Páginas

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O Sacramento da Confirmação - Parte I



Caros leitores, no mês de fevereiro estaremos estudando e refletindo sobre o sacramento da Confirmação ou Crisma. Este sacramento, junto com o Batismo e a Eucaristia, constituem os sacramentos da iniciação cristã. O sacramento da Confirmação completa e, como o nome diz, confirma aquilo professado no Batismo. Com efeito, “pelo sacramento da Confirmação [os fieis] são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras”.(Catecismo da Igreja Católica 1285).


O anúncio dos profetas sobre o Espírito Santo, torna-se concreto quando ele repousa em Cristo logo após o seu Batismo. Concebido do Espírito Santo, toda a sua vida e toda a sua missão se realizam em uma comunhão total com o mesmo Espírito, que o Pai lhe dá sem medida. A plenitude do Espírito Santo não era destinada somente ao Messias, mas sim a todo o povo messiânico, como várias vezes o próprio Cristo fez ao anunciar o Espírito Santo e o prometer aos seus apóstolos, promessa que se concretiza na tarde de Páscoa. A origem do sacramento está presente na Carta aos Hebreus, onde os apóstolos, para cumprir o desígnio de Cristo, anunciavam o Batismo e faziam a imposição das mãos. Este gesto é considerado como a origem da Confirmação, gesto que permanece até hoje no Rito da Crisma. Posteriormente, a Igreja acrescentou ao gesto de impor as mãos, a unção com o óleo abençoado pelo bispo. Isto se fez para que se tornasse mais visível o sacramento. Este óleo não era como qualquer outro, era um óleo abençoado e perfumado (crisma), daí a origem do nome. Esta unção ilustra o nome de cristão, que significa ungido e que deriva do nome do próprio Cristo. No Oriente este sacramento é chamado de Crismação, unção com crisma, ou mýron, que significa crisma. No Ocidente, o termo Confirmação sugere que este sacramento, ao mesmo tempo, confirma o Batismo e consolida a graça batismal.

O ministro da Confirmação

            O ministro por excelência do sacramento da Confirmação é o bispo. Em casos de necessidades, o bispo pode delegar que alguns presbíteros crismem os fieis. O fato de o sacramento da Confirmação ser celebrado pelo bispo, marca bem que ele tem como efeito unir aqueles que o receberam mais intimamente à Igreja, às suas origens apostólicas e à sua missão de dar testemunho de Cristo. Apenas em dois casos o presbítero não precisa da permissão do bispo para realizar o sacramento da Crisma. O primeiro deles é na Vigilia Pascal, quando algum catecúmeno recebe os três sacramentos da iniciação cristã e, além do mais, está prescrito no rito. E o segundo caso é quando houver algum caso de perigo de morte.

Na próxima postagem falaremos sobre o significado do óleo e das diferenças entre Oriente e Ocidente.

REFERÊNCIA
Catecismo da Igreja Católica. Paragrafos 1285-1289 e 1312-1314. Edições Loyola, São Paulo, 2009

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comentários ofensivos serão excluídos

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...