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sábado, 25 de janeiro de 2014

Reflexão para o III Domingo Comum

A primeira leitura, a mesma da noite de Natal, nos fala do domínio dos assírios sobre Israel. Na verdade, duas tribos que viviam ao norte do país, na Galiléia, e eram esquecidas, oprimidas, vilipendiadas em seus direitos. Viviam, de fato, em total escuridão. É a esses povos que o Senhor socorre com sua luz. Ele destrói a escuridão, quebra o jugo opressor e alegra seu povo com a libertação de todo e qualquer sofrimento. Na liturgia da noite de Natal, a leitura ia mais adiante, e falava do nascimento de um menino, do qual a luz era a sua representação.

No Evangelho, Jesus vai morar nessa região do norte. Mateus cita a profecia que ouvimos na primeira leitura. A promessa é cumprida 700 anos depois, por Jesus Cristo, a Luz do mundo.

Há muito os assírios haviam deixado Israel, mas não a situação de morte, de pecado, através das más ações dos homens. Por isso Jesus prega: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo!”

Ele vai anunciar a necessidade da mudança de coração, onde as pessoas se encontram, ali no trabalho, no seu dia a dia. É Deus companheiro, o Deus visitador, aquele que solicita nossa companhia, nosso trabalho, nossa amizade. Ele nos quer como colaboradores em sua missão de Luz que destrói as trevas. Recordo a cerimônia batismal quando o sacerdote acende uma vela no círio pascal, o sinal expressivo do Cristo Ressuscitado, e a entrega ao batizando, dizendo para ele ser luz. Temos todos a missão cristã de iluminar com nossa fé, esperança e serviço a parcela do mundo em que vivemos, fazendo o bem a todos. Aí sinalizaremos que chegou o Reino de Deus, Reino de Justiça, do Amor e da Paz.

A vocação, o chamado que Jesus dirige a Pedro e a André, a Tiago e a João, dirige também hoje, agora a cada um de nós, onde estivermos, fazendo o que quer que seja. Ele nos diz: “Segui-me e eu vos farei pescadores de homens,” colaborando na sua missão: libertar a Humanidade do mal que impede o Reino de Deus de se aproximar e dos seres humanos de irem até Deus.

Vivamos nossa vocação de luz. Sejamos construtores da paz, de uma sociedade alicerçada no amor e no perdão.


sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Homilia do Papa no II Domingo Comum

Domingo, 19 de Janeiro de 2014

Este trecho do Evangelho é bonito! João que baptizava; e Jesus, que já tinha sido baptizado anteriormente — alguns dias antes — estava a chegar e passou diante de João. João sentiu dentro de si o vigor do Espírito Santo para dar testemunho de Jesus. Contemplando-o e olhando para as pessoas que estavam ao seu redor, diz: «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!». E dá testemunho de Jesus: assim é Jesus, assim é Aquele que vem para nos salvar; assim é Aquele que infunde em nós a força da esperança.
Jesus é chamado o Cordeiro: é o Cordeiro que tira o pecado do mundo. Poderíamos pensar: mas como, um cordeiro, tão frágil, um cordeirinho débil, como pode tirar tantos pecados, tantas maldades? Com o Amor. Com a sua mansidão. Jesus nunca deixou de ser cordeiro: manso, bom, cheio de amor, próximo dos mais pequeninos e dos pobres. Ele estava ali, no meio da multidão, curava todos, ensinava e rezava. Jesus era muito frágil, como um cordeiro. No entanto, teve a força para carregar sobre os seus ombros todos os nossos pecados. «Mas Padre, tu não conheces a minha vida: eu cometi algo que... não posso carregar nem sequer com um camião...». Muitas vezes, quando analisamos a nossa consciência, encontramos alguns que são deveras grandes! Mas Ele carrega-os. Ele veio para isto: para perdoar, para instaurar a paz no mundo, mas primeiro no coração. Talvez cada um de nós tenha um tormento no coração, uma escuridão do próprio coração; talvez se sinta um pouco triste por uma culpa... Ele veio para tirar tudo isto, Ele dá-nos a paz, Ele perdoa tudo. «Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado»: tira o pecado com a raiz e tudo! Esta é a salvação de Jesus, com o seu amor e a sua mansidão. E sentindo o que diz João Baptista, que dá testemunho de Jesus como Salvador, devemos crescer na confiança em Jesus.
Muitas vezes temos confiança num médico: e isto é bom, porque o médico existe para nos curar; temos confiança numa pessoa: os irmãos e as irmãs podem ajudar-nos. É bom nutrir entre nós esta confiança humana. Contudo, nós esquecemos a confiança no Senhor: esta é a chave do sucesso da vida. A confiança no Senhor! Confiemos no Senhor! «Senhor, vê a minha vida: estou na escuridão, tenho que enfrentar esta dificuldade, cometi este pecado...»; tudo o que nós temos: «Olha para isto: eu confio em ti!». E esta é uma aposta que nós devemos fazer: confiar nele, que nunca desilude. Nunca, jamais! Ouvi bem, vós rapazes e moças, que começais a vida agora: Jesus nunca desilude. Nunca! Este é o testemunho de João: Jesus, o bom, o manso, que terminará como um cordeiro, morto. Sem gritar. Ele veio para nos salvar, para tirar o pecado. O meu, o teu e aquele do mundo: tudo, tudo!
E agora convido-vos a fazer algo: fechemos os olhos, imaginemos aquela cena ali, à margem do rio; enquanto João baptiza, Jesus passa. E ouçamos a voz de João: «Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo!». Contemplemos Jesus e, em silêncio, cada um de nós, diga algo a Jesus, do profundo do seu coração. Em silêncio! (Pausa de silêncio).
O Senhor Jesus, que é manso e bom — é um cordeiro — que veio para tirar os pecados, nos acompanhe ao longo do caminho da nossa vida. E assim seja!

Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais

MENSAGEM DO SANTO PADRE FRANCISCO
PARA O XLVIII DIA MUNDIAL DAS COMUNICAÇÕES SOCIAIS
«Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro»
[Domingo, 1 de Junho de 2014]

Queridos irmãos e irmãs,
Hoje vivemos num mundo que está a tornar-se cada vez menor, parecendo, por isso mesmo, que deveria ser mais fácil fazer-se próximo uns dos outros. Os progressos dos transportes e das tecnologias de comunicação deixam-nos mais próximo, interligando-nos sempre mais, e a globalização faz-nos mais interdependentes. Todavia, dentro da humanidade, permanecem divisões, e às vezes muito acentuadas. A nível global, vemos a distância escandalosa que existe entre o luxo dos mais ricos e a miséria dos mais pobres. Frequentemente, basta passar pelas estradas duma cidade para ver o contraste entre os que vivem nos passeios e as luzes brilhantes das lojas. Estamos já tão habituados a tudo isso que nem nos impressiona. O mundo sofre de múltiplas formas de exclusão, marginalização e pobreza, como também de conflitos para os quais convergem causas económicas, políticas, ideológicas e até mesmo, infelizmente, religiosas.
Neste mundo, os mass-media podem ajudar a sentir-nos mais próximo uns dos outros; a fazer-nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais digna. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a aprender uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispostos não só a dar, mas também a receber de outros. Os mass-media podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes. Particularmente a internet pode oferecer maiores possibilidades de encontro e de solidariedade entre todos; e isto é uma coisa boa, é um dom de Deus.
No entanto, existem aspectos problemáticos: a velocidade da informação supera a nossa capacidade de reflexão e discernimento, e não permite uma expressão equilibrada e correcta de si mesmo. A variedade das opiniões expressas pode ser sentida como riqueza, mas é possível também fechar-se numa esfera de informações que correspondem apenas às nossas expectativas e às nossas ideias, ou mesmo a determinados interesses políticos e económicos. O ambiente de comunicação pode ajudar-nos a crescer ou, pelo contrário, desorientar-nos. O desejo de conexão digital pode acabar por nos isolar do nosso próximo, de quem está mais perto de nós. Sem esquecer que a pessoa que, pelas mais diversas razões, não tem acesso aos meios de comunicação social corre o risco de ser excluído.
Estes limites são reais, mas não justificam uma rejeição dos mass-media; antes, recordam-nos que, em última análise, a comunicação é uma conquista mais humana que tecnológica. Portanto haverá alguma coisa, no ambiente digital, que nos ajuda a crescer em humanidade e na compreensão recíproca? Devemos, por exemplo, recuperar um certo sentido de pausa e calma. Isto requer tempo e capacidade de fazer silêncio para escutar. Temos necessidade também de ser pacientes, se quisermos compreender aqueles que são diferentes de nós: uma pessoa expressa-se plenamente a si mesma, não quando é simplesmente tolerada, mas quando sabe que é verdadeiramente acolhida. Se estamos verdadeiramente desejosos de escutar os outros, então aprenderemos a ver o mundo com olhos diferentes e a apreciar a experiência humana tal como se manifesta nas várias culturas e tradições. Entretanto saberemos apreciar melhor também os grandes valores inspirados pelo Cristianismo, como, por exemplo, a visão do ser humano como pessoa, o matrimónio e a família, a distinção entre esfera religiosa e esfera política, os princípios de solidariedade e subsidiariedade, entre outros.
Então, como pode a comunicação estar ao serviço de uma autêntica cultura do encontro? E – para nós, discípulos do Senhor – que significa, segundo o Evangelho, encontrar uma pessoa? Como é possível, apesar de todas as nossas limitações e pecados, ser verdadeiramente próximo aos outros? Estas perguntas resumem-se naquela que, um dia, um escriba – isto é, um comunicador – pôs a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10, 29 ). Esta pergunta ajuda-nos a compreender a comunicação em termos de proximidade. Poderíamos traduzi-la assim: Como se manifesta a «proximidade» no uso dos meios de comunicação e no novo ambiente criado pelas tecnologias digitais? Encontro resposta na parábola do bom samaritano, que é também uma parábola do comunicador. Na realidade, quem comunica faz-se próximo. E o bom samaritano não só se faz próximo, mas cuida do homem que encontra quase morto ao lado da estrada. Jesus inverte a perspectiva: não se trata de reconhecer o outro como um meu semelhante, mas da minha capacidade para me fazer semelhante ao outro. Por isso, comunicar significa tomar consciência de que somos humanos, filhos de Deus. Apraz-me definir este poder da comunicação como «proximidade».
Quando a comunicação tem como fim predominante induzir ao consumo ou à manipulação das pessoas, encontramo-nos perante uma agressão violenta como a que sofreu o homem espancado pelos assaltantes e abandonado na estrada, como lemos na parábola. Naquele homem, o levita e o sacerdote não vêem um seu próximo, mas um estranho de quem era melhor manter a distância. Naquele tempo, eram condicionados pelas regras da pureza ritual. Hoje, corremos o risco de que alguns mass-media nos condicionem até ao ponto de fazer-nos ignorar o nosso próximo real.
Não basta circular pelas «estradas» digitais, isto é, simplesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro verdadeiro. Não podemos viver sozinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. Não são as estratégias comunicativas que garantem a beleza, a bondade e a verdade da comunicação. O próprio mundo dos mass-media não pode alhear-se da solicitude pela humanidade, chamado como é a exprimir ternura. A rede digital pode ser um lugar rico de humanidade: não uma rede de fios, mas de pessoas humanas. A neutralidade dos mass-media é só aparente: só pode constituir um ponto de referimento quem comunica colocando-se a si mesmo em jogo. O envolvimento pessoal é a própria raiz da fiabilidade dum comunicador. É por isso mesmo que o testemunho cristão pode, graças à rede, alcançar as periferias existenciais.
Tenho-o repetido já diversas vezes: entre uma Igreja acidentada que sai pela estrada e uma Igreja doente de auto-referencialidade, não hesito em preferir a primeira. E quando falo de estrada penso nas estradas do mundo onde as pessoas vivem: é lá que as podemos, efectiva e afectivamente, alcançar. Entre estas estradas estão também as digitais, congestionadas de humanidade, muitas vezes ferida: homens e mulheres que procuram uma salvação ou uma esperança. Também graças à rede, pode a mensagem cristã viajar «até aos confins do mundo» (Act 1, 8). Abrir as portas das igrejas significa também abri-las no ambiente digital, seja para que as pessoas entrem, independentemente da condição de vida em que se encontrem, seja para que o Evangelho possa cruzar o limiar do templo e sair ao encontro de todos. Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Seremos nós capazes de comunicar o rosto duma Igreja assim? A comunicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde viver esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Inclusive no contexto da comunicação, é precisa uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração.
O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas, mas com a vontade de se doar aos outros «através da disponibilidade para se deixar envolver, pacientemente e com respeito, nas suas questões e nas suas dúvidas, no caminho de busca da verdade e do sentido da existência humana (Bento XVI, Mensagem para o XLVII Dia Mundial das Comunicações Sociais, 2013). Pensemos no episódio dos discípulos de Emaús. É preciso saber-se inserir no diálogo com os homens e mulheres de hoje, para compreender os seus anseios, dúvidas, esperanças, e oferecer-lhes o Evangelho, isto é, Jesus Cristo, Deus feito homem, que morreu e ressuscitou para nos libertar do pecado e da morte. O desafio requer profundidade, atenção à vida, sensibilidade espiritual. Dialogar significa estar convencido de que o outro tem algo de bom para dizer, dar espaço ao seu ponto de vista, às suas propostas. Dialogar não significa renunciar às próprias ideias e tradições, mas à pretensão de que sejam únicas e absolutas.
Possa servir-nos de guia o ícone do bom samaritano, que liga as feridas do homem espancado, deitando nelas azeite e vinho. A nossa comunicação seja azeite perfumado pela dor e vinho bom pela alegria. A nossa luminosidade não derive de truques ou efeitos especiais, mas de nos fazermos próximo, com amor, com ternura, de quem encontramos ferido pelo caminho. Não tenhais medo de vos fazerdes cidadãos do ambiente digital. É importante a atenção e a presença da Igreja no mundo da comunicação, para dialogar com o homem de hoje e levá-lo ao encontro com Cristo: uma Igreja companheira de estrada sabe pôr-se a caminho com todos. Neste contexto, a revolução nos meios de comunicação e de informação são um grande e apaixonante desafio que requer energias frescas e uma imaginação nova para transmitir aos outros a beleza de Deus.
Vaticano, 24 de Janeiro – Memória de São Francisco de Sales – do ano 2014.

Franciscus



segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

São Sebastião e São Fabiano, Mártires






Dai-nos, ó Deus, o espírito de fortaleza para que, sustentados pelo exemplo de São Sebastião, vosso glorioso mártir, possamos aprender com ele a obedecer mais a vós do que aos homens. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.




Ó Deus, que sois a glória de vossos sacerdotes, concedei-nos, pelas preces de vosso mártir São Fabiano, progredir sem cessar na comunhão da fé e na dedicação em vos servir. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.

São Sebastião e São Fabiano, rogai por nós!

sábado, 18 de janeiro de 2014

Imagens da Sagração Episcopal de Dom Alain de Raemy - Capelão Emérito da Guarda Suíça

O Capelão emérito da Guardia Svizzera Pontificia de 54 anos recebeu a sagração episcopal no último dia 11 de janeiro na Catedral de São Nicolau, em Friburgo, em Missa presidida pelo Bispo diocesano Dom Charles Morerod. 11 de janeiro de 2014.

Crédito das imagens:  Direto da Sacristia













Reflexão para o II Domingo Comum

Neste domingo, a liturgia nos convida a refletir sobre nossa vocação. A leitura do Profeta Isaías fala da vocação do Servo do Senhor, escolhido por Deus desde o seio materno para cumprir uma missão muito importante.

Acontece que, logo no início, vemos que esse servo não é uma pessoa em especial, mas um povo, o Povo de Israel. “Tu és o meu Servo, Israel, em quem serei glorificado.” Contudo, Israel está em uma situação nada feliz. É um povo exilado, prisioneiro e escravo na Babilônia. Mas é assim que Deus lhe dá uma grande missão, levar a salvação a todos os povos. O Senhor quer servir-se de um povo escravo para protagonizar uma grande missão e manifestar a todos os povos sua glória, isto é, a libertação das pessoas de todo e qualquer tipo de opressão.

Foi Maria, a humilde serva do Senhor, a escolhida para ser a Mãe de Deus. Jesus vem a nós na fragilidade de um recém-nascido e nos comprova, através de sua vida, que a encarnação foi para valer, ele é um humano, sua humanidade não é aparente. Ao fazer-se homem, ele também se fez pobre, assumindo a condição social humana de quem nada tem.

Deus quer salvar os homens, não de acordo com os nossos valores, mas segundo o seu coração, tornanando-os mais filhos e irmãos, à sua própria imagem e à do seu filho, divinizando-os. A festa do Natal celebrou essa ação de Deus e Jesus é apresentado como o verdadeiro Servo do Senhor. Sua paixão e morte na cruz ratificarão esse desígnio de Deus, de nos salvar através da entrega amorosa e radical de seu filho. Será através do aparente fracasso e da morte que o Senhor se tornará vitorioso em sua missão.

João Batista percebe tão bem essa missão de Jesus, que o apresenta como o Cordeiro que veio tirar o pecado do mundo. Sabemos, pelo relato do Êxodo, que o cordeiro, para libertar o povo, deverá ser imolado; assim é Jesus, o Cordeiro imolado de Deus. Do mesmo modo que o sangue do cordeiro da páscoa libertava os judeus da escravidão egípcia, o sangue do Cordeiro Jesus nos liberta, através do batismo, da escravidão da morte eterna.

Na segunda-leitura, Paulo fala de sua vocação, do chamado pessoal feito a ele por Deus, para anunciá-lo onde jamais foi conhecido.

Vimos na primeira leitura que a vocação é comunitária, que o Servo representa um grupo. A aspersão do sangue de Jesus, a imersão batismal, nos torna irmãos e filhos, nos faz Igreja, Povo de Deus. Eis nossa vocação. Nossa missão é - em meio a tantos crimes, guerras, ódios, pecados - anunciar a bondade do Senhor que ama, que perdoa, que quer nossa felicidade, custe o que custar, até a morte de seu Filho na cruz, para nossa redenção.




sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

II Catequese do Papa Francisco sobre o Batismo

Prezados irmãos e irmãs, bom dia!
Na quarta-feira passado demos início a uma breve série de catequeses sobre os Sacramentos, começando pelo Baptismo. E também hoje gostaria de meditar sobre o Baptismo, para ressaltar um fruto muito importante deste Sacramento: ele leva-nos a ser membros do Corpo de Cristo e do Povo de Deus. S. Tomás de Aquino afirma que quantos recebem o Baptismo são incorporados a Cristo quase como seus próprios membros e agregados à comunidade dos fiéis (cf. Summa Theologiae, III, q. 69, art. 5; q. 70, art. 1), ou seja, ao Povo de Deus. Na escola do Concílio Vaticano II, hoje dizemos que o Baptismo nos faz entrar no Povo de Deus, levando-nos a ser membros de um Povo a caminho, um Povo peregrino na história.
Com efeito, assim como a vida se transmite de geração em geração, também de geração em geração, através do renascimento na pia baptismal, é transmitida a graça, e com esta graça o Povo cristão caminha no tempo como um rio que irriga a terra e propaga no mundo a bênção de Deus. Desde que Jesus disse o que ouvimos do Evangelho, os discípulos partiram para baptizar; e desde aquela época até hoje há uma cadeia na transmissão da fé mediante o Baptismo. E cada um de nós é um elo daquela corrente: um passo em frente, sempre; como um rio que irriga. Assim é a graça de Deus, assim é a nossa fé, que devemos transmitir aos nossos filhos, às crianças, para que elas, quando forem adultas, possam transmiti-la aos seus filhos. Assim é o baptismo. Porquê? Porque o baptismo nos faz entrar neste Povo de Deus, que transmite a fé. Isto é deveras importante. Um Povo de Deus que caminha e transmite a fé.
Em virtude do Baptismo nós tornamo-nos discípulos missionários, chamados a levar o Evangelho ao mundo (cf. Exortação Apostólica Evangelii gaudium, 120). «Cada um dos baptizados, independentemente da própria função na Igreja e do grau de instrução da sua fé, é um sujeito activo de evangelização... A nova evangelização deve implicar um novo protagonismo» (ibid.) da parte de todos, de todo o Povo de Deus, um novo protagonismo de cada baptizado. O Povo de Deus é um Povo discípulo — porque recebe a fé — e missionário — porque transmite a fé. É isto que o Baptismo faz entre nós: confere-nos a Graça, transmite-nos a Fé. Todos na Igreja somos discípulos, e somo-lo sempre, a vida inteira; e todos nós somos missionários, cada qual no lugar que o Senhor lhe confiou. Todos: até o mais pequenino é missionário; e aquele que parece maior é discípulo. Mas algum de vós dirá: «Os Bispos não são discípulos, eles sabem tudo; o Papa sabe tudo, e não é discípulo». Não, até os bispos e o Papa devem ser discípulos, pois se não forem discípulos não farão o bem, não poderão ser missionários nem transmitir a fé. Todos nós somos discípulos e missionários.
Existe um vínculo indissolúvel entre as dimensões mística e missionária da vocação cristã, ambas arraigadas no Baptismo. «Ao receber a fé e o batismo, os cristãos acolhem a ação do Espírito Santo, que leva a confessar a Jesus como Filho de Deus e a chamar Deus “Abba”, Pai. Todos os batizados e batizadas... são chamados a viver e a transmitir a comunhão com a Trindade, pois “a evangelização é um chamado à participação da comunhão trinitária”» (Documento final de Aparecida, n. 157).
Ninguém se salva sozinho. Somos uma comunidade de fiéis, somos Povo de Deus e nesta comunidade experimentamos a beleza de compartilhar a experiência de um amor que nos precede a todos, mas que ao mesmo tempo nos pede para ser «canais» da graça uns para os outros, apesar dos nossos limites e pecados. A dimensão comunitária não é apenas uma «moldura», um «contorno», mas constitui uma parte integrante da vida cristã, do testemunho e da evangelização. A fé cristã nasce e vive na Igreja, e no Baptismo as famílias e as paróquias celebram a incorporação de um novo membro a Cristo e ao seu corpo, que é a Igreja (cf. ibid., n. 175b).
A propósito da importância do Baptismo para o Povo de Deus, é exemplar a história da comunidade cristã no Japão. Ela padeceu uma perseguição árdua no início do século XVII. Houve numerosos mártires, os membros do clero foram expulsos e milhares de fiéis foram assassinados. No Japão não permaneceu nem sequer um sacerdote, todos foram expulsos. Então, a comunidade retirou-se na clandestinidade, conservando a fé e a oração no escondimento. E quando nascia um filho, o pai ou a mãe baptizavam-no, pois todos os fiéis podem baptizar em circunstâncias particulares. Quando, depois de cerca de dois séculos e meio, 250 anos mais tarde, os missionários voltaram para o Japão, milhares de cristãos saíram do escondimento e a Igreja conseguiu reflorescer. Sobreviveram com a graça do seu Baptismo! Isto é grande: o Povo de Deus transmite a fé, baptiza os seus filhos e vai em frente. E apesar do segredo, mantiveram um vigoroso espírito comunitário, porque o Baptismo os tinha levado a constituir um único corpo em Cristo: viviam isolados e escondidos, mas eram sempre membros do Povo de Deus, membros da Igreja. Podemos aprender muito desta história!

Catequese do Papa sobre o Batismo

Caros leitores, o Papa Francisco iniciou uma série de catequeses sobre os Sacramentos. A primeira delas, a qual reproduzimos aqui, fala sobre o Sacramento do Batismo.

Queridos irmãos e irmãs, bom dia!

Hoje começamos uma série de Catequeses sobre os Sacramentos, e a primeira diz respeito ao Baptismo. Por uma feliz coincidência, no próximo domingo celebra-se precisamente a festa do Baptismo do Senhor.
O Baptismo é o sacramentos sobre o qual se fundamenta a nossa própria fé e que nos insere como membros vivos em Cristo e na sua Igreja. Juntamente com a Eucaristia e com a Confirmação forma a chamada «Iniciação cristã», a qual constitui como que um único, grande evento sacramental que nos configura com o Senhor e nos torna um sinal vivo da sua presença e do seu amor.
Pode surgir em nós uma pergunta: mas o Baptismo é realmente necessário para viver como cristãos e seguir Jesus? Não é no fundo um simples rito, uma acto formal da Igreja para dar o nome ao menino ou à menina? É uma pergunta que pode surgir. E a este propósito, é esclarecedor quanto escreve o apóstolo Paulo: «Ignorais, porventura, que todos nós, que fomos baptizados em Jesus Cristo, fomos baptizados na Sua morte? Pelo baptismo sepultámo-nos juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a glória do Pai, assim caminhemos nós também numa vida nova» (Rm 6, 3-4). Por conseguinte, não é uma formalidade! É um acto que diz profundamente respeito à nossa existência. Uma criança baptizada ou uma criança não baptizada não é a mesma coisa. Uma pessoa baptizada ou uma pessoa não baptizada não é a mesma coisa. Nós, com o Baptismo, somos imergidos naquela fonte inesgotável de vida que é a morte de Jesus, o maior acto de amor de toda a história; e graças a este amor podemos viver uma vida nova, já não à mercê do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos.
Muitos de nós não recordam minimamente a celebração deste Sacramento, e é óbvio, se fomos baptizados pouco depois do nascimento. Fiz esta pergunta duas ou três vezes, aqui, na praça: quem de vós conhece a data do próprio Baptismo, levante a mão. É importante conhecer o dia no qual eu fui imergido precisamente naquela corrente de salvação de Jesus. E permito-me dar um conselho. Mas, mais do que um conselho, trata-se de uma tarefa para hoje. Hoje, em casa, procurai, perguntai a data do Baptismo e assim sabereis bem o dia tão bonito do Baptismo. Conhecer a data do nosso Baptismo significa conhecer uma data feliz. Mas o risco de não o conhecer significa perder a memória daquilo que o Senhor fez em nós, a memória do dom que recebemos. Então acabamos por considerá-lo só como um evento que aconteceu no passado — e nem devido à nossa vontade, mas à dos nossos pais — por conseguinte, já não tem incidência alguma sobre o presente. Devemos despertar a memória do nosso Baptismo. Somos chamados a viver o nosso Baptismo todos os dias, como realidade actual na nossa existência. Se seguimos Jesus e permanecemos na Igreja, mesmo com os nossos limites, com as nossa fragilidades e os nossos pecados, é precisamente graças ao Sacramento no qual nos tornámos novas criaturas e fomos revestidos de Cristo. Com efeito, é em virtude do Baptismo que, libertados do pecado original, somos inseridos na relação de Jesus com Deus Pai; que somos portadores de uma esperança nova, porque o Baptismo nos dá esta nova esperança: a esperança de percorrer o caminho da salvação, a vida inteira. E esta esperança que nada e ninguém pode desiludir, porque a esperança não decepciona. Recordai-vos: a esperança no Senhor nunca desilude. É graças ao Baptismo que somos capazes de perdoar e amar também quem nos ofende e nos faz mal; que conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e se faz próximo. O Baptismo ajuda-nos a reconhecer no rosto dos necessitados, dos sofredores, também do nosso próximo, a face de Jesus. Tudo isto é possível graças à força do Baptismo!
Um último elemento, que é importante. E faço uma pergunta: uma pessoa pode baptizar-se a si mesma? Ninguém pode baptizar-se a si mesma! Ninguém. Podemos pedi-lo, desejá-lo, mas temos sempre a necessidade de alguém que nos confira este Sacramento em nome do Senhor. Porque o Baptismo é um dom que é concedido num contexto de solicitude e de partilha fraterna.
Ao longo da história sempre um baptiza outro, outro, outro... é uma corrente. Uma corrente de Graça. Mas, eu não me posso baptizar sozinho: devo pedir o Baptismo a outra pessoa. É um acto de fraternidade, uma acto de filiação à Igreja. Na celebração do Baptismo podemos reconhecer os traços mais característicos da Igreja, a qual como uma mãe continua a gerar novos filhos em Cristo, na fecundidade do Espírito Santo.
Peçamos então de coração ao Senhor podermos para experimentar cada vez mais, na vida diária, esta graça que recebemos com o Baptismo. Que os nossos irmãos ao encontrar-nos possam encontrar verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus Cristo, verdadeiros membros da Igreja. E não esqueçais a tarefa de hoje: procurar, perguntar a data do próprio Baptismo. Assim como eu conheço a data do meu nascimento, devo conhecer também a data do meu Baptismo, porque é um dia de festa.

Imagens da Santa Missa do Batismo do Senhor no Vaticano

Caros leitores, no último domingo o Papa Francisco presidiu a Santa Missa da Festa do Batismo do Senhor na Capela Sistina e, seguindo a tradição, realizou o batizado de algumas crianças, 32 ao total. Nesta celebração o Santo Padre usou o altar fixo e, portanto, celebrou versus Deum, ou seja, voltado para Deus, como já havia feito em 2013 no túmulo de João Paulo II.












Homilia do Papa na Festa do Batismo do Senhor

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Capela Sistina
Domingo, 12 de Janeiro de 2014

Jesus não tinha necessidade de ser baptizado, mas os primeiros teólogos afirmam que, com o seu corpo, com a sua divindade, no baptismo benzeu todas as águas, para que as águas tivessem o poder de conferir o Baptismo.
E em seguida, antes de subir ao Céu, Jesus disse-nos para ir por todo o mundo a baptizar. E a partir daquele momento, até aos dias de hoje, esta é uma cadeia ininterrupta: baptizavam-se os filhos, e depois os filhos baptizavam os filhos, e os filhos... E ainda hoje esta corrente continua.
Estas crianças são o elo de uma corrente. Vós, pais, tendes um filho ou uma filha para baptizar, mas daqui a alguns anos serão eles que terão um filho para baptizar, ou um pequeno neto... Esta é a cadeia da fé! O que significa isto? Só gostaria de vos dizer o seguinte: vós sois aqueles que transmitem a fé, os transmissores; vós tendes o dever de transmitir a fé a estas crianças. Eis a herança mais bonita que vós lhes deixareis: a fé! Somente isto. Hoje, levai este pensamento para casa. Nós temos o dever de ser transmissores da fé. Pensai nisto, pensai sempre sobre o modo de transmitir a fé aos vossos filhos.
Hoje o coro canta, mas o coro mais bonito é este das crianças, que fazem barulho... Algumas choram, porque não se sentem à vontade ou porque têm fome: mães, se elas têm fome, dai-lhes de comer, tranquilas, porque aqui elas são as protagonistas. E agora, com esta consciência de ser transmissores da fé, continuemos a cerimónia do Baptismo.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Solenidade da Imaculada Conceição na Catedral

Caros leitores, no dia 07 de dezembro o bispo auxiliar de Curitiba, Dom Rafael Biernaski, presidiu a Santa Missa na Solenidade da Imaculada Conceição na Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz. Esta Missa foi rezada em ação de graças pela conclusão do curso de filosofia dos alunos da Faculdade Vicentina. Destacamos o uso do arranjo beneditino (cruz e velas sobre o altar) e a casula romana por parte do celebrante.

A postagem original é do site Salvem a Liturgia!








domingo, 12 de janeiro de 2014

Catequese do Papa Francisco sobre o Batismo

 Caros leitores, na última quarta-feira o Papa Francisco iniciou uma série de catequeses sobre os Sacramentos começando pelo Batismo. Por isso publicamos hoje, Festa do Batismo do Senhor, a catequese do Papa. Fiquemos atentos à sua palavra.




Queridos irmãos e irmãs, bom dia!


Hoje começamos uma série de Catequeses sobre os Sacramentos, e a primeira diz respeito ao Baptismo. Por uma feliz coincidência, no próximo domingo celebra-se precisamente a festa do Baptismo do Senhor.


O Baptismo é o sacramentos sobre o qual se fundamenta a nossa própria fé e que nos insere como membros vivos em Cristo e na sua Igreja. Juntamente com a Eucaristia e com a Confirmação forma a chamada «Iniciação cristã», a qual constitui como que um único, grande evento sacramental que nos configura com o Senhor e nos torna um sinal vivo da sua presença e do seu amor.


Pode surgir em nós uma pergunta: mas o Baptismo é realmente necessário para viver como cristãos e seguir Jesus? Não é no fundo um simples rito, uma acto formal da Igreja para dar o nome ao menino ou à menina? É uma pergunta que pode surgir. E a este propósito, é esclarecedor quanto escreve o apóstolo Paulo: «Ignorais, porventura, que todos nós, que fomos baptizados em Jesus Cristo, fomos baptizados na Sua morte? Pelo baptismo sepultámo-nos juntamente com Ele, para que, assim como Cristo ressuscitou dos mortos, mediante a glória do Pai, assim caminhemos nós também numa vida nova» (Rm 6, 3-4). Por conseguinte, não é uma formalidade! É um acto que diz profundamente respeito à nossa existência. Uma criança baptizada ou uma criança não baptizada não é a mesma coisa. Uma pessoa baptizada ou uma pessoa não baptizada não é a mesma coisa. Nós, com o Baptismo, somos imergidos naquela fonte inesgotável de vida que é a morte de Jesus, o maior acto de amor de toda a história; e graças a este amor podemos viver uma vida nova, já não à mercê do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos.


Muitos de nós não recordam minimamente a celebração deste Sacramento, e é óbvio, se fomos baptizados pouco depois do nascimento. Fiz esta pergunta duas ou três vezes, aqui, na praça: quem de vós conhece a data do próprio Baptismo, levante a mão. É importante conhecer o dia no qual eu fui imergido precisamente naquela corrente de salvação de Jesus. E permito-me dar um conselho. Mas, mais do que um conselho, trata-se de uma tarefa para hoje. Hoje, em casa, procurai, perguntai a data do Baptismo e assim sabereis bem o dia tão bonito do Baptismo. Conhecer a data do nosso Baptismo significa conhecer uma data feliz. Mas o risco de não o conhecer significa perder a memória daquilo que o Senhor fez em nós, a memória do dom que recebemos. Então acabamos por considerá-lo só como um evento que aconteceu no passado — e nem devido à nossa vontade, mas à dos nossos pais — por conseguinte, já não tem incidência alguma sobre o presente. Devemos despertar a memória do nosso Baptismo. Somos chamados a viver o nosso Baptismo todos os dias, como realidade actual na nossa existência. Se seguimos Jesus e permanecemos na Igreja, mesmo com os nossos limites, com as nossa fragilidades e os nossos pecados, é precisamente graças ao Sacramento no qual nos tornámos novas criaturas e fomos revestidos de Cristo. Com efeito, é em virtude do Baptismo que, libertados do pecado original, somos inseridos na relação de Jesus com Deus Pai; que somos portadores de uma esperança nova, porque o Baptismo nos dá esta nova esperança: a esperança de percorrer o caminho da salvação, a vida inteira. E esta esperança que nada e ninguém pode desiludir, porque a esperança não decepciona. Recordai-vos: a esperança no Senhor nunca desilude. É graças ao Baptismo que somos capazes de perdoar e amar também quem nos ofende e nos faz mal; que conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e se faz próximo. O Baptismo ajuda-nos a reconhecer no rosto dos necessitados, dos sofredores, também do nosso próximo, a face de Jesus. Tudo isto é possível graças à força do Baptismo!


Um último elemento, que é importante. E faço uma pergunta: uma pessoa pode baptizar-se a si mesma? Ninguém pode baptizar-se a si mesma! Ninguém. Podemos pedi-lo, desejá-lo, mas temos sempre a necessidade de alguém que nos confira este Sacramento em nome do Senhor. Porque o Baptismo é um dom que é concedido num contexto de solicitude e de partilha fraterna.


Ao longo da história sempre um baptiza outro, outro, outro... é uma corrente. Uma corrente de Graça. Mas, eu não me posso baptizar sozinho: devo pedir o Baptismo a outra pessoa. É um acto de fraternidade, uma acto de filiação à Igreja. Na celebração do Baptismo podemos reconhecer os traços mais característicos da Igreja, a qual como uma mãe continua a gerar novos filhos em Cristo, na fecundidade do Espírito Santo.


Peçamos então de coração ao Senhor podermos para experimentar cada vez mais, na vida diária, esta graça que recebemos com o Baptismo. Que os nossos irmãos ao encontrar-nos possam encontrar verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus Cristo, verdadeiros membros da Igreja. E não esqueçais a tarefa de hoje: procurar, perguntar a data do próprio Baptismo. Assim como eu conheço a data do meu nascimento, devo conhecer também a data do meu Baptismo, porque é um dia de festa.



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Homilia do Papa na Solenidade da Epifania do Senhor

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana
Segunda-feira
, 6 de Janeiro de 2014

«Lumen requirunt lumine». Esta sugestiva frase dum hino litúrgico da Epifania refere-se à experiência dos Magos: seguindo uma luz, eles procuram a Luz. A estrela aparecida no céu acende, nas suas mentes e corações, uma luz que os move à procura da grande Luz de Cristo. Os Magos seguem fielmente aquela luz, que os penetra interiormente, e encontram o Senhor.
Neste percurso dos Magos do Oriente, está simbolizado o destino de cada homem: a nossa vida é um caminhar, guiado pelas luzes que iluminam a estrada, para encontrar a plenitude da verdade e do amor, que nós, cristãos, reconhecemos em Jesus, Luz do mundo. E, como os Magos, cada homem dispõe de dois grandes «livros» donde tirar os sinais para se orientar na peregrinação: o livro da criação e o livro das Sagradas Escrituras. Importante é estar atento, velar, ouvir Deus que nos fala – sempre nos fala. Como diz o Salmo, referindo-se à Lei do Senhor: «A tua palavra é farol para os meus passos e luz para os meus caminhos» (Sal 119/118, 105). E, de modo especial, o ouvir o Evangelho, lê-lo, meditá-lo e fazer dele nosso alimento espiritual permite-nos encontrar Jesus vivo, ter experiência d’Ele e do seu amor.
A primeira leitura faz ressoar, pela boca do profeta Isaías, este apelo de Deus a Jerusalém: «Ergue-te e sê iluminada!» (60, 1). Jerusalém é chamada a ser a cidade da luz, que irradia sobre o mundo a luz de Deus e ajuda os homens a seguirem os seus caminhos. Esta é a vocação e a missão do Povo de Deus no mundo. Mas Jerusalém pode falhar a esta chamada do Senhor. Diz-nos o Evangelho que, chegados a Jerusalém, os Magos deixaram de ver a estrela durante algum tempo. Já não a viam. Em particular, a sua luz está ausente no palácio do rei Herodes: aquela habitação é tenebrosa; lá reinam a escuridão, a desconfiança, o medo, a inveja. Efectivamente Herodes mostra-se apreensivo e preocupado com o nascimento de um frágil Menino, que ele sente como rival. Na realidade, Jesus não veio para derrubar um miserável fantoche como ele, mas o Príncipe deste mundo! Todavia o rei e os seus conselheiros sentem fender-se os suportes do seu poder, temem que sejam invertidas as regras do jogo, desmascaradas as aparências. Todo um mundo construído sobre o domínio, o sucesso, a riqueza, a corrupção é posto em crise por um Menino! E Herodes chega ao ponto de matar os meninos: «Tu matas o corpo das crianças, porque o temor te matou o coração», escreve São Quodvultdeus (Sermão 2 sobre o Símbolo: PL 40, 655). É assim: tinha medo e, com este medo, enlouqueceu.
Os Magos souberam superar aquele perigoso momento de escuridão junto de Herodes, porque acreditaram nas Escrituras, na palavra dos profetas que indicava Belém como o local do nascimento do Messias. Assim escaparam do torpor da noite do mundo, retomaram a estrada para Belém e lá viram de novo a estrela, e o Evangelho diz que sentiram uma «enorme alegria» (Mt 2,10). Precisamente a estrela que não se via na escuridão da mundanidade daquele palácio.
Entre os vários aspectos da luz, que nos guia no caminho da fé, inclui-se também uma santa «astúcia». Também esta é uma virtude: a «astúcia» santa. Trata-se daquela sagacidade espiritual que nos permite reconhecer os perigos e evitá-los. Os Magos souberam usar esta luz feita de «astúcia» quando, no caminho de regresso, decidiram não passar pelo palácio tenebroso de Herodes, mas seguir por outra estrada. Estes sábios vindos do Oriente ensinam-nos o modo de não cair nas ciladas das trevas e defender-nos da obscuridade que teima em envolver a nossa vida. Com esta «astúcia» santa, eles  guardaram a fé. Também nós devemos guardar a fé. Guardá-la daquela escuridão, se bem que, muitas vezes, é uma escuridão travestida de luz! Porque às vezes o demónio, diz São Paulo, veste-se de anjo de luz. Daí ser necessária uma santa «astúcia», para guardar a fé, guardá-la do canto das Sereias que te dizem: “Olha! Hoje devemos fazer isto, aquilo…” Mas, a fé é uma graça, é um dom. Compete-nos a nós guardá-la com esta «astúcia» santa, com a oração, com o amor, com a caridade. É preciso acolher no nosso coração a luz de Deus e, ao mesmo tempo, cultivar aquela astúcia espiritual que sabe combinar simplicidade e argúcia, como Jesus pede aos discípulos: «Sede, pois, prudentes como as serpentes e simples como as pombas»  (Mt 10, 16).
Na festa da Epifania, em que recordamos a manifestação de Jesus à humanidade no rosto dum Menino, sentimos ao nosso lado os Magos como sábios companheiros de estrada. O seu exemplo ajuda-nos a levantar os olhos para a estrela e seguir os anseios grandes do nosso coração. Ensinam-nos a não nos contentarmos com uma vida medíocre, sem «grandes voos», mas a deixarmo-nos sempre fascinar pelo que é bom, verdadeiro, belo... por Deus, que é tudo isso elevado ao máximo! E ensinam-nos a não nos deixarmos enganar pelas aparências, por aquilo que, aos olhos do mundo, é grande, sábio, poderoso. É preciso não se deter aí. É necessário guardar a fé. Neste tempo, isto é muito importante: guardar a fé. É preciso ir mais além, além da escuridão, além do fascínio das Sereias, além da mundanidade, além de muitas modernidades que existem hoje, ir rumo a Belém, onde, na simplicidade duma casa de periferia, entre uma mãe e um pai cheios de amor e de fé, brilha o Sol nascido do alto, o Rei do universo. Seguindo o exemplo dos Magos, com as nossas pequenas luzes, procuramos a Luz e guardamos a fé. Assim seja!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Bento XVI visita seu irmão hospitalizado

Bento XVI visita seu irmão, Mons. Georg Ratzinger
Na manhã de sexta-feira, 03, Bento XVI foi à Clínica Gemelli, em Roma, onde seu irmão , Mons. Georg Ratzinger, está internado para exames. O Papa emérito foi acolhido pelo Reitor, Dr. Franco Anelli, e pelos médicos que assistem seu irmão.

Foi a segunda vez que Ratzinger deixou o mosteiro no Vaticano onde reside desde maio de 2012. Na primeira, em agosto de 2012, assistiu a um concerto musical em Castel Gandolfo, onde esteve por dois meses após renunciar ao Pontificado.

O motivo da saída desta sexta-feira foi estritamente pessoal e privado: o Papa emérito esteve todo o tempo na cabeceira do irmão, que completará 90 anos no próximo dia 15 de janeiro. Mons. Georg, que foi durante vários anos maestro do coro «Domspatzen» de Ratisbona, estava passando alguns dias no Vaticano para as festividades de Natal, quando foi hospitalizado.

Como Pontífice, Ratzinger esteve várias vezes na Clínica Gemelli. Em agosto de 2005, quando ao irmão foi implantado um marca-passo cardíaco, lhe fez uma visita privada, mas permaneceu algum tempo com um grupo de pacientes internados. Em seguida, retornou à Clínica para um encontro com crianças doentes e enfim, em 2009, visitou o cardeal francês Roger Etchegaray, ferido na noite de Natal quando uma mulher desequilibrada tentou agredir o então Papa Bento XVI.
(CM)



sábado, 4 de janeiro de 2014

Homilia do Papa na Solenidade da Santa Mãe de Deus

SANTA MISSA NA SOLENIDADE
DE MARIA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS
XLVII DIA MUNDIAL DA PAZ

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica Vaticana
Quarta-feira
, 1° de Janeiro de 2014

             

A primeira leitura propôs-nos a antiga súplica de bênção que Deus sugerira a Moisés, para que a ensinasse a Aarão e seus filhos: «O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor dirija para ti o seu olhar e te conceda a paz» (Nm 6, 24-26). É muito significativo ouvir estas palavras de bênção no início dum novo ano: acompanharão o nosso caminho neste tempo que se abre diante de nós. São palavras que dão força, coragem e esperança; não uma esperança ilusória, assente em frágeis promessas humanas, nem uma esperança ingénua que imagina melhor o futuro, simplesmente porque é futuro. Esta esperança tem a sua razão de ser precisamente na bênção de Deus; uma bênção que contém os votos maiores, os votos da Igreja para cada um de nós, repletos da protecção amorosa do Senhor, da sua ajuda providente.

Os votos contidos nesta bênção realizaram-se plenamente numa mulher, Maria, enquanto destinada a tornar-Se a Mãe de Deus, e realizaram-se n’Ela antes de toda a criatura.

Mãe de Deus. Este é o título principal e essencial de Nossa Senhora. Trata-se duma qualidade, duma função que a fé do povo cristão, na sua terna e genuína devoção à Mãe celeste, desde sempre Lhe reconheceu.

Lembremos aquele momento importante da história da Igreja Antiga que foi o Concílio de Éfeso, no qual se definiu com autoridade a maternidade divina da Virgem. Esta verdade da maternidade divina de Maria ecoou em Roma, onde, pouco depois, se construiu a Basílica de Santa Maria Maior, o primeiro santuário mariano de Roma e de todo o Ocidente, no qual se venera a imagem da Mãe de Deus – a Theotokos – sob o título de Salus populi romani. Diz-se que os habitantes de Éfeso, durante o Concílio, se teriam congregado aos lados da porta da basílica onde estavam reunidos os Bispos e gritavam: «Mãe de Deus!» Os fiéis, pedindo que se definisse oficialmente este título de Nossa Senhora, demonstravam reconhecer a sua maternidade divina. É a atitude espontânea e sincera dos filhos, que conhecem bem a sua Mãe, porque A amam com imensa ternura. Mais ainda: é o sensus fidei do povo santo de Deus que nunca, na sua unidade, nunca erra.

Desde sempre Maria está presente no coração, na devoção e sobretudo no caminho de fé do povo cristão. «A Igreja caminha no tempo (...). Mas, nesta caminhada, a Igreja procede seguindo as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria» (João Paulo II, Enc. Redemptoris Mater, 2). O nosso itinerário de fé é igual ao de Maria; por isso, A sentimos particularmente próxima de nós! No que diz respeito à fé, que é o fulcro da vida cristã, a Mãe de Deus partilhou a nossa condição, teve de caminhar pelas mesmas estradas, às vezes difíceis e obscuras, trilhadas por nós, teve de avançar pelo «caminho da fé»  (Conc. Ecum. Vat. II, Const. Lumen gentium, 58).

O nosso caminho de fé está indissoluvelmente ligado a Maria, desde o momento em que Jesus, quando estava para morrer na cruz, no-La deu como Mãe, dizendo: «Eis a tua mãe!» (Jo 19, 27). Estas palavras têm o valor dum testamento, e dão ao mundo uma Mãe. Desde então, a Mãe de Deus tornou-Se também nossa Mãe! Na hora em que a fé dos discípulos se ia quebrantando com tantas dificuldades e incertezas, Jesus confiava-lhes Aquela que fora a primeira a acreditar e cuja fé não desfaleceria jamais. E a «mulher» torna-Se nossa Mãe, no momento em que perde o Filho divino. O seu coração ferido dilata-se para dar espaço a todos os homens, bons e maus, todos; e ama-os como os amava Jesus. A mulher que, nas bodas de Caná da Galileia, dera a sua colaboração de fé para a manifestação das maravilhas de Deus na mundo, no Calvário mantém acesa a chama da fé na ressurreição do Filho, e comunica-a aos outros com carinho maternal. Assim Maria torna-Se fonte de esperança e de alegria verdadeira.
A Mãe do Redentor caminha diante de nós e sempre nos confirma na fé, na vocação e na missão. Com o seu exemplo de humildade e disponibilidade à vontade de Deus, ajuda-nos a traduzir a nossa fé num anúncio, jubiloso e sem fronteiras, do Evangelho. Deste modo, a nossa missão será fecunda, porque está modelada pela maternidade de Maria. A Ela confiamos o nosso itinerário de fé, os desejos do nosso coração, as nossas necessidades, as carências do mundo inteiro, especialmente a sua fome e sede de justiça, de paz e de Deus; e invoquemo-La todos juntos; sim, convido-vos a invocá-La três vezes, à imitação dos irmãos de Éfeso, dizendo-Lhe: Mãe de Deus! Mãe de Deus! Mãe de Deus! Amen.

Imagens da Santa Missa na Solenidade da Santa Mãe de Deus no Vaticano

 Caros leitores, no dia primeiro de janeiro, Solenidade da Santa Mãe de Deus, o Papa Francisco presidiu sua primeira missa no ano de 2014. Publicamos abaixo algumas imagens da celebração, que podem ser conferidas na página de Mons. Guido Marini no Facebook. Para a celebração, o Santo Padre usou uma casula branca ornada de um galão azul, cor litúrgica que representa a Virgem Maria.


Procissão de entrada

Veneração ao Menino Jesus

Incensação da imagem da Virgem Maria

Liturgia da Palavra


Durante o Evangelho
 
Bênção com o Livro dos Evangelhos

Homilia

Santo Padre recebe os dons do pão e do vinho

Veneração ao Menino Jesus

Diálogo com Mons. Guido Marini

Procissão de saída

Recado do Papa

“O que será que as irmãs estão fazendo, que não podem atender? Aqui quem fala é o Papa Francisco. Eu queria cumprimentá-las neste final do ano. Mas à tarde eu posso voltar a ligar. Que Deus as abençoe.”

Este foi o recado que as Carmelitas Descalças de Lucena (uma cidadezinha da Espanha, de cerca de 40 mil habitantes) encontraram na secretária eletrônica do convento, no dia 31 de dezembro. Para ouvir a mensagem, clique aqui.

Algumas horas mais tarde, o Papa falou com elas durante 20 minutos. Ele conversou com Sor Adriana, a priora do convento. Abençoou as cinco irmãs (três das quais são argentinas), a quem conhece pessoalmente. Também abençoou o povo de Lucena.

Sor Adriana comentou à Rádio Cope que o Papa ligou várias vezes seguidas no dia 31 de dezembro, mas as freiras estavam rezando a essa hora (11h45). "Quando eu ouvi a gravação na secretária eletrônica, quase morri! Nossa amizade tem mais de 15 anos, mas jamais pensamos que o Papa se lembraria de nós", comentou.

Foram horas de incerteza e espera: "E agora, o que faremos?". "Liguei para o bispo, para o vigário, comentei o ocorrido. Por meio do núncio, me deram um número de telefone, mas não consegui falar com ele. Eu achava que o Papa estaria ocupadíssimo", contou Sor Adriana.

Mas a espera valeu a pena: às 19h15, o telefone voltou a tocar. "Eu lhe pedi autorização para usar o viva-voz, para que todas escutassem. Ele nos disse que não podemos permitir que roubem a nossa esperança, porque a tristeza leva à preguiça espiritual, ao desespero. Recordou sua encíclica, na qual afirma que o maior alimento do demônio é a tristeza do ser humano", relatou a priora.

E o que o Papa Francisco queria com esta ligação? "Que todo mundo que se relaciona com este mosteiro recebesse sua saudação cordial e sua bênção", explicou a freira.

(Com informações da Rádio COPE)


Fonte: Site Aleteia


quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O sinal da cruz feito sobre a testa, os lábios e o peito

Aprendemos este gesto desde crianças, mas realmente conhecemos seu verdadeiro significado?
Nas normas expostas no Missal Romano, quando se explica o comportamento indicado para o momento da proclamação do Evangelho, estabelece-se que o diácono ou o sacerdote que anuncia a Palavra, depois de ter feito o sinal da cruz sobre a página do Lecionário, deve fazê-lo também sobre a testa, sobre os lábios e sobre o coração.
O sinal da cruz triplo também é feito pela assembleia. E tudo isso não pode ser considerado como mero ritual, mas um forte convite que a Igreja faz, sublinhando a grande importância dada ao Evangelho.
A Palavra de Deus, que é sempre a luz que ilumina o caminho dos fiéis, precisa ser acolhida na mente, anunciada com a voz e conservada no coração. Tudo isso nos recorda que é necessário nos empenharmos em compreender a Palavra de Deus com atenção e inteligência iluminada.
Esta Palavra deve ser anunciada e proclamada por todo cristão, porque a evangelização é um dever de todos os batizados. Precisa ser amada e guardada no coração, para tornar-se depois norma de vida.
Todos nós somos convidados a examinar-nos sobre como acolhemos o Evangelho, como nos comprometemos no anúncio desta mensagem, como conformamos nossa vida segundo suas indicações.
Somos convidados a ser um "Evangelho ilustrado", o "quinto Evangelho", não escrito com tinta, mas com a nossa própria vida.
Acolhamos com a mente, anunciemos com os lábios, conservemos no coração o tesouro da Palavra de Deus e, ao longo deste caminho, confiemos nossas vidas ao Senhor, para sermos reflexo da verdadeira luz em meio às trevas do mundo de hoje.

Artigo do Pe. Antonio, monge no Mosteiro de São Bento, de Monte Subiaco, Itália
via Aleteia
 

Fonte: Blog: Jesus, O Bom Pastor

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