Caros leitores, nesta sexta-feira foi também apresentada a primeira encíclica do Papa Francisco. Esta encíclica foi iniciada pelo Papa Bento XVI e concluída por Francisco. Seu nome é Lumen Fidei, que em latim significa A Luz da Fé. Nos gadgets aqui ao lado em nossa página, você pode clicar sobre a imagem e ler na íntegra a encíclica. O serviço de notícias do Vaticano (News.Va), publicou uma síntese da encíclica, a qual reproduzimos aqui.
Lumen Fidei - A luz da fé, assim se intitula a primeira
Encíclica do Papa Francisco que hoje foi apresentada em conferência de
imprensa, no Vaticano. Dirigida aos bispos, sacerdotes, diáconos,
religiosos e religiosas e a todos os fiéis leigos, a Encíclica – explica
o Papa Francisco - já estava "quase completada" por Bento XVI. Àquela
"primeira versão" o actual Pontífice acrescentou "ulteriores
contribuições ". A finalidade do documento é recuperar o carácter de luz
que é específico da fé, capaz de iluminar toda a existência humana.
Quem
acredita nunca está sozinho, porque a fé é um bem comum que ajuda a
edificar as nossas sociedades, dando esperança. E’ este é o coração da Lumen fidei.
Numa época como a nossa, a moderna - escreve o Papa - em que o
acreditar se opõe ao pesquisar e a fé é vista como um salto no vazio que
impede a liberdade do homem, é importante ter fé e confiar, com
humildade e coragem, ao amor misericordioso de Deus, que endireita as
distorções da nossa história.
Testemunha fiável da fé é Jesus,
através do qual Deus actua realmente na história. Como na vida de cada
dia confiamos no arquitecto, o farmacêutico, o advogado, que conhecem as
coisas melhor que nós, assim também para a fé confiamos em Jesus, um
especialista nas coisas de Deus. A fé sem a verdade não salva, diz em
seguida o Papa – fica a ser apenas um bonito conto de fadas, sobretudo
hoje em que se vive uma crise de verdade, porque se acredita apenas na
tecnologia ou nas verdades do indivíduo, porque se teme o fanatismo e se
prefere o relativismo. Pelo contrário, a fé não é intransigente, o
crente não é arrogante: a verdade que vem do amor de Deus não se impõe
pela violência, não esmaga o indivíduo e torna possível o diálogo entre
fé e razão.Se torna, portanto, essencial a evangelização: a luz de Jesus
brilha no rosto dos cristãos e se transmite de geração em geração,
através das testemunhas da fé. Mas de uma maneira especial, a fé se
transmite através dos Sacramentos, como o Baptismo e a Eucaristia, e
através da confissão de fé do Credo e a Oração do Pai Nosso, que
envolvem o crente nas verdades que confessa e o fazem ver com os olhos
de Cristo. A fé é uma, sublinha o Papa, e a unidade da fé é a unidade da
Igreja.
Também é forte a ligação entre acreditar e construir o bem
comum: a fé torna fortes os laços entre os homens e se coloca ao serviço
da justiça, do direito e da paz. Essa não nos afasta do mundo, muito
pelo contrário: se a tirarmos das nossas cidades, ficamos unidos apenas
por medo ou por interesse. A fé, pelo contrário, ilumina a família
fundada no matrimónio entre um homem e uma mulher; ilumina o mundo dos
jovens que desejam “uma vida grande ", dá luz à natureza e nos ajuda a
respeitá-la, para "encontrar modelos de desenvolvimento que não se
baseiam apenas na "utilidade ou lucro,
mas que consideram a criação como um dom". Mesmo o sofrimento e a morte
recebem um sentido do facto de confiarmos em Deus, escreve ainda o
Pontífice: ao homem que sofre o Senhor não dá um raciocínio que explica
tudo, mas a sua presença que o acompanha.Finalmente, o Papa lança um
apelo: "Não deixemos que nos roubem a esperança, não deixemos que ela
seja frustrada com soluções e propostas imediatas que nos bloqueiam o
caminho para Deus”.
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