Jesus
é rei, mas de que modo? Seu agir e suas palavras não deixam dúvidas:
seu reino não é como os homens entendem. Ele é um rei diferente.
Em
primeiro lugar, para tê-lo como rei é necessário que as pessoas tenham
fé e exatamente por isso sejam comprometidas com ele. É uma adesão
profunda à sua pessoa e ao seu modo de ser: pacificador, libertador,
servidor a ponto de dar sua vida em favor de seus súditos.
Ele
nos diz no versículo 37 do Evangelho de hoje: “..nasci e vim ao mundo
para dar testemunho da verdade”, e a verdade aí significa “fidelidade
plena”. Portanto Jesus é rei para nos testemunhar até o fim, através da
cruz, que o amor de Deus é fiel, que é dom de vida para as pessoas. Em
seguida Jesus fala: “Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz”.
Ser da verdade significa reconhecer a fidelidade de Deus e aderir ao
serviço de proclamá-la, se necessário com o sacrifício da própria vida,
como Jesus.
A segunda leitura, tirada do Apocalipse, diz que
“Jesus é a testemunha fiel, o primeiro a ressuscitar dentre os mortos”.
Jesus confirma a fidelidade do Pai e sua primazia em ser o primeiro dos
homens novos, da nova humanidade, descentralizada de si mesma, mas
voltada para o serviço, para a luta pela dignidade do ser humano, mesmo
que para isso tenha de se sacrificar.
Concluindo nossa reflexão,
celebrar Jesus Cristo, Rei do Universo, não é celebrar um poder que
subjuga pessoas e se faz servir, mas, pelo contrário, é celebrar um rei
que respeita e adora Deus-Pai e, por isso mesmo, coloca-se a seu
serviço, no serviço do ser humano, lutando para que este seja mais
fraterno, mais parecido com o próprio Deus. Ser súdito de Cristo é
deixar-se elevar à dignidade de filho de Deus, de companheiro do Rei. É
deixar os andrajos de escravo e revestir-se das vestes reais da justiça,
da verdade e da paz.
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