celebração em homenagem aos meninos assassinados por mandato de Herodes, na tentativa de matar o Cristo recém-nascido. O relato do assassinato destes meninos é encontrado no Evangelho de São Mateus (Mt 2, 16-18). Estes já teriam sido, antigamente, considerados como os primeiros mártires cristãos, mas tudo foi revisto e o título de protomártir foi dado a S. Estevão. A tradição nos indica que foram mais de dez mil mortos. Estudiosos sobre a vida de Herodes negam que tal fato tenha acontecido, mesmo com a comprovação através do Evangelho.
Massacre dos Inocentes
             Tudo começa com os reis magos, que com a ajuda de Herodes chegam até o Menino Jesus. Herodes pede que eles o avisem sobre o Rei que havia nascido, mas um anjo de Deus desviou o caminho dos reis magos e Herodes se sentiu enganado por eles. Daí surgiu a cólera de Herodes que posteriormente seria o pretexto para mandar matar todos os meninos com menos de dois anos em Belém e nas redondezas. O relato do acontecido apareceu no Evangelho de Mateus, cerca de oitenta anos depois.
A festa que hoje celebramos foi instituída pelo Papa São Pio V e nos ajuda a viver com profundidade este tempo da Oitava do Natal. Além do mais, nos proporciona um momento de reflexão, afinal, muitos inocentes são mortos hoje por razões desumanas como o aborto e a própria pobreza que assola o mundo inteiro.

Curiosidade

            Durante a Idade Média, alguns bispados (dioceses) possuíam o coro das crianças – daí a origem do nome coroinha – e  a festa dos Santos Inocentes era destinada propriamente para eles. Era uma grande festa que começava no dia 27 de dezembro com as primeiras vésperas e acabava n tarde seguinte. Entre os cantores meninos, escolhia-se um para ser o bispo, eles usavam as estolas dos cônegos e cantavam no lugar deles. Este que era chamado de “bispo improvisado” presidia os ofícios, entoava o invitatório e o Te Deum e algumas outras funções litúrgicas destinadas aos maiores. O “bispinho” tinha seu báculo retirado ao ser entoado a frase “derrubou os poderosos de seus tronos”, no Magnificat. Por fim, o derrubado oferecia aos seus colegas um grande banquete, a expensas do cabido e voltava para seu lugar de costume.

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