Queridos leitores, chegamos ao último dia de 2013! Queremos agradecer a cada um que acessou e prestigiou o nosso blog ao longo deste ano. Em comparação com 2012, o número de nossas postagens caiu um pouco, mas não significa que estamos deixando de lado a credibilidade para levar até vocês o melhor de nossa Igreja! Num ano em que vivemos a eleição do Papa Francisco e a surpreendente renúncia de Bento XVI, voltemos nossos olhos para Deus e ergamos um canto de louvor: Te Deum laudamus - A vós, ó Deus, louvamos! Obrigado, Senhor, por tudo que nos concedestes ao longo deste ano. Esperamos estar sempre dispostos a cumprir a vossa vontade em 2014 e sempre.
A todos, um FELIZ ANO NOVO!!!!
Páginas
terça-feira, 31 de dezembro de 2013
domingo, 29 de dezembro de 2013
Oração do Papa à Sagrada Família
Caros leitores, neste domingo após o Natal do Senhor a Igreja celebra a Solenidade da Sagrada Família de Jesus, Maria e José. Hoje, na tradicional oração do Ângelus na Praça de São Pedro, o Papa Francisco pronunciou uma bela mensagem acerca da Sagrada Família e renovou os votos de oração pela paz nas famílias do mundo inteiro. Posteriormente, publicaremos o que o Papa disse na íntegra, porém convém desde já ressaltar três palavras que o Papa disse serem essenciais numa família: com licença, obrigado e perdão. Palavras simples mas que faltam em grande parte das famílias do mundo.
Tendo em vista o próximo Sínodo (Outubro 2014) que será pautado no tema da família, o Papa dirigiu uma breve oração à Sagrada Família ao final do Ângelus, a qual reproduzimos aqui e convidamos todos a rezarem juntos pelas famílias.
Tendo em vista o próximo Sínodo (Outubro 2014) que será pautado no tema da família, o Papa dirigiu uma breve oração à Sagrada Família ao final do Ângelus, a qual reproduzimos aqui e convidamos todos a rezarem juntos pelas famílias.
ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA
Jesus, Maria e José,
em Vós, contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
a Vós, com confiança, nos dirigimos.
em Vós, contemplamos
o esplendor do verdadeiro amor,
a Vós, com confiança, nos dirigimos.
Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
escolas autênticas do Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.
tornai também as nossas famílias
lugares de comunhão e cenáculos de oração,
escolas autênticas do Evangelho
e pequenas Igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais se faça, nas famílias, experiência
de violência, egoísmo e divisão:
quem ficou ferido ou escandalizado
depressa conheça consolação e cura.
que nunca mais se faça, nas famílias, experiência
de violência, egoísmo e divisão:
quem ficou ferido ou escandalizado
depressa conheça consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré,
que o próximo Sínodo dos Bispos
possa despertar, em todos, a consciência
do carácter sagrado e inviolável da família,
a sua beleza no projecto de Deus.
que o próximo Sínodo dos Bispos
possa despertar, em todos, a consciência
do carácter sagrado e inviolável da família,
a sua beleza no projecto de Deus.
Jesus, Maria e José,
escutai, atendei a nossa súplica.
escutai, atendei a nossa súplica.
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
Mensagem do Papa Francisco na Bênção Urbi et Orbi
«Glória a Deus nas alturas
e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14).
Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, bom dia e feliz Natal!
Faço meu o cântico dos anjos que apareceram aos pastores de Belém, na noite em que nasceu Jesus. Um cântico que une céu e terra, dirigindo ao céu o louvor e a glória e, à terra dos homens, votos de paz.
Convido todos a unirem-se a este cântico: este cântico é para todo o homem e mulher que vela na noite, que tem esperança num mundo melhor, que cuida dos outros procurando humildemente cumprir o seu dever.
Glória a Deus.
A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.
Possa cada um de nós dar glória a Deus sobretudo com a vida, com uma vida gasta por amor d’Ele e dos irmãos.
Paz aos homens.
A verdadeira paz – como sabemos – não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela «fachada», por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, mas a paz é artesanal, realiza-se a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo.
Vendo o Menino no presépio, Menino de paz, pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensamos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes... As guerras dilaceram e ferem tantas vidas!
Muitas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda a violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária. Vimos como é poderosa a oração! E fico contente sabendo que hoje também se unem a esta nossa súplica pela paz na Síria crentes de diversas confissões religiosas. Nunca percamos a coragem da oração! A coragem de dizer: Senhor, dai a vossa paz à Síria e ao mundo inteiro. E convido também os não crentes a desejarem a paz, com o seu anelo, aquele anelo que alarga o coração: todos unidos, ou com a oração ou com o desejo. Mas todos, pela paz.
Ó Deus Menino, dai paz à República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens. Mas Vós, Senhor, não esqueceis ninguém e quereis levar a paz também àquela terra, dilacerada por uma espiral de violência e miséria, onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver. Favorecei a concórdia no Sudão do Sul, onde as tensões actuais já provocaram demasiadas vítimas e ameaçam a convivência pacífica naquele jovem Estado.
Vós, ó Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos, para que deponham as armas e se empreenda o caminho do diálogo. Olhai a Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes nem indefesos. Abençoai a Terra que escolhestes para vir ao mundo e fazei chegar a um desfecho feliz as negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos. Curai as chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados.
Vós, Senhor da vida, protegei todos aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa.
Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância.
Senhor do céu e da terra, olhai para este nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão.
Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus.
Votos de um Natal feliz no termo da Mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre
A vós, queridos irmãos e irmãs, vindos de todo o mundo e reunidos nesta Praça, e a quantos estão em ligação connosco nos diversos países através dos meios de comunicação, dirijo os meus votos de um Natal Feliz!
Neste dia, iluminado pela esperança evangélica que provém da gruta humilde de Belém, invoco os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados. Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal para todos!
e paz na terra aos homens do seu agrado» (Lc 2, 14).
Queridos irmãos e irmãs de Roma e do mundo inteiro, bom dia e feliz Natal!
Faço meu o cântico dos anjos que apareceram aos pastores de Belém, na noite em que nasceu Jesus. Um cântico que une céu e terra, dirigindo ao céu o louvor e a glória e, à terra dos homens, votos de paz.
Convido todos a unirem-se a este cântico: este cântico é para todo o homem e mulher que vela na noite, que tem esperança num mundo melhor, que cuida dos outros procurando humildemente cumprir o seu dever.
Glória a Deus.
A primeira coisa que o Natal nos chama a fazer é isto: dar glória a Deus, porque Ele é bom, é fiel, é misericordioso. Neste dia, desejo a todos que possam reconhecer o verdadeiro rosto de Deus, o Pai que nos deu Jesus. Desejo a todos que possam sentir que Deus está perto, possam estar na sua presença, amá-Lo, adorá-Lo.
Possa cada um de nós dar glória a Deus sobretudo com a vida, com uma vida gasta por amor d’Ele e dos irmãos.
Paz aos homens.
A verdadeira paz – como sabemos – não é um equilíbrio entre forças contrárias; não é uma bela «fachada», por trás da qual há contrastes e divisões. A paz é um compromisso de todos os dias, mas a paz é artesanal, realiza-se a partir do dom de Deus, da graça que Ele nos deu em Jesus Cristo.
Vendo o Menino no presépio, Menino de paz, pensamos nas crianças que são as vítimas mais frágeis das guerras, mas pensamos também nos idosos, nas mulheres maltratadas, nos doentes... As guerras dilaceram e ferem tantas vidas!
Muitas dilacerou, nos últimos tempos, o conflito na Síria, fomentando ódio e vingança. Continuemos a pedir ao Senhor que poupe novos sofrimentos ao amado povo sírio, e as partes em conflito ponham fim a toda a violência e assegurem o acesso à ajuda humanitária. Vimos como é poderosa a oração! E fico contente sabendo que hoje também se unem a esta nossa súplica pela paz na Síria crentes de diversas confissões religiosas. Nunca percamos a coragem da oração! A coragem de dizer: Senhor, dai a vossa paz à Síria e ao mundo inteiro. E convido também os não crentes a desejarem a paz, com o seu anelo, aquele anelo que alarga o coração: todos unidos, ou com a oração ou com o desejo. Mas todos, pela paz.
Ó Deus Menino, dai paz à República Centro-Africana, frequentemente esquecida dos homens. Mas Vós, Senhor, não esqueceis ninguém e quereis levar a paz também àquela terra, dilacerada por uma espiral de violência e miséria, onde muitas pessoas estão sem casa, sem água nem comida, sem o mínimo para viver. Favorecei a concórdia no Sudão do Sul, onde as tensões actuais já provocaram demasiadas vítimas e ameaçam a convivência pacífica naquele jovem Estado.
Vós, ó Príncipe da Paz, convertei por todo o lado o coração dos violentos, para que deponham as armas e se empreenda o caminho do diálogo. Olhai a Nigéria, dilacerada por contínuos ataques que não poupam inocentes nem indefesos. Abençoai a Terra que escolhestes para vir ao mundo e fazei chegar a um desfecho feliz as negociações de paz entre Israelitas e Palestinianos. Curai as chagas do amado Iraque, ferido ainda frequentemente por atentados.
Vós, Senhor da vida, protegei todos aqueles que são perseguidos por causa do vosso nome. Dai esperança e conforto aos deslocados e refugiados, especialmente no Corno de África e no leste da República Democrática do Congo. Fazei que os emigrantes em busca duma vida digna encontrem acolhimento e ajuda. Que nunca mais aconteçam tragédias como aquelas a que assistimos este ano, com numerosos mortos em Lampedusa.
Ó Menino de Belém, tocai o coração de todos os que estão envolvidos no tráfico de seres humanos, para que se dêem conta da gravidade deste crime contra a humanidade. Voltai o vosso olhar para as inúmeras crianças que são raptadas, feridas e mortas nos conflitos armados e para quantas são transformadas em soldados, privadas da sua infância.
Senhor do céu e da terra, olhai para este nosso planeta, que a ganância e a ambição dos homens exploram muitas vezes indiscriminadamente. Assisti e protegei quantos são vítimas de calamidades naturais, especialmente o querido povo filipino, gravemente atingido pelo recente tufão.
Queridos irmãos e irmãs, hoje, neste mundo, nesta humanidade, nasceu o Salvador, que é Cristo Senhor. Detenhamo-nos diante do Menino de Belém. Deixemos que o nosso coração se comova: não tenhamos medo disso. Não tenhamos medo que o nosso coração se comova! Precisamos que o nosso coração se comova. Deixemo-lo abrasar-se pela ternura de Deus; precisamos das suas carícias. As carícias de Deus não fazem feridas: as carícias de Deus dão-nos paz e força. Precisamos das suas carícias. Deus é grande no amor; a Ele, o louvor e a glória pelos séculos! Deus é paz: peçamos-Lhe que nos ajude a construí-la cada dia na nossa vida, nas nossas famílias, nas nossas cidades e nações, no mundo inteiro. Deixemo-nos comover pela bondade de Deus.
Votos de um Natal feliz no termo da Mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre
A vós, queridos irmãos e irmãs, vindos de todo o mundo e reunidos nesta Praça, e a quantos estão em ligação connosco nos diversos países através dos meios de comunicação, dirijo os meus votos de um Natal Feliz!
Neste dia, iluminado pela esperança evangélica que provém da gruta humilde de Belém, invoco os dons natalícios da alegria e da paz para todos: para as crianças e os idosos, para os jovens e as famílias, para os pobres e os marginalizados. Nascido para nós, Jesus conforte quantos suportam a prova da doença e da tribulação; sustente aqueles que se dedicam ao serviço dos irmãos mais necessitados. Feliz Natal para todos!
Imagens da Santa Missa da Noite de Natal no Vaticano
Homilia do Papa Francisco na Santa Missa da Noite de Natal
SOLENIDADE DO NATAL DO
SENHOR
HOMILIA DO PAPA
FRANCISCO
Basílica Vaticana
Terça-feira, 24 de Dezembro de 2013
Terça-feira, 24 de Dezembro de 2013
1. «O povo que andava nas trevas viu uma grande luz» (Is 9, 1).
Esta profecia de Isaías não cessa de nos comover, especialmente quando a ouvimos na liturgia da Noite de Natal. E não se trata apenas dum facto emotivo, sentimental; comove-nos, porque exprime a realidade profunda daquilo que somos: somos povo em caminho, e ao nosso redor – mas também dentro de nós – há trevas e luz. E nesta noite, enquanto o espírito das trevas envolve o mundo, renova-se o acontecimento que sempre nos maravilha e surpreende: o povo em caminho vê uma grande luz. Uma luz que nos faz reflectir sobre este mistério: o mistério do andar e do ver.
Andar. Este verbo faz-nos pensar no curso da história, naquele longo caminho que é a história da salvação, com início em Abraão, nosso pai na fé, que um dia o Senhor chamou convidando-o a partir, a sair do seu país para a terra que Ele lhe havia de indicar. Desde então, a nossa identidade de crentes é a de pessoas peregrinas para a terra prometida. Esta história é sempre acompanhada pelo Senhor! Ele é sempre fiel ao seu pacto e às suas promessas. Porque fiel, «Deus é luz, e n’Ele não há nenhuma espécie de trevas» (1 Jo 1, 5). Diversamente, do lado do povo, alternam-se momentos de luz e de escuridão, fidelidade e infidelidade, obediência e rebelião; momentos de povo peregrino e momentos de povo errante.
E, na nossa historia pessoal, também se alternam momentos luminosos e escuros, luzes e sombras. Se amamos a Deus e aos irmãos, andamos na luz; mas, se o nosso coração se fecha, se prevalece em nós o orgulho, a mentira, a busca do próprio interesse, então calam as trevas dentro de nós e ao nosso redor. «Aquele que tem ódio ao seu irmão – escreve o apóstolo João – está nas trevas e nas trevas caminha, sem saber para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos» (1 Jo 2, 11). Povo em caminho, mas povo peregrino que não quer ser povo errante.
2. Nesta noite, como um facho de luz claríssima, ressoa o anúncio do Apóstolo: «Manifestou-se a graça de Deus, que traz a salvação para todos os homens» (Tt 2, 11).
A graça que se manifestou no mundo é Jesus, nascido da Virgem Maria, verdadeiro homem e verdadeiro Deus. Entrou na nossa história, partilhou o nosso caminho. Veio para nos libertar das trevas e nos dar a luz. N’Ele manifestou-se a graça, a misericórdia, a ternura do Pai: Jesus é o Amor feito carne. Não se trata apenas dum mestre de sabedoria, nem dum ideal para o qual tendemos e do qual sabemos estar inexoravelmente distantes, mas é o sentido da vida e da história que pôs a sua tenda no meio de nós.
3. Os pastores foram os primeiros a ver esta «tenda», a receber o anúncio do nascimento de Jesus. Foram os primeiros, porque estavam entre os últimos, os marginalizados. E foram os primeiros porque velavam durante a noite, guardando o seu rebanho. É lei do peregrino velar, e eles velavam. Com eles, detemo-nos diante do Menino, detemo-nos em silêncio. Com eles, agradecemos ao Pai do Céu por nos ter dado Jesus e, com eles, deixamos subir do fundo do coração o nosso louvor pela sua fidelidade: Nós Vos bendizemos, Senhor Deus Altíssimo, que Vos humilhastes por nós. Sois imenso, e fizestes-Vos pequenino; sois rico, e fizestes-Vos pobre; sois omnipotente, e fizestes-Vos frágil.
Nesta Noite, partilhamos a alegria do Evangelho: Deus ama-nos; e ama-nos tanto que nos deu o seu Filho como nosso irmão, como luz nas nossas trevas. O Senhor repete-nos: «Não temais» (Lc 2, 10). Assim disseram os anjos aos pastores: «Não temais». E repito também eu a todos vós: Não temais! O nosso Pai é paciente, ama-nos, dá-nos Jesus para nos guiar no caminho para a terra prometida. Ele é a luz que ilumina as trevas. Ele é a misericórdia: o nosso Pai perdoa-nos sempre. Ele é a nossa paz. Amen.
Mensagem do Papa no Ângelus desta quinta-feira
O
Papa Francisco durante o Angelus desta quinta-feira, Festa de Santo
Estevão, primeiro mártir, rezou pelos cristãos “discriminados” por causa
do testemunho do Evangelho, recordando que a salvação divina “implica a
luta contra o pecado, e que a mesma passa através da porta estreita da Cruz”. Essa é a estrada que Jesus indicou claramente aos seus discípulos:
“Por isso vamos rezar de modo particolar pelos cristãos que sofrem discriminações por causa do testemunho de Cristo e do Evangelho. Estamos próximos a esses irmãos e irmãs que, como Santo Estevão, são acusados injustamente e são objeto de violências de todos os tipos. Isso se verifica especialmente lá onde a liberdade religiosa ainda não é garantida ou não é plenamente realizada”.
Há também os casos de “países e ambientes que na carta tutelam a liberdade e os direitos humanos, - continuou o Papa - mas onde de fato os crentes, especialmente os cristãos, encontram limitações e discriminações”. Para o cristão, isso não é surpresa, porque Jesus – afirmou Francisco – o pré-anunciou como ocasião propícia para dar testemunho. Todavia, na esfera civil, a injustiça deve ser denunciada e eliminada, sublinhou o Santo Padre.
“Estou seguro – observou ainda Francisco, falando de improviso – que infelizmente são mais hoje do que nos primeiros tempos da Igreja”. “Gostaria de rezar por aquele irmãos e irmãs, um momento, em silêncio, todos”. A Praça São Pedro emudeceu em um silêncio de oração. E o Papa rezou com todos a oração da Ave Maria.
Momentos antes, o Santo Padre recordou que a liturgia prolonga a Solenidade de Natal por oito dias: um tempo de alegria para todo o povo de Deus! E neste segundo dia da oitava, na alegria do Natal se insere a festa de Santo Estevão, o primeiro mártir da Igreja.
“No clima alegre do Natal, essa comemoração poderia parecer fora de lugar. O Natal, de fato, é a festa da vida e nos infunde sentimentos de serenidade e de paz; por que turbar o encontro com a recordação de uma violência tão atroz? Na realidade, na ótica da fé, a festa de Santo Estevão está em plena sintonia com o significado profundo do Natal. No martírio, de fato, a violência é vencida pelo amor, a morte pela vida. A Igreja vê no sacrifício dos mártires o seu “nascimento para o céu”.
Celebramos, portanto hoje o “natal” de Estevão, que em profundidade brota do Natal de Cristo. Jesus transforma a morte daqueles que o amam em aurora de vida nova!.
O Papa salientou ainda que no martírio de Estevão se reproduz o mesmo confronto entre o bem e o mal, entre o ódio e o perdão, entre a delicadeza e a violência, que teve o seu ápice na Cruz de Cristo. A memória do primeiro mártir – disse o Papa - dissolve assim a imagem de conto de fadas e melosa, que no Evangelho não existe! Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.
Antes de se despedir dos fiéis reunidos na Praça São Pedro, saudou as famílias, os grupos paroquiais, as associações e os fiéis provenientes de Roma, Itália, e de todas as partes do mundo:
"A pausa destes dias junto ao presépio para contemplar Maria e José ao lado do Menino, possa suscitar em todos um generoso compromisso de amor recíproco, para que dentro das famílias e das várias comunidades se viva aquele clima de cordialidade e de fraternidade que tanto beneficia o bem comum. Boas Festas Natalinas!"
“Por isso vamos rezar de modo particolar pelos cristãos que sofrem discriminações por causa do testemunho de Cristo e do Evangelho. Estamos próximos a esses irmãos e irmãs que, como Santo Estevão, são acusados injustamente e são objeto de violências de todos os tipos. Isso se verifica especialmente lá onde a liberdade religiosa ainda não é garantida ou não é plenamente realizada”.
Há também os casos de “países e ambientes que na carta tutelam a liberdade e os direitos humanos, - continuou o Papa - mas onde de fato os crentes, especialmente os cristãos, encontram limitações e discriminações”. Para o cristão, isso não é surpresa, porque Jesus – afirmou Francisco – o pré-anunciou como ocasião propícia para dar testemunho. Todavia, na esfera civil, a injustiça deve ser denunciada e eliminada, sublinhou o Santo Padre.
“Estou seguro – observou ainda Francisco, falando de improviso – que infelizmente são mais hoje do que nos primeiros tempos da Igreja”. “Gostaria de rezar por aquele irmãos e irmãs, um momento, em silêncio, todos”. A Praça São Pedro emudeceu em um silêncio de oração. E o Papa rezou com todos a oração da Ave Maria.
Momentos antes, o Santo Padre recordou que a liturgia prolonga a Solenidade de Natal por oito dias: um tempo de alegria para todo o povo de Deus! E neste segundo dia da oitava, na alegria do Natal se insere a festa de Santo Estevão, o primeiro mártir da Igreja.
“No clima alegre do Natal, essa comemoração poderia parecer fora de lugar. O Natal, de fato, é a festa da vida e nos infunde sentimentos de serenidade e de paz; por que turbar o encontro com a recordação de uma violência tão atroz? Na realidade, na ótica da fé, a festa de Santo Estevão está em plena sintonia com o significado profundo do Natal. No martírio, de fato, a violência é vencida pelo amor, a morte pela vida. A Igreja vê no sacrifício dos mártires o seu “nascimento para o céu”.
Celebramos, portanto hoje o “natal” de Estevão, que em profundidade brota do Natal de Cristo. Jesus transforma a morte daqueles que o amam em aurora de vida nova!.
O Papa salientou ainda que no martírio de Estevão se reproduz o mesmo confronto entre o bem e o mal, entre o ódio e o perdão, entre a delicadeza e a violência, que teve o seu ápice na Cruz de Cristo. A memória do primeiro mártir – disse o Papa - dissolve assim a imagem de conto de fadas e melosa, que no Evangelho não existe! Em seguida concedeu a todos a sua Benção Apostólica.
Antes de se despedir dos fiéis reunidos na Praça São Pedro, saudou as famílias, os grupos paroquiais, as associações e os fiéis provenientes de Roma, Itália, e de todas as partes do mundo:
"A pausa destes dias junto ao presépio para contemplar Maria e José ao lado do Menino, possa suscitar em todos um generoso compromisso de amor recíproco, para que dentro das famílias e das várias comunidades se viva aquele clima de cordialidade e de fraternidade que tanto beneficia o bem comum. Boas Festas Natalinas!"
2 anos do blog
Caros leitores, neste dia 26 de dezembro de 2013 nosso blog completa dois anos de rede. Agradecemos a todos que contribuem com esta obra e nos visitam diariamente. Reconhecemos que em 2013 nosso fluxo de postagens foi menor que 2012, isto aconteceu devido a alguns problemas internos que para 2014 estarão resolvidos. Novamente agradecemos a todos e rogamos a Deus para que abençoe a todos neste fim de ano. Tudo isto pedimos pela intercessão de Santo Estêvão, padroeiro do nosso blog e primeiro mártir da Igreja.
AD MAJOREM DEI GLORIAM
AD MAJOREM DEI GLORIAM
sábado, 21 de dezembro de 2013
Reflexão para o IV Domingo do Advento
A primeira leitura da liturgia deste 4º domingo do Advento, apresenta a aliança entre dois reis, com a finalidade de depor um terceiro, Acaz, rei de Jerusalém. Com isso a dinastia davídica se esfacelaria e outro rei, de outra família, ocuparia o trono de Jerusalém.
Mas Deus é fiel e manterá sua promessa de que um descendente de Davi seria o rei de Judá.. Contudo o rei Acaz não dá muito importância à palavra de Deus, não confia em suas palavras, mas confia em sua aliança com um 4º rei.
O profeta Isaías fica preocupadíssimo com o modo de agir do rei Acaz e percebe que tudo será um desastre para Israel.
O povo confia em Deus, mas fica estarrecido com menosprezo que Acaz dá à situação e sua atitude em relação aos ídolos pagãos a ponto de oferecer seu filho aos mesmos.
Por isso ele, de modo falso, diz que não irá incomodar Deus, quando lhe é dito de pedir um sinal a Deus.
Nesse momento é dado, pelo profeta Isaías, um sinal: a virgem dará á luz um filho que se chamará Emanuel.
Acaz se torna empedernido, perde a guerra, os assírios se tornaram colonizadores de Israel, mas Deus se manteve fiel. Ezequias, o filho da virgem, descendente de Davi, nasceu e se tornou rei, um bom rei. Ele foi visto como a presença de Deus, de Deus que não abandona, de Deus que está com seu povo, do de Deus que se chama Emanuel – Deus conosco!
Essa leitura questiona nosso modo de pensar e de agir quando não confiamos em Deus e não damos a Ele a primazia em nossas decisões, quando confiamos mais no mundo, em nossos feitos e amizades, em nossas “orações” e “novenas”, em nossas supertições e não na palavra dele de que nos ama, de que se entregou por nós, na presença de Nossa Senhora ao nosso lado. Não somos nossa providência, ninguém é nossa providência, só o Senhor é a Providência.
Deus conosco é o tema também do Evangelho de Mateus, proclamado nesta liturgia, que nos fala da gravidez de Maria, após a realização do contrato nupcial entre ela e José, mas ainda sem co-habitarem.
O sinal que Isaías falava para o rei Acaz pedir a Deus, é concretizado no nascimento de Jesus, o Deus Conosco, o Emanuel.
Maria é a virgem, que confiou absolutamente em Deus e se entregou totalmente à missão que Ele lhe confiava. Também Jose, o justo, porque entre situações muito embaraçosas, optou por não cometer injustiças, mas deixar tudo nas mãos de Deus e confiar na divina Providência.
Mas Deus é fiel e manterá sua promessa de que um descendente de Davi seria o rei de Judá.. Contudo o rei Acaz não dá muito importância à palavra de Deus, não confia em suas palavras, mas confia em sua aliança com um 4º rei.
O profeta Isaías fica preocupadíssimo com o modo de agir do rei Acaz e percebe que tudo será um desastre para Israel.
O povo confia em Deus, mas fica estarrecido com menosprezo que Acaz dá à situação e sua atitude em relação aos ídolos pagãos a ponto de oferecer seu filho aos mesmos.
Por isso ele, de modo falso, diz que não irá incomodar Deus, quando lhe é dito de pedir um sinal a Deus.
Nesse momento é dado, pelo profeta Isaías, um sinal: a virgem dará á luz um filho que se chamará Emanuel.
Acaz se torna empedernido, perde a guerra, os assírios se tornaram colonizadores de Israel, mas Deus se manteve fiel. Ezequias, o filho da virgem, descendente de Davi, nasceu e se tornou rei, um bom rei. Ele foi visto como a presença de Deus, de Deus que não abandona, de Deus que está com seu povo, do de Deus que se chama Emanuel – Deus conosco!
Essa leitura questiona nosso modo de pensar e de agir quando não confiamos em Deus e não damos a Ele a primazia em nossas decisões, quando confiamos mais no mundo, em nossos feitos e amizades, em nossas “orações” e “novenas”, em nossas supertições e não na palavra dele de que nos ama, de que se entregou por nós, na presença de Nossa Senhora ao nosso lado. Não somos nossa providência, ninguém é nossa providência, só o Senhor é a Providência.
Deus conosco é o tema também do Evangelho de Mateus, proclamado nesta liturgia, que nos fala da gravidez de Maria, após a realização do contrato nupcial entre ela e José, mas ainda sem co-habitarem.
O sinal que Isaías falava para o rei Acaz pedir a Deus, é concretizado no nascimento de Jesus, o Deus Conosco, o Emanuel.
Maria é a virgem, que confiou absolutamente em Deus e se entregou totalmente à missão que Ele lhe confiava. Também Jose, o justo, porque entre situações muito embaraçosas, optou por não cometer injustiças, mas deixar tudo nas mãos de Deus e confiar na divina Providência.
sábado, 14 de dezembro de 2013
Reflexão para o III Domingo do Advento
Diante
de um mundo arrasado, de um ambiente de profunda desolação, de corações
sofridos e enlutados, Isaías clama Vida, Alegria, Ressurreição! O texto
da primeira leitura de hoje, extraído do livro de Isaías, nos leva à
Esperança. O Profeta quebra a rotina desoladora e nos aponta a ação de
Deus, a regeneração do mundo, a redenção do ser humano. Mas o Senhor que
pode fazer tudo sozinho, quer nossa colaboração, quer fazer-nos partícipes de sua obra salvífica. Nesse próprio ato de pedir nossa colaboração já está a redenção.
O Senhor nos trata como pessoas maduras, capazes, pessoas criadas à Sua imagem e semelhança. Por isso não é próprio do fiel ficar de braços cruzados, desanimado e acomodado. Aquele que crê levanta a cabeça, solta os braços e busca dentro de si a força do Senhor, e imediatamente começa a colaborar com o Criador. O fiel reage contra qualquer ação oriunda da cultura de morte. Ele crê na Vida! Assim aconteceu com a escravidão no Egito, em outras situações onde os protagonistas foram os pobres, os marginalizados, os portadores de deficiência, os pequenos segundo o mundo. Assim fez Jesus Cristo, colocando-se como servo de todos, à disposição do Pai para assegurar a felicidade eterna ao Homem.
No Evangelho deste domingo, temos em primeiro lugar a dificuldade de João Batista em reconhecer em Jesus o Messias prometido. Na pregação de João Batista, como vimos no domingo passado, Jesus deveria tratar os pecadores com bastante dureza, destruí-los até. Mas ele não o faz, ao contrário, provoca mudanças em seus corações, possibilitando a salvação, faz refeições com eles e até se torna amigo deles. Isso desorienta o Batista.
Quando interrogado pelos discípulos de João, Jesus responde citando Isaías, ou seja, dizendo que sua missão é de redenção, por isso os sinais que faz são de salvação. Deus ama a todos, bons e maus. Todos são seus filhos, foram criados por amor.
Em segundo lugar, Jesus elogia a pessoa do Batista dizendo que ele é mais que um Profeta, o maior entre os nascidos de mulher – dirá o Mestre. Ao dizer que “O menor no Reino dos céus é maior do que o Batista”, Jesus afirma que esse menor entendeu que Deus vem ao encontro do Homem para perdoá-lo, acolhê-lo e amá-lo. Menor e maior. Sem depreciar em nada a figura de João Batista Batista, já que os tempos do Reino transcendem inteiramente aqueles que os precederam e prepararam, essas duas palavras opõem duas épocas da obra divina, duas “economias”, conforme nos esclarece a Bíblia de Jerusalém.
Finalmente, na 2ª leitura, São Tiago nos exorta a que fiquemos firmes até e chegada do Senhor. Firme para Tiago significa manter a fé, a esperança e a caridade. Por isso, ele toma como exemplo o agricultor que trabalha e depois fica à espera do fruto prometido e nos aconselha a não nos queixarmos dos irmãos.
O Senhor nos trata como pessoas maduras, capazes, pessoas criadas à Sua imagem e semelhança. Por isso não é próprio do fiel ficar de braços cruzados, desanimado e acomodado. Aquele que crê levanta a cabeça, solta os braços e busca dentro de si a força do Senhor, e imediatamente começa a colaborar com o Criador. O fiel reage contra qualquer ação oriunda da cultura de morte. Ele crê na Vida! Assim aconteceu com a escravidão no Egito, em outras situações onde os protagonistas foram os pobres, os marginalizados, os portadores de deficiência, os pequenos segundo o mundo. Assim fez Jesus Cristo, colocando-se como servo de todos, à disposição do Pai para assegurar a felicidade eterna ao Homem.
No Evangelho deste domingo, temos em primeiro lugar a dificuldade de João Batista em reconhecer em Jesus o Messias prometido. Na pregação de João Batista, como vimos no domingo passado, Jesus deveria tratar os pecadores com bastante dureza, destruí-los até. Mas ele não o faz, ao contrário, provoca mudanças em seus corações, possibilitando a salvação, faz refeições com eles e até se torna amigo deles. Isso desorienta o Batista.
Quando interrogado pelos discípulos de João, Jesus responde citando Isaías, ou seja, dizendo que sua missão é de redenção, por isso os sinais que faz são de salvação. Deus ama a todos, bons e maus. Todos são seus filhos, foram criados por amor.
Em segundo lugar, Jesus elogia a pessoa do Batista dizendo que ele é mais que um Profeta, o maior entre os nascidos de mulher – dirá o Mestre. Ao dizer que “O menor no Reino dos céus é maior do que o Batista”, Jesus afirma que esse menor entendeu que Deus vem ao encontro do Homem para perdoá-lo, acolhê-lo e amá-lo. Menor e maior. Sem depreciar em nada a figura de João Batista Batista, já que os tempos do Reino transcendem inteiramente aqueles que os precederam e prepararam, essas duas palavras opõem duas épocas da obra divina, duas “economias”, conforme nos esclarece a Bíblia de Jerusalém.
Finalmente, na 2ª leitura, São Tiago nos exorta a que fiquemos firmes até e chegada do Senhor. Firme para Tiago significa manter a fé, a esperança e a caridade. Por isso, ele toma como exemplo o agricultor que trabalha e depois fica à espera do fruto prometido e nos aconselha a não nos queixarmos dos irmãos.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Oração feita pelo Papa Francisco antes de sua ordenação sacerdotal
Caros leitores, neste dia 13 de dezembro o Papa Francisco comemora 44 anos de ordenação sacerdotal. Para comemorar esta data tão especial, publicamos a oração feita por ele antes de sua ordenação, com 33 anos.
“Quero crer em Deus Pai, que me ama como um filho, e em Jesus, o Senhor, que
infundiu seu Espírito na minha vida, para fazer-me sorrir e levar-me, assim,
ao Reino eterno de vida.
Creio na Igreja. Creio que, na história, que foi tocada pelo olhar de amor de Deus, no dia da primavera, 21 de setembro,
Ele saiu ao meu encontro para me convidar a segui-lo.
Creio na minha dor, infecunda pelo egoísmo, no qual me refugio.
Creio na mesquinhez da minha alma, que busca receber sem dar... sem dar.
Creio que os outros são bons e que devo amá-los sem medo e sem traí-los jamais, sem buscar uma segurança para mim.
Creio na vida religiosa.
Creio que quero amar muito.
Creio na morte cotidiana, ardente, da qual fujo, mas que sorri para mim, convidando-me a aceitá-la.
Creio na paciência de Deus, acolhedora, boa como uma noite de verão.
Creio que o meu pai está no céu, junto ao Senhor.
Creio que o Padre Duarte também está lá, intercedendo pelo meu sacerdócio.
Creio em Maria, minha Mãe, que me ama e nunca me deixará sozinho.
E espero a surpresa de cada dia, em que se manifestará o amor, a força, a traição e o pecado, que me acompanharão até o encontro definitivo com esse rosto maravilhoso que não sei como é, do qual fujo continuamente, mas que quero conhecer e amar.
Amém.”
Creio na Igreja. Creio que, na história, que foi tocada pelo olhar de amor de Deus, no dia da primavera, 21 de setembro,
Ele saiu ao meu encontro para me convidar a segui-lo.
Creio na minha dor, infecunda pelo egoísmo, no qual me refugio.
Creio na mesquinhez da minha alma, que busca receber sem dar... sem dar.
Creio que os outros são bons e que devo amá-los sem medo e sem traí-los jamais, sem buscar uma segurança para mim.
Creio na vida religiosa.
Creio que quero amar muito.
Creio na morte cotidiana, ardente, da qual fujo, mas que sorri para mim, convidando-me a aceitá-la.
Creio na paciência de Deus, acolhedora, boa como uma noite de verão.
Creio que o meu pai está no céu, junto ao Senhor.
Creio que o Padre Duarte também está lá, intercedendo pelo meu sacerdócio.
Creio em Maria, minha Mãe, que me ama e nunca me deixará sozinho.
E espero a surpresa de cada dia, em que se manifestará o amor, a força, a traição e o pecado, que me acompanharão até o encontro definitivo com esse rosto maravilhoso que não sei como é, do qual fujo continuamente, mas que quero conhecer e amar.
Amém.”
Fonte: Blog Jesus, o Bom Pastor
Imagens da Santa Missa do Jubileu de Ordenação Sacerdotal de Dom Pedro Fedalto
Caros leitores, no último dia 06 de dezembro, o Arcebispo Emérito de Curitiba, Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto celebrou seu Jubileu de Diamante de ordenação sacerdotal, ou seja, 60 anos. A celebração eucarística foi presidida por Dom Pedro e concelebrada por Dom Moacyr José Vitti, Arcebispo de Curitiba, pelos bispos auxiliares de Curitiba e diversos bispos e arcebispos do Paraná. A homilia foi proferida por Dom Albano Cavalin, Arcebispo Emérito de Londrina.
Seguem algumas fotos publicadas na página do Colégio Arquidiocesano de Curitiba no Facebook.
Seguem algumas fotos publicadas na página do Colégio Arquidiocesano de Curitiba no Facebook.
Oração à Imaculada
Caros leitores, publicamos aqui a oração à Imaculada Conceição feita pelo Papa Francisco no dia de sua solenidade:
Solenidade
da Imaculada Conceição da Bem-Aventurada Virgem Maria
Domingo, 8 de Dezembro de 2013
Domingo, 8 de Dezembro de 2013
Virgem Santa e Imaculada,
que sois a honra do nosso povo
e a guardiã solícita da nossa cidade,
a Vós nos dirigimos com amorosa confidência.
que sois a honra do nosso povo
e a guardiã solícita da nossa cidade,
a Vós nos dirigimos com amorosa confidência.
Toda sois Formosa, ó Maria!
Em Vós não há pecado.
Em Vós não há pecado.
Suscitai em todos nós um renovado
desejo de santidade:
na nossa palavra, refulja o esplendor da verdade,
nas nossas obras, ressoe o cântico da caridade,
no nosso corpo e no nosso coração, habitem pureza e castidade,
na nossa vida, se torne presente toda a beleza do Evangelho.
na nossa palavra, refulja o esplendor da verdade,
nas nossas obras, ressoe o cântico da caridade,
no nosso corpo e no nosso coração, habitem pureza e castidade,
na nossa vida, se torne presente toda a beleza do Evangelho.
Toda sois Formosa, ó Maria!
em Vós Se fez carne a Palavra de Deus.
em Vós Se fez carne a Palavra de Deus.
Ajudai-nos a permanecer numa escuta
atenta da voz do Senhor:
o grito dos pobres nunca nos deixe indiferentes,
o sofrimento dos doentes e de quem passa necessidade não nos encontre distraídos,
a solidão dos idosos e a fragilidade das crianças nos comovam,
cada vida humana sempre seja, por todos nós, amada e venerada.
o grito dos pobres nunca nos deixe indiferentes,
o sofrimento dos doentes e de quem passa necessidade não nos encontre distraídos,
a solidão dos idosos e a fragilidade das crianças nos comovam,
cada vida humana sempre seja, por todos nós, amada e venerada.
Toda sois Formosa, ó Maria!
Em Vós, está a alegria plena da vida beatífica com Deus.
Em Vós, está a alegria plena da vida beatífica com Deus.
Fazei que não percamos o
significado do nosso caminho terreno:
a luz terna da fé ilumine os nossos dias,
a força consoladora da esperança oriente os nossos passos,
o calor contagiante do amor anime o nosso coração,
os olhos de todos nós se mantenham bem fixos em Deus, onde está a verdadeira alegria.
a luz terna da fé ilumine os nossos dias,
a força consoladora da esperança oriente os nossos passos,
o calor contagiante do amor anime o nosso coração,
os olhos de todos nós se mantenham bem fixos em Deus, onde está a verdadeira alegria.
Toda sois Formosa, ó Maria!
Ouvi a nossa oração, atendei a nossa súplica:
esteja em nós a beleza do amor misericordioso de Deus em Jesus,
seja esta beleza divina a salvar-nos a nós, à nossa cidade, ao mundo inteiro.
Ouvi a nossa oração, atendei a nossa súplica:
esteja em nós a beleza do amor misericordioso de Deus em Jesus,
seja esta beleza divina a salvar-nos a nós, à nossa cidade, ao mundo inteiro.
Amém.
Ato de veneração à Imaculada Conceição
Caros leitores, no último domingo (08), Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco esteve na Praça da Espanha em Roma, onde fez o tradicional ato de veneração à Virgem Imaculada. Seguem algumas imagens:
Homilia do Papa Francisco no I Domingo do Advento
VISITA
PASTORAL À PARÓQUIA ROMANA
DE SÃO CIRILO ALEXANDRINO
HOMILIA DO PAPA
FRANCISCO
I
Domingo de Advento, 1° de
Dezembro de 2013
Na primeira Leitura ouvimos que o profeta Isaías nos fala de um caminho, dizendo que no fim dos dias, no final do caminho, o monte do Templo do Senhor permanecerá firme no cimo dos montes. E isto, para nos dizer que a nossa vida é um caminho: devemos caminhar por esta senda, para chegar ao monte do Senhor, ao encontro com Jesus. A coisa mais importante que pode acontecer a uma pessoa é encontrar Jesus: este encontro com Jesus que nos ama, que nos salvou, que deu a sua vida por nós. Encontrar Jesus! E nós caminhamos para encontrar Jesus.
Nós podemos formular esta pergunta: mas quando encontro Jesus? Somente no fim? Não, não! Encontramo-lo todos os dias. Mas como? Na oração! Quanto tu rezas, encontras Jesus. Quanto recebes a Comunhão, encontras Jesus nos Sacramentos. Quando levas o teu filho para o baptizar, encontras Jesus, recebes Jesus. E hoje, vós que recebeis a Crisma, também vós ides ao encontro de Jesus; em seguida, encontrá-lo-eis na Comunhão. «E então, Padre, depois da Crisma, adeus!», porque dizem que a Crisma se chama «o sacramento do adeus». Isto é verdade, ou não? Após a Crisma, nunca mais se vai à igreja: é verdade, ou não? ... Assim, precisamente assim! Mas também depois da Crisma, a vida inteira é um encontro com Jesus: na oração, quando vamos à Missa, e quando realizamos obras de bem, quando visitamos os doentes, quando ajudamos um pobre, quando pensamos no próximo, quando não somos egoístas, quando somos amáveis... em tudo isto encontramos sempre Jesus. E a vereda da vida é precisamente esta: caminhar ao encontro de Jesus.
E hoje, também para mim é uma alegria ter vindo aqui para me encontrar convosco, porque hoje todos juntos, na Missa, encontraremos Jesus e juntos percorremos um trecho do caminho.
Recordai sempre isto: a vida é um caminho. É um caminho! Um caminho para encontrar Jesus. No final e sempre. Uma senda onde não encontramos Jesus não é uma via cristã. É próprio do cristão encontrar Jesus, contemplá-lo, deixar-se fitar por Jesus, porque Ele olha para nós com amor, ama-nos deveras, gosta muito de nós e olha sempre para nós. Encontrar Jesus é também deixar-se olhar por Ele. «Mas Padre, tu sabes — um de vós poderia dizer-me — tu sabes que esta senda para mim é um caminho torpe, porque eu sou um grande pecador, cometi muitos pecados... como posso encontrar Jesus?». Mas tu sabes que as pessoas que Jesus mais procurava eram os maiores pecadores, e por este motivo repreendiam-no; e o povo, as pessoas que se julgavam justas, diziam: mas este não é um profeta verdadeiro, olha como está bem acompanhado! Andava com os pecadores... E Ele dizia: vim para aqueles que têm necessidade de saúde, que precisam de cura, e Jesus purifica-nos dos pecados. E no caminho, nós — todos pecadores, somos todos pecadores — até quando erramos, quando cometemos um pecado, Jesus vem e perdoa-nos. E este perdão, que recebemos na Confissão, é um encontro com Jesus. Encontremos sempre Jesus.
E procedamos na vida assim, como diz o profeta, rumo ao monte, até ao dia em que se realizar o encontro definitivo, quando pudermos fitar aquele olhar tão bonito, tão lindo, de Jesus! Nisto consiste a vida cristã: caminhar, ir em frente unidos, como irmãos, amando-nos uns aos outros. Encontrar Jesus. Vós, os nove, concordais? Vós desejais encontrar Jesus na vossa vida? Sim? Isto é importante na vida cristã. Hoje, com o selo do Espírito Santo, vós recebereis a força para percorrer este caminho, para ir ao encontro de Jesus. Sede corajosos, não tenhais medo! A vida é este caminho. E o presente mais bonito é encontrar Jesus. Em frente, ânimo!
E agora, vamos adiante com o Sacramento da Crisma!
Imagens da Santa Missa celebrada pelo Papa Francisco no I Domingo do Advento
Caros leitores, no último dia 01 de dezembro o Papa Francisco presidiu a Santa Missa na Paróquia São Cirilo de Alexandria, em Roma, durante sua visita pastoral. Na mesma celebração, o Santo Padre administrou o Sacramento da Confirmação para alguns jovens.
domingo, 8 de dezembro de 2013
Homilia do Papa nas I Vésperas do Advento
CELEBRAÇÃO
DAS VÉSPERAS
COM A PARTICIPAÇÃO DOS UNIVERSITÁRIOS DE ROMA
COM A PARTICIPAÇÃO DOS UNIVERSITÁRIOS DE ROMA
HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica
Vaticana
I Domingo de Advento - Sábado, 30 de Novembro de 2013
I Domingo de Advento - Sábado, 30 de Novembro de 2013
Renova-se hoje o tradicional encontro do Advento
com os estudantes das Universidades desta diocese, aos quais se unem os
Reitores e os Professores dos Ateneus romanos e italianos. A todos saúdo
cordialmente: o Cardeal Vigário, os Bispos, o Presidente da Câmara municipal,
as várias Autoridades académicas e institucionais, os Assistentes das Capelanias
e dos Grupos universitários. Saúdo de modo especial a vós, queridos
universitários e universitárias.
Os votos que são Paulo dirige aos cristãos de
Tessalonica, para que Deus os santifique até à
perfeição, demonstra por um lado a sua preocupação pela santidade de
vida deles, que está em perigo, e por outro, uma grande confiança na
intervenção do Senhor. Esta preocupação do Apóstolo é válida também para nós,
cristãos de hoje. Com efeito, a plenitude da vida cristã que Deus realiza nos
homens está sempre insidiada pela tentação de ceder ao espírito mundano. Por
isso, Deus doa-nos a sua ajuda mediante a qual podemos perseverar e preservar
os dons que o Espírito Santo nos concedeu, a vida nova no Espírito que Ele nos
dá. Conservando esta «linfa» saudável da nossa vida, todo o nosso ser,
espírito, alma e corpo, se conserva
irrepreensível e integérrimo. Mas
por que deve Deus, depois de nos ter concedido os seus tesouros espirituais,
intervir de novo para os manter íntegros? Esta é uma pergunta que nos devemos
fazer. Porque somos débeis — a nossa natureza humana é frágil e os dons de Deus
são conservados em nós como que em «vasos de barro» (cf. 2 Cor 4, 7).
A intervenção de Deus a favor da nossa
perseverança até ao fim, até ao encontro definitivo com Jesus, é expressão da
sua fidelidade. É como um diálogo entre a nossa debilidade e a sua fidelidade.
Ele é forte na sua fidelidade. E Paulo dirá, noutra parte, que ele — o próprio
Paulo — é forte na sua debilidade. Porquê? Porque está em diálogo com aquela
fidelidade de Deus. E esta fidelidade de Deus nunca desilude. Ele é fiel antes
de tudo a si mesmo. Portanto, a obra que iniciou em cada um de nós, com a sua
chamada, levá-la-á a cumprimento. Isto dá-nos segurança e grande confiança: uma
confiança que se baseia em Deus e exige a nossa colaboração activa e corajosa,
diante dos desafios do momento presente. Vós sabeis, queridos jovens
universitários, que não se pode viver sem olhar para os desafios, sem enfrentar
os desafios. Quem não considera os desafios, quem não responde aos desafios,
não vive. A vossa vontade e as vossas capacidades, unidas ao poder do Espírito
Santo que habita em cada um de vós desde o dia do Baptismo, permitem que sejais
não espectadores, mas protagonistas dos acontecimentos quotidianos. Por favor,
não olheis para a vida da varanda! Misturai-vos lá, onde estão os desafios, que
vos pedem ajuda para levar em frente a vida, o desenvolvimento, a luta pela
dignidade das pessoas, a luta contra a pobreza, a luta pelos valores e tantas
lutas com que nos deparamos todos os dias.
São diversos os desafios que vós jovens
universitários estais chamados a enfrentar com fortaleza interior e audácia
evangélica. Fortaleza e audácia. O contexto sociocultural no qual estais
inseridos por vezes se sobrecarrega de mediocridade e tédio. Não devemos
resignar-nos à monotonia do viver quotidiano, mas cultivar projectos de amplo
alcance, ir além do ordinário: não vos deixeis roubar o entusiasmo juvenil!
Seria um erro deixar-se aprisionar pelo pensamento débil e pelo pensamento
uniforme, aquele que homologa, assim como por uma globalização no sentido de
homologação. Para superar estes riscos, o modelo que se deve seguir não é a
esfera. O modelo a seguir na verdadeira globalização — que é boa — não é a
esfera, na qual é nivelada qualquer saliência e desaparece qualquer diferença;
o modelo é ao contrário o poliedro, que inclui uma multiplicidade de elementos
e respeita a unidade na variedade. Ao defender a unidade, defendemos também a diversidade.
Caso contrário, aquela unidade não seria humana.
Com efeito, o pensamento é fecundo quando é
expressão de uma mente aberta, que discerne, sempre iluminada pela verdade,
pelo bem e pela beleza. Se não vos deixardes condicionar pela opinião predominante,
mas permanecerdes fiéis aos princípios éticos e religiosos cristãos,
encontrareis a coragem até de ir contra a corrente. No mundo globalizado,
podereis contribuir para salvar peculiaridades e características próprias,
contudo procurando não diminuir o nível ético. De facto, a pluralidade de
pensamento e de individualidade reflecte a sabedoria multiforme de Deus quando
se aproxima da verdade com honestidade e rigor intelectual, quando se aproxima
da bondade, quando se aproxima da beleza, de modo que cada um possa ser um dom
em benefício de todos.
O compromisso de caminhar na fé e de vos
comportar de maneira coerente com o Evangelho vos acompanhe neste tempo do
Advento, para viver de modo autêntico a comemoração do Natal do Senhor. Pode
servir-vos de ajuda o lindo testemunho do beato Pier Giorgio Frassati, o qual —
universitário como vós — dizia: «Viver sem uma fé, sem um património para
defender, sem apoiar numa luta contínua a verdade, não é viver mas envelhecer.
Nunca devemos ir vivendo. Nunca devemos ir vivendo, mas devemos viver» (Carta
a I. Bonini, 27.2.1925).
Obrigado, e bom caminho rumo a Belém!
sábado, 30 de novembro de 2013
Homilia do Papa na Santa Missa de Encerramento do Ano da Fé
SANTA
MISSA NA
CONCLUSÃO DO ANO DA
FÉ
NA SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
NA SOLENIDADE DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
HOMILIA DO PAPA
FRANCISCO
Praça de São Pedro
Domingo, 24 de Novembro de 2013
Domingo, 24 de Novembro de 2013
A solenidade de Cristo Rei do universo, que hoje celebramos como coroamento do ano litúrgico, marca também o encerramento do Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI, para quem neste momento se dirige o nosso pensamento cheio de carinho e de gratidão por este dom que nos deu. Com esta iniciativa providencial, ele ofereceu-nos a oportunidade de redescobrirmos a beleza daquele caminho de fé que teve início no dia do nosso Baptismo e nos tornou filhos de Deus e irmãos na Igreja; um caminho que tem como meta final o encontro pleno com Deus e durante o qual o Espírito Santo nos purifica, eleva, santifica para nos fazer entrar na felicidade por que anseia o nosso coração.
Desejo também dirigir uma cordial e fraterna saudação aos Patriarcas e aos Arcebispos Maiores das Igrejas Orientais Católicas, aqui presentes. O abraço da paz, que trocarei com eles, quer significar antes de tudo o reconhecimento do Bispo de Roma por estas Comunidades que confessaram o nome de Cristo com uma fidelidade exemplar, paga muitas vezes por caro preço.
Com este gesto pretendo igualmente, através deles, alcançar todos os cristãos que vivem na Terra Santa, na Síria e em todo o Oriente, a fim de obter para todos o dom da paz e da concórdia.
As Leituras bíblicas que foram proclamadas têm como fio condutor a centralidade de Cristo: Cristo está no centro, Cristo é o centro. Cristo, centro da criação, do povo e da história.
1. O Apóstolo Paulo, na segunda Leitura tirada da Carta aos Colossenses, dá-nos uma visão muito profunda da centralidade de Jesus. Apresenta-O como o Primogénito de toda a criação: n’Ele, por Ele e para Ele foram criadas todas as coisas. Ele é o centro de todas as coisas, é o princípio: Jesus Cristo, o Senhor. Deus deu-Lhe a plenitude, a totalidade, para que n’Ele fossem reconciliadas todas as coisas (cf. 1, 12-20). Senhor da criação, Senhor da reconciliação.
Esta imagem faz-nos compreender que Jesus é o centro da criação; e, portanto, a atitude que se requer do crente – se o quer ser de verdade - é reconhecer e aceitar na vida esta centralidade de Jesus Cristo, nos pensamentos, nas palavras e nas obras. E, assim, os nossos pensamentos serão pensamentos cristãos, pensamentos de Cristo. As nossas obras serão obras cristãs, obras de Cristo, as nossas palavras serão palavras cristãs, palavras de Cristo. Diversamente, quando se perde este centro, substituindo-o por outra coisa qualquer, disso só derivam danos para o meio ambiente que nos rodeia e para o próprio homem.
2. Além de ser centro da criação e centro da reconciliação, Cristo é centro do povo de Deus. E hoje mesmo Ele está aqui, no centro da nossa assembleia. Está aqui agora na Palavra e estará aqui no altar, vivo, presente, no meio de nós, seu povo. Assim no-lo mostra a primeira Leitura, que narra o dia em que as tribos de Israel vieram procurar David e ungiram-no rei sobre Israel diante do Senhor (cf. 2 Sam 5, 1-3). Na busca da figura ideal do rei, aqueles homens procuravam o próprio Deus: um Deus que Se tornasse vizinho, que aceitasse caminhar com o homem, que Se fizesse seu irmão.
Cristo, descendente do rei David, é precisamente o «irmão» ao redor do qual se constitui o povo, que cuida do seu povo, de todos nós, a preço da sua vida. N’Ele, nós somos um só; um só povo unido a Ele, partilhamos um só caminho, um único destino. Somente n’Ele, n’Ele por centro, temos a identidade como povo.
3. E, por último, Cristo é o centro da história da humanidade e também o centro da história de cada homem. A Ele podemos referir as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias de que está tecida a nossa vida. Quando Jesus está no centro, até os momentos mais sombrios da nossa existência se iluminam: Ele dá-nos esperança, como fez com o bom ladrão no Evangelho de hoje.
Enquanto todos os outros se dirigem a Jesus com desprezo – «Se és o Cristo, o Rei Messias, salva-Te a Ti mesmo, descendo do patíbulo!» –, aquele homem, que errou na vida, no fim agarra-se arrependido a Jesus crucificado suplicando: «Lembra-Te de mim, quando entrares no teu Reino» (Lc 23, 42). E Jesus promete-lhe: «Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso» (23, 43): o seu Reino. Jesus pronuncia apenas a palavra do perdão, não a da condenação; e quando o homem encontra a coragem de pedir este perdão, o Senhor nunca deixa sem resposta um tal pedido. Hoje todos nós podemos pensar na nossa história, no nosso caminho. Cada um de nós tem a sua história; cada um de nós tem também os seus erros, os seus pecados, os seus momentos felizes e os seus momentos sombrios. Neste dia, far-nos-á bem pensar na nossa história, olhar para Jesus e, do fundo do coração, repetir-lhe muitas vezes – mas com o coração, em silêncio – cada um de nós: «Lembra-Te de mim, Senhor, agora que estás no teu Reino! Jesus, lembra-Te de mim, porque eu tenho vontade de me tornar bom, mas não tenho força, não posso: sou pecador, sou pecadora. Mas lembra-Te de mim, Jesus! Tu podes lembrar-Te de mim, porque Tu estás no centro, Tu estás precisamente no teu Reino!». Que bom! Façamo-lo hoje todos, cada um no seu coração, muitas vezes: «Lembra-Te de mim, Senhor, Tu que estás no centro, Tu que estás no teu Reino!»
A promessa de Jesus ao bom ladrão dá-nos uma grande esperança: diz-nos que a graça de Deus é sempre mais abundante de quanto pedira a oração. O Senhor dá sempre mais – Ele é tão generoso! –, dá sempre mais do que se Lhe pede: pedes-Lhe que Se lembre de ti, e Ele leva-te para o seu Reino! Jesus é precisamente o centro dos nossos desejos de alegria e de salvação. Caminhemos todos juntos por esta estrada!
Reflexão para o Primeiro Domingo do Advento
Iniciamos
um novo ano litúrgico e, com ele, nova oportunidade para colocarmos
nossa vida de acordo com a mensagem cristã extraída da Sagrada
Escritura.
O Evangelho de hoje nos fala da segunda vinda de Jesus. O tempo do Advento, que ora iniciamos, tem o objetivo de nos preparar para essa segunda vinda. É verdade que tudo nos leva a nos preparamos para o Natal, mas a liturgia deseja, de modo especial, nos preparar para o encontro definitivo com Cristo, cuja celebração natalina também tem idêntico objetivo.
No Evangelho, Jesus nos diz que é no dia a dia que Deus vem ao nosso encontro, como aconteceu na época de Noé. Apesar de se comentar que aquele tempo chegava ao seu fim, nem todos acreditavam e até zombavam dos que levaram a notícia a sério.
Também nós estamos em um mundo onde as coisas terminam, até o ser humano se extingue! Portanto estamos em um mundo que tem seu fim e para tal deveremos nos preparar. Se meus antepassados já não mais existem, se pessoas que eu conheci já não mais estão sobre a terra, devo me preparar porque minha hora, meu momento vai chegar. Essa preparação não deve ser de modo estático ou trágico como algumas pessoas pensam, mas de modo dinâmico, dentro da vida diária, sem se fazer nada de especial, apenas praticando os ensinamentos do Senhor, amando a Deus e ao próximo. Nosso fim, nossa morte é certa e inevitável. Da morte ninguém escapa, é uma certeza! Apenas não sabemos quando e nem como.
Por isso é importante que estejamos preparados para esse momento que eternizará nossa existência.
Lembro-me de uma brincadeira de criança chamada “brincar de estátua”. As crianças estão pulando, dançando, fazendo qualquer coisa e aí o coleguinha grita “estátua” e todos deverão permanecer paralizados, como estavam quando ouviram o grito “estátua”. Também assim será o momento do encontro com Deus. Quando o Senhor nos chamar, quando disser “estátua”, não haverá possibilidade alguma de mudança, mas nos apresentaremos a Ele como fomos encontrados. Portanto aquele ditado que diz “Para onde a árvore pende, para lá cairá”, é uma grande verdade.
Aquele será o dia da nossa realidade, quando não mais poderemos mudar de coisas. Ao preencher a última página no livro de nossa existência, tudo estará consumado. Tudo estará nas mãos de Deus.
Portanto, vivamos de modo feliz, alegre, fazendo o que o Senhor nos pediu, sem outra preocupação a não ser amar e servir.
Nossa vida, nossa saúde, nossos dons e bens, intelectuais, espirituais e materiais deverão ser colocados à disposição de Deus, ou seja, das pessoas que Ele colocou em nossa vida, para que sejam felizes, para que O conheçam e O amem. Isso será eternizado quando chegar ao fim nossa participação neste mundo. Não sirvamos de nossa vida e dos bens que possuímos para nossa própria ruína. Deus nos criou livres e assim nos deixa viver. Sejamos responsáveis!
Poderíamos nos perguntar: Meu marido, minha mulher, meu filho, minha filha, meu pai, minha mãe, meu irmão, minha irmã, meu amigo, minha amiga, meu companheiro, minha companheira, enfim essas pessoas que Deus colocou por um tempo em minha vida, se tornaram mais felizes porque conviveram comigo ou minha presença foi ocasião de desilusão e fracasso? Aí já está o nosso juízo. Minha vida valeu? Ainda há tempo! Estamos vivos! Poderemos mudar!
O Evangelho de hoje nos fala da segunda vinda de Jesus. O tempo do Advento, que ora iniciamos, tem o objetivo de nos preparar para essa segunda vinda. É verdade que tudo nos leva a nos preparamos para o Natal, mas a liturgia deseja, de modo especial, nos preparar para o encontro definitivo com Cristo, cuja celebração natalina também tem idêntico objetivo.
No Evangelho, Jesus nos diz que é no dia a dia que Deus vem ao nosso encontro, como aconteceu na época de Noé. Apesar de se comentar que aquele tempo chegava ao seu fim, nem todos acreditavam e até zombavam dos que levaram a notícia a sério.
Também nós estamos em um mundo onde as coisas terminam, até o ser humano se extingue! Portanto estamos em um mundo que tem seu fim e para tal deveremos nos preparar. Se meus antepassados já não mais existem, se pessoas que eu conheci já não mais estão sobre a terra, devo me preparar porque minha hora, meu momento vai chegar. Essa preparação não deve ser de modo estático ou trágico como algumas pessoas pensam, mas de modo dinâmico, dentro da vida diária, sem se fazer nada de especial, apenas praticando os ensinamentos do Senhor, amando a Deus e ao próximo. Nosso fim, nossa morte é certa e inevitável. Da morte ninguém escapa, é uma certeza! Apenas não sabemos quando e nem como.
Por isso é importante que estejamos preparados para esse momento que eternizará nossa existência.
Lembro-me de uma brincadeira de criança chamada “brincar de estátua”. As crianças estão pulando, dançando, fazendo qualquer coisa e aí o coleguinha grita “estátua” e todos deverão permanecer paralizados, como estavam quando ouviram o grito “estátua”. Também assim será o momento do encontro com Deus. Quando o Senhor nos chamar, quando disser “estátua”, não haverá possibilidade alguma de mudança, mas nos apresentaremos a Ele como fomos encontrados. Portanto aquele ditado que diz “Para onde a árvore pende, para lá cairá”, é uma grande verdade.
Aquele será o dia da nossa realidade, quando não mais poderemos mudar de coisas. Ao preencher a última página no livro de nossa existência, tudo estará consumado. Tudo estará nas mãos de Deus.
Portanto, vivamos de modo feliz, alegre, fazendo o que o Senhor nos pediu, sem outra preocupação a não ser amar e servir.
Nossa vida, nossa saúde, nossos dons e bens, intelectuais, espirituais e materiais deverão ser colocados à disposição de Deus, ou seja, das pessoas que Ele colocou em nossa vida, para que sejam felizes, para que O conheçam e O amem. Isso será eternizado quando chegar ao fim nossa participação neste mundo. Não sirvamos de nossa vida e dos bens que possuímos para nossa própria ruína. Deus nos criou livres e assim nos deixa viver. Sejamos responsáveis!
Poderíamos nos perguntar: Meu marido, minha mulher, meu filho, minha filha, meu pai, minha mãe, meu irmão, minha irmã, meu amigo, minha amiga, meu companheiro, minha companheira, enfim essas pessoas que Deus colocou por um tempo em minha vida, se tornaram mais felizes porque conviveram comigo ou minha presença foi ocasião de desilusão e fracasso? Aí já está o nosso juízo. Minha vida valeu? Ainda há tempo! Estamos vivos! Poderemos mudar!
domingo, 17 de novembro de 2013
As ameaças da máfia ao Papa Francisco
As informações
sobre um possível ataque da máfia contra o Papa, publicada pela agência
ZENIT na edição espanhola de ontem, despertou grande preocupação em toda
a América Latina. Durante o dia de hoje, a redação recebeu inúmeras chamadas, de diferentes países da América
Latina. A suspeita foi lançada pelo fiscal-adjunto da região italiana
de Reggio Calabria, Nicola Gratteri, em entrevista publicada ontem no
jornal italiano Il Fatto Quotidiano.
"Não existe
nenhum motivo concreto que preocupe e não vem ao caso se alarmar",
afirmou o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, conforme notícia da
agência italiana Ansa.
Nos centro do
poder, diz ele, a figura do Papa Francisco é vista com desconfiança e
temor. O Santo Padre, adverte Gratteri, pode ser alvo do crime organizado se ele continuar com sua política de limpeza financeira no Vaticano. "Está deixando nervosa a máfia financeira", afirma.
Além disso, o
fiscal da Calábria afirma que "aqueles que se nutriram até agora do
poder e da riqueza derivados da Igreja, estão inquietos". O Papa "está no caminho certo,
rema contra o luxo e tem dado sinais importantes" de que "tem como
objetivo fazer uma limpeza total", uma atitude que não pode deixar de
desagradar a máfia.
"Eu não sei se o
crime organizado é capaz de fazer algo contra o Papa - continua -, mas
certamente está pensando". "Pode ser perigoso", ressalta.
Em suas
declarações, o especialista na luta contra o crime organizado também
afirma que "os antigos 'padrinhos' deixaram de existir, estão mortos ou
na cadeia". No momento, esclarece Gratteri, manda "o investidor mafioso,
que faz lavagem de dinheiro, em suma, tem o poder real". Para o fiscal de Reggio Calabria, "são estes que estão ficando nervosos".
É importante
notar que a palavra máfia na América Latina é usada como um termo
genérico, mas na Itália, a Máfia é o 'crime organizado' na região da
Sicília, enquanto em Reggio Calabria é chamado N'drangheta e em Nápoles, camorra.
Enquanto isso,
os modelos do filme 'O Poderoso Chefão' (Il Padrino) tornaram-se
obsoletos e o que resta é a criminalidade que se ocupa do tráfico
humano, de armas, prostituição e drogas, daí a necessidade de buscar
fundos ilícitos.
Fonte: ZENIT
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Pe. Frederico Lombardi, SJ - Porta-Voz do Vaticano |
sábado, 16 de novembro de 2013
Santa Missa de Encerramento do Ano da Fé
Caros leitores, no próximo dia 24/11 celebramos a Solenidade de Cristo Rei e encerramos o Ano Litúrgico de 2013. Este ano, esta solenidade é ainda mais especial pois marca o encerramento do Ano da Fé, iniciado em 11 de outubro de 2012. Por isso convidamos para:
Santa Missa de Encerramento do Ano da Fé
Domingo - 24/11 - Solenidade de Cristo Rei do Universo - 11h - Matriz
Celebrante: Pe. Jonacir Francisco Alessi
Imagens do funeral do Cardeal Domenico Bartolucci
Caros leitores, nesta semana a Igreja perdeu um de seus filhos queridos aos 96 anos, o cardeal Domenico Bartolucci. O purpurado era conhecido pela sua dedicação à música, sendo maestro perpétuo emérito da capela sistina.
Em 2010, com 93 anos, o então Mons. Bartolucci foi criado cardeal por Bento XVI, mas devido à sua idade, foi dispensado da ordenação episcopal. Porém, por um privilégio concedido pelo Papa São Pio X, estes cardeais podem usar todas as vestimentas dos bispos (mitra, báculo, cruz).
No dia 13 de novembro foi celebrada a Santa Missa com o Rito de Exéquias. Esta Missa, seguindo o costume de Bento XVI, foi presidida pelo Decano dos Cardeais (Cardeal Angelo Sodano). O Papa Francisco chegou ao final da celebração e fez a última encomendação, segundo o que diz o Cerimonial dos Bispos. Abaixo publicamos algumas fotos que podem ser encontradas no perfil de Mons. Guido Marini no Facebook.
Em 2010, com 93 anos, o então Mons. Bartolucci foi criado cardeal por Bento XVI, mas devido à sua idade, foi dispensado da ordenação episcopal. Porém, por um privilégio concedido pelo Papa São Pio X, estes cardeais podem usar todas as vestimentas dos bispos (mitra, báculo, cruz).
Cardeal Bartolucci recebe o barrete cardinalício das mãos de Bento XVI no consistório de 2010 |
No dia 13 de novembro foi celebrada a Santa Missa com o Rito de Exéquias. Esta Missa, seguindo o costume de Bento XVI, foi presidida pelo Decano dos Cardeais (Cardeal Angelo Sodano). O Papa Francisco chegou ao final da celebração e fez a última encomendação, segundo o que diz o Cerimonial dos Bispos. Abaixo publicamos algumas fotos que podem ser encontradas no perfil de Mons. Guido Marini no Facebook.
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