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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Imagens da Solenidade de Pentecostes no Vaticano

 Caros leitores, abaixo algumas imagens da Solenidade de Pentecostes, celebrada no último domingo no Vaticano. Mais fotos podem ser vistas no Site da Santa Sé: www.vatican.va

Procissão de entrada

Procissão de entrada: Santo Padre

Benção da água no momento do Ato Penitencial

Aspersão

Diácono pede a bênção para proclamar o Evangelho

Evangelho

Comunhão

Antífona Mariana final: Regina Coeli

Visitação de Maria

 Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta - Santa Isabel - já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem - no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, - quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.

Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.

“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)

A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que se ama a Deus, se não se ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa. A essa fé que se opera pelo amor. Amor que o outro tanto precisa. 

Quem será que precisa de nós? 

Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade
.

Nossa Senhora da Visitação, rogai por nós!

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Parabéns Pe. Jonacir


             Caros leitores, nesta segunda-feira, dia 28 de maio, nossa paróquia se alegra por comemorar mais um ano de vida de nosso pároco, Pe. Jonacir Francisco Alessi. Nascido aos vinte e oito de maio de 1976 manifestou ainda criança o desejo de ser padre. Cultivou sempre a devoção à Virgem Maria, com o especial título de Nossa Senhora do Carmo. Uma das razões é por ser natural da colônia Rebouças (Campo Largo), onde uma imagem muito antiga da Virgem do Carmo é venerada.
            Ingressou no Seminário Menor São José em 1994, permanecendo lá por três anos, inclusive o ano do centenário do Seminário (1996). Depois, passou para o Seminário Maior Filosófico Bom Pastor, onde atualmente estão dois seminaristas da Paróquia. Também por três anos permaneceu lá (1997,1998 e 1999). Por fim permaneceu no Seminário Teológico Rainha dos Apóstolos até sua Ordenação Diaconal em 2003, no Santuário Nossa Senhora do Carmo, do Boqueirão.
            Foi ordenado presbítero no dia 13 de fevereiro de 2004 na Capela Santo Antônio, em Campo Largo. Trabalhou como vigário paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Piedade; como pároco na Paróquia Santo Antônio, na Lapa e em 2007 assumiu como pároco da Paróquia São Lucas.
            Hoje nos alegramos e prestamos esta singela homenagem, pedindo que Deus derrame bênçãos em sua vida e o confirme em sua fé.


domingo, 27 de maio de 2012

Homilia do Papa na Solenidade de Pentecostes

 Caros leitores, o Santo Padre Bento XVI presidiu nesta manhã de domingo, a Santa Missa da Solenidade de Pentecostes na Basílica de São Pedro. Abaixo, você confere na íntegra a homilia do Papa. Os créditos são do site da Canção Nova. Acesse: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=286320




Queridos irmãos e irmãs!

Estou feliz por celebrar convosco esta Santa Missa, animada hoje pelo Coral da Academia de Santa Cecília e pela Orquestra Jovem – aos quais agradeço -, na Solenidade de Pentecostes. 

Este mistério constitui o batismo da Igreja, é um evento que a deu, por assim dizer, a forma inicial e o impulso para sua missão. E esta “forma” e este “impulso” são sempre válidos, sempre atuais, e se renovam, de modo particular, mediantes as ações litúrgicas. Esta manhã gostaria de abordar um aspecto essencial do mistério de Pentecostes, que em nossos dias conserva toda sua importância. 

O Pentecostes é a festa da união, da compreensão e da comunhão humana. Todos nós podemos constar como em nosso mundo, mesmo se estamos sempre mais próximos uns dos outros com o desenvolvimento dos meios de comunicação, e as distancias geográficas parecem desaparecer, a compreensão e a comunhão entre as pessoas são sempre superficiais e difíceis. 

Persistem desequilíbrios que muitas vezes levam a conflitos; o diálogo entre as gerações torna-se difícil e às vezes prevalece a oposição; assistimos a acontecimentos cotidianos onde parece que os homens estão se tornando mais agressivos e mais irritados; a compreensão parece que requer muito empenho e prefere-se permanecer no próprio eu, nos próprios interesses. Nesta situação, podemos encontrar realmente e viver aquela unidade que precisamos? 

A narração de Pentecostes, nos Atos dos Apóstolos, que escutamos na primeira leitura (cfr At 2,1-11), contém no fundo um dos últimos grandes afrescos que encontramos no início do Antigo Testamento: a antiga história da construção da Torre de Babel (cfr Gen 11,1-9).

Mas o que é Babel? É a descrição de um reino no qual os homens concentraram tanto poder ao pensar que não deveriam mais fazer referência a um Deus distante e serem assim fortes para poder construir sozinhos um caminho que os levasse ao céu para abrir as portas e colocarem-se no lugar de Deus. 

Mas justamente nesta situação se verifica algo estranho e singular. Enquanto os homens trabalhavam juntos para construir a torre, de repente, eles perceberam que construíam um contra o outro. Enquanto tentavam ser como Deus, corriam o perigo de não serem mais nem mesmo homens, porque perderam um elemento fundamental no serem pessoas humanas: a capacidade de concordarem, de compreenderem-se e de trabalharem juntos.

Esta narração bíblica contém uma verdade perene; podemos ver ao longo da história, mas também no nosso mundo. Com o progresso das ciências e das técnicas encontramos o poder de dominar as forças da natureza, de manipular os elementos, de fabricar seres vivos, chegando quase ao próprio ser humano.

Nesta situação, rezar a Deus parece algo ultrapassado, inútil, porque nós mesmos podemos construir e realizar tudo aquilo que queremos. Mas não nos notamos que estamos revivendo a mesma experiência de Babel. É verdade, multiplicamos as possibilidades de comunicação, do acesso a informações, de transmissão de noticias, mas podemos dizer que cresceu a capacidade de compreensão ou talvez, paradoxalmente, nos compreendemos sempre menos? Entre os homens não parecem serpentear talvez um sentimento de desconfiança, suspeita, medo recíproco, até o ponto de se tornar perigo um para o outro? Voltamos novamente para a pergunta inicial: pode haver realmente unidade, harmonia? E como?

A resposta, nós encontramos na Sagrada Escritura: a unidade pode existir somente com o dom do Espírito de Deus, que nos dá um coração novo e uma nova língua, uma capacidade nova de comunicação.
 E isso é aquilo que se verificou em Pentecostes. Naquela manhã, cinquenta dias depois da Páscoa, um vento forte soprou sobre Jerusalém e a chama do Espírito Santo desceu sobre os discípulos reunidos, pousou sobre cada um e acendeu neles aquele fogo divino, um fogo de amor capaz de transformar. O medo desapareceu, o coração sentiu uma nova força, as línguas se desfizeram e iniciaram a falar com franqueza, de modo que todos podiam compreender o anúncio de Jesus Cristo morto e ressuscitado. Em Pentecostes, onde existia divisão e estranhamento, nasceu unidade e compreensão.

Mas observemos para o Evangelho de hoje, no qual Jesus afirma: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (Jo 16,13). Aqui, Jesus, falando do Espírito Santo, nos explica o que é a Igreja e como essa deve viver para poder ser ela mesma, para ser o lugar da unidade e da comunhão da Verdade; diz-nos que agir como cristãos significa não ser fechados no próprio “eu”, mas orientar-se para todos; significa acolher em si mesmo toda a Igreja ou, ainda melhor, deixar interiormente que essa nos acolha. 

Então, quanto falo, penso, ajo como cristão, não o faço fechando-me no meu eu, mas faço-o sempre no tudo e a partir de tudo: assim, o Espírito Santo, Espírito da unidade e da verdade, pode continuar a ressoar em nossos corações e nas mentes dos homens e impulsioná-los a se encontrarem e acolherem-se reciprocamente. O Espírito, justamente pelo falo que age assim, nos introduz em toda verdade, que é Jesus, nos guia para aprofundá-la, compreendê-la: nós não crescemos no conhecimento fechando-nos em nosso eu, mas somente tornando capazes de escutar e compartilhar, somente no “nós” da Igreja, com a atitude de profunda humildade interior. 

E assim, torna mais claro porque Babel é Babel e Pentecostes é Pentecostes. Onde os homens querem fazer-se Deus, somente colocam-se uns contra os outros. Onde, em vez, colocam-se na verdade do Senhor, abrem-se para a ação do Espírito que os sustenta e os une.

A oposição entre Babel e Pentecostes também ecoou na segunda leitura, onde o Apóstolo diz: “Deixai-vos conduzir pelo Espírito, e não satisfareis os apetites da carne” (Gal 5,16). São Paulo nos explica que a nossa vida pessoal é marcada por conflitos interiores, por uma divisão, entre os impulsos que provêm da carne e aqueles que provêm do Espírito; e nós não podemos seguir a todos. Não podemos, de fato, sermos contemporaneamente egoístas e generosos, seguir a tendência de dominar os outros e provar a alegria do serviço desinteressado. 

Devemos sempre escolher aquele impulso e podemos fazer de modo autêntico, somente com a ajuda do Espírito de Cristo. São Paulo elenca – como vimos – as obras da carne, são os pecados do egoísmo e da violência, como inimizade, discórdia, inveja e ciúme; são pensamentos e ações que não fazem viver de modo verdadeiramente humano e cristão, no amor. É uma direção que leva a perda da própria vida. Em vez, o Espírito Santo nos guia para as alturas de Deus, para que possamos viver já nesta terra a semente da vida divina que está em nós. 

Afirma, de fato, São Paulo: “O fruto do Espírito é a caridade, a alegria, a paz” (Gal 5,22). E notamos que o Apóstolo usa o plural para descrever as obras da carne, que provocam a dispersão do ser humano, enquanto usa o singular para definir a ação do Espírito, fala do “fruto”, justamente como a dispersão de Babel se contrapõe a unidade de Pentecostes. 

Queridos amigos, devemos ser segundo o Espírito de unidade e verdade, e para isso devemos rezar para que o Espírito nos ilumine e nos guie para vencer o fascínio de seguir nossa verdade, e para acolher a verdade de Cristo transmitida na Igreja. 

A narração de Lucas do Pentecostes nos diz que Jesus antes de subir ao Céu pede aos Apóstolos que permanecem juntos para prepararem-se para receber o dom do Espírito Santo. E assim se reuniram em oração com Maria, no Cenáculo, a espera do evento prometido (cfr Ato 1,14). Recolhida com Maria, como em seu nascimento, a Igreja também nesse dia reza: “Veni Sancte Spiritus! – Vem, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor!” Amém.







sábado, 26 de maio de 2012

Reflexão para a Solenidade de Pentecostes

O autor do Evangelho deste domingo, João Evangelista, nos diz que a vinda do Espírito Santo sobre os apóstolos se deu no dia de Páscoa.

Ele deseja fazer-nos compreender que o Espírito que conduziu Jesus para sua missão de salvar a Humanidade é o mesmo que agora conduz a Igreja, comunidade dos seguidores de Jesus, na continuidade da mesma missão. A Igreja torna presente, na História, o Cristo Redentor.

Quando os discípulos, à tarde do primeiro dia da semana, estão reunidos o Senhor aparece no meio deles e lhes comunica a paz. Mostra-lhes os sinais de seus sofrimentos para lhes dizer que, apesar de seu aspecto glorioso, a memória da paixão não poderá ser deixada de lado, que a glória veio através da cruz.

Estamos no primeiro dia da semana, não nos esqueçamos. Exatamente com esse sentido do novo, do novo pós pascal, isto é, do novo eterno, que não caduca, que não envelhece, Jesus faz a nova criação soprando o Espírito sobre seus seguidores. É uma referência à criação do homem, relatada no cap. 2º, vers. 7 do Gênesis, quando diz que Deus insuflou em suas narinas o hálito de vida e o homem passou a viver. No relato desse fato na tarde pascal, temos a criação da Comunidade Cristã.

A missão é dada logo em seguida: perdoar os pecados e até retê-los, se for o caso. Pecado é aquilo que impede a realização do projeto do Pai, que é a felicidade do ser humano. Ora, perdoar os pecados significa lutar para que os planos de Deus cheguem à sua concretização e, evidentemente, devolvendo àquele que está arrependido de suas ações contrárias a esse plano, a reconciliação.

Pelo batismo e pela crisma fazemos parte dessa comunidade que deve continuar a missão redentora de Jesus. Que honra!

Que nossas ações, seja na família, no trabalho ou no meio dos amigos, colaborem com a alegria e felicidade daqueles que nos cercam. Assim estaremos dando glória a Deus, pois a glória de Deus é a felicidade do homem.




A celebração do Pentecostes

Caros leitores, celebramos neste domingo a Solenidade de Pentecostes. Dia em que o Espírito Santo vem sobre os apóstolos e Maria, reunidos no cenáculo em Jerusalém. Sobretudo, neste dia os apóstolos são enviados em missão e eis que surge a Igreja. Diante disso, nós também somos convidados à missão, como o próprio Jesus nos mandou no Evangelho da Ascensão.





Historicamente falando, a celebração de Pentecostes começou igualmente à da Ascensão: através de relatos dos apóstolos e teve maior aprofundamento a partir do século IV. Segundo a tradição mantida pelos relatos de uma peregrina chamada Etéria, o dia de Pentecostes era um dos mais cansativos, pois as orações começavam bem cedo às portas da Igreja. O bispo fazia a proclamação do Evangelho da ressurreição e depois as orações continuavam de maneira normal. Exatamente às três horas, junto do bispo, era feita a leitura dos Atos dos Apóstolos que narra a descida do Espírito Santo.


O dia era realmente cheio, pois após esta leitura os fieis retornavam para sua casa, almoçavam e se dirigiam até ao Monte das Oliveiras para fazerem novas leituras e rezarem mais. Durante esta oração, os catecúmenos eram abençoados. Depois, os fieis voltavam em procissão até a Igreja e já passava da noite. No dia seguinte ao Pentecostes, os fieis jejuavam como de costume e os sacerdotes apresentavam-se ao templo de maneira alternada.

Monte das Oliveiras

Hoje, o Pentecostes, celebrado cinquenta dias depois da ressurreição do Senhor, nos convida, sobretudo, ao anúncio do Evangelho. Tudo aquilo que Jesus nos ensinou será ensinado pelo Espírito Santo e Ele será nosso Consolador.

            Feliz Pentecostes!



REFERÊNCIA: Peregrinações de Etéria. Editora Vozes. Segunda Edição. São Paulo 2004.Comentários de Frei Alberto Beckhäuser.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Nossa Senhora Auxiliadora


Hoje, dia 24 de Maio, os Salesianos comemoram a Festa de Nossa Senhora Auxiliadora. A devoção, que se tornou mais conhecida com Dom Bosco, fundador dos Salesianos, das Filhas de Maria Auxiliadora, entre outros, é também comemorada em muitas comunidades do Brasil e do mundo. Inúmeras pessoas recorrem a Maria, pedindo seu auxílio, proteção e intercessão. Outras, participam das festividades para agradecer as graças derramadas pelas mãos da Virgem.
Você sabe qual a relação de Dom Bosco com a consagração a Virgem Maria?
Esta devoção a Nossa Senhora, com o título de Auxiliadora dos cristãos, foi muito difundida por Dom Bosco. O Santo tinha uma particular devoção a Maria, consagrou-se a ela pelo método de São Luís Maria Grignion de Montfort e recomendou aos seus filhos espirituais que se consagrassem a ela. Esta devoção foi transmitida não somente à família salesiana, mas também a todos que se aproximavam dele.
Percebe-se que sua devoção a Nossa Senhora Auxiliadora tem uma íntima ligação com o “Tratado da Verdadeira Devoção Devoção à Santíssima Virgem”. Dom Bosco falava da Virgem como mãe amorosa, que cuida de cada um de seus filhos, ajudando-os em todas as suas dificuldades. Porém, não deixa de alertá-los de um grande perigo para suas almas: “Maria Santíssima não quer a devoção daqueles que querem continuar vivendo em pecado”.
Dizer que Nossa Senhora não quer a devoção de quem quer continuar no pecado é uma afirmação muito dura. Afinal, quem de nós pode se dizer santo? Mas, o que Dom Bosco nos chama a atenção por estas palavras é que não podemos dizer que somos devotos da Virgem Maria e não viver uma busca pela santidade. O Santo chega a dizer que: “Maria Santíssima Imaculada odeia tudo aquilo que é contrário a pureza”.
Como verdadeiros devotos da Virgem Maria, somos chamados a lutar para sermos fiéis às nossas promessas do batismo, renunciar ao mal e ao pecado. Este é o cerne do método de consagração do Tratado. Ao nos consagrar a Maria por esse método, fazemos o compromisso de viver com fidelidade uma vida cristã autentica e recebemos da Virgem um auxílio maior. Isso acontece porque por esta consagração somos mais dóceis a ela e ao Espírito Santo, modelados à imagem de Jesus Cristo.
Assim, sendo verdadeiros devotos de Nossa Senhora, Auxiliadora dos cristãos, alcançaremos cada vez a semelhança de Jesus Cristo, que é o fim último da consagração a Maria e também de nossas vidas. Que Nossa Senhora Auxiliadora seja sempre o nosso auxílio, especialmente nos momentos de dificuldade, na luta contra o pecado e na busca pelo Reino de Jesus Cristo. Este Reino virá, em sua plenitude, quanto acontecer o Reino da Virgem Maria. Como consagrado a ela, somos chamados a ser seus apóstolos, para que apressemos a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Nossa Senhora Auxiliadora, rogai por nós!

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Catequese do Santo Padre

 Como toda quarta-feira, o Papa Bento XVI acolheu fiéis e peregrinos de várias partes do mundo para a Audiência Geral na Praça S. Pedro.

No âmbito das catequeses sobre a oração, o Papa ressaltou um aspecto que o próprio Jesus nos ensinou, ao chamar Deus de Abbá, Pai, com a simplicidade, o respeito, a confiança e o afeto de um filho por seus pais.

A Igreja acolheu esta invocação, que nós repetimos no Pai-nosso, que o Espírito Santo nos inspira no nosso coração. “Poder chamar Deus de Pai é um dom inestimável”, disse o Pontífice. Ele não é somente o Criador de nossos dias, mas é quem conhece cada um de nós pelo nome, que cuida sempre de nós e nos ama imensamente, como nada no mundo é capaz de amar. 

Na oração, prosseguiu o Papa, entramos numa relação de intimidade e familiaridade com um Deus pessoal, que quis nos fazer partícipes da plenitude da vida, que nunca nos abandona. Na oração, não somente nos dirigimos a Deus, mas entramos numa relação recíproca com Ele. Uma relação em que nunca estamos sós: Cristo nos acompanha pessoalmente, e também a comunidade cristã, com toda a diversidade e a riqueza dos seus carismas, como família dos filhos de Deus.

No final da catequese, o Papa se dirigiu aos fiéis e grupos presentes na Praça em várias línguas, entre as quais o português:

Queridos irmãos e irmãs, o Espírito Santo nos ensina a tratar Deus, na oração, com os termos afetuosos de «Abbá, Pai!», como fez Jesus. São Paulo, tanto na carta aos Gálatas como na carta aos Romanos, afirma que é o Espírito que clama em nós «Abbá, Pai!», fazendo-nos sentir numa relação de profunda confiança com Deus, como a de uma criança com seu pai. Hoje muitos não se dão conta da grandeza e da consolação profunda contidas na palavra «Pai», dita por nós a Deus na oração. O Espírito Santo ilumina o nosso espírito, unindo-nos à relação filial de Jesus com o Pai. Realmente, sempre que clamamos «Abbá, Pai!», fazemos isso movidos pelo Espírito, com Cristo e em Cristo, e sempre em união com toda a Igreja. De fato, desde o princípio, Ela assumiu esta invocação, de modo particular na oração do «Pai-Nosso». Quando rezamos ao Pai, nunca estamos sozinhos. É a Igreja que sustém a nossa invocação, porque a nossa invocação é invocação da Igreja. Queridos peregrinos de língua portuguesa: sede bem-vindos! Saúdo de modo particular os brasileiros do Rio de Janeiro, do Rio Grande de Sul, bem como as Irmãs Franciscanas de São José. Com a proximidade da solenidade de Pentecostes, procurai, a exemplo de Nossa Senhora, estar abertos à ação do Espírito Santo na vossa oração, de tal modo que o vosso pensar e agir se conformem sempre mais com os do seu Filho Jesus Cristo. De coração vos abençôo a vós e às vossas famílias!”.



Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 20 de maio de 2012

Papa Bento fala sobre a Ascensão do Senhor

 Manhã de domingo movimentada no Vaticano, que hospedou, na sala Paulo VI, o movimento pela promoção da vida (LifeDay), enquanto, na Praça São Pedro, uma multidão acompanhava o Papa e a oração do Regina Coeli. Mesmo com o mau tempo, fiéis e peregrinos compareceram em grande número à praça diante da Basílica de São Pedro para ouvir as palavras do Santo Padre, a oração e receber a sua bênção. 

Bento XVI falou aos presentes sobre a Ascensão do Senhor, ressaltando que esta “assinala o cumprir-se da salvação, iniciada com a Encarnação”. Ele explicou que ao ascender aos céus, Jesus não abandonou a humanidade, pelo contrário, “assumiu consigo os homens na intimidade do Pai e assim revelou o destino final da nossa peregrinação terrena”. 

“A Ascensão é o último ato da nossa libertação do peso do pecado”, disse o Papa, que acrescentou: “Por isso os discípulos, quando viram o Mestre levantar-se da terra e elevar-se para o alto, não foram tomados pelo desconforto, mas sentiram uma grande alegria e sentiram-se encorajados a proclamar a vitória de Cristo sobre a morte (cfr Mc 16,20).”

E o Pontífice aprofundou ainda mais o significado da Ascensão: “Caros amigos, a Ascensão nos diz que em Cristo a nossa humanidade é levada às alturas de Deus, assim, a cada vez que rezamos, a terra une-se ao Céu. E como o incenso, queimando, faz subir às alturas a sua fumaça de suave perfume, de forma que, quando elevamos ao Senhor a nossa fervida e confiante oração em Cristo, ela atravessa os céus e alcança o Reino de Deus, é por ele ouvida e atendida”.

Por fim, o Papa citou a obra de São João da Cruz, a Subida ao Monte Carmelo: “para ver realizados os desejos do nosso coração, não há modo melhor que colocar a força da nossa oração naquilo que agrada a Deus. Então ele nos dará não somente o que pedimos, ou seja, a salvação, mas também o que considerar que seja conveniente e bom para nós”. 

O Papa lembrou então dois eventos trágicos ocorridos na Itália nas últimas 24 horas: um atentado a uma escola da cidade de Brindisi e o terremoto desta madrugada que atingiu a região italiana da Emília Romagna deixando, até o momento, um saldo de seis mortes. O Santo Padre manifestou sua proximidade às vítimas e aos seus familiares. 

Como sempre faz, Bento XVI saudou os presentes nas suas diversas línguas e hoje, também em português. Presente na Praça São Pedro, conversamos com Pe. Walter Jorge Pinto, que estava acompanhando um grupo de brasileiros da Arquidiocese de Mariana, Minas Gerais, e também com o Arcebispo de Mariana, Dom Geraldo Lyrio Rocha. Eles falaram sobre a importância e a aleria de participar do Regina Coeli na presença direta do Papa. Dom GeraldovLyrio falou ainda sobre a crescente importância da mulher na Igreja.

Fonte: Rádio Vaticano

Ascensão do Senhor



"Por entre aclamações Deus se elevou; o Senhor subiu ao toque da trombeta".
Salmo 46


sábado, 19 de maio de 2012

Ascensão do Senhor - Reflexão

 Esta comemoração não tem um caráter cronológico, mas teológico-catequético. 

Lucas, nos Atos dos Apóstolos, quis afirmar que Jesus, o crucificado, ressuscitou e foi acolhido por Deus. Os dois anjos com vestes brancas são os mesmos que apareceram no dia de Páscoa, relatado em seu Evangelho.

O mesmo Lucas, autor do Evangelho que leva seu nome, escreveu nesse seu outro livro uma cena muito mais simples – Jesus se elevou aos céus perante seus discípulos.
O céu, entendido a partir do Evangelho de Jesus, não é o além das estrelas e das nuvens. Isso seria um céu materializado, continuação do nosso mundo. Céu é a comunhão plena com o Pai, a sintonização absoluta com sua santíssima vontade e a vivência radical da caridade, do amor, a plenitude do amor fraterno, em total ágape e comunicação com a Trindade.

Jesus subiu ao céu no mesmo instante de sua morte, mas os discípulos só foram compreendendo isso aos poucos, a partir do terceiro dia.

O Senhor volta para o Pai e, ao mesmo tempo, está conosco, ao nosso lado. Isso é possível porque Deus é onipotente, está em toda parte, em todo lugar. Principalmente porque ele nos ama e quem ama deseja ficar ao lado do ser amado.

Jesus está presente no mundo, no meio dos homens quando o testemunhamos, quando somos fiéis aos seus ensinamentos e praticamos a justiça, o amor e o perdão.

Sua obra de redenção continua no mundo, através da ação da Igreja, através de nossa ação de batizados. Somos os continuadores de sua missão redentora. Ele investe todos nós nessa missão ao dizer: “Toda autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!”. 

Ascensão não é despedida, afastamento de Jesus, mas outro modo de Ele estar presente ao nosso lado através de sinais. Por isso ele acrescenta: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”.

E os sinais serão nossa prática de caridade fraterna, nossa ida aos marginalizados, aos sofredores, nossa vida alicerçada nos valores do Reino e não nos contravalores de uma sociedade materialista e consumista.

Pe. Cesar Augusto dos Anjos - Rádio Vaticano


sexta-feira, 18 de maio de 2012

Possível JMJ em solo africano

 Caros leitores, especialmente os jovens de nossa paróquia: como todos estão sabendo (e sabendo muito, por sinal), a próxima Jornada Mundial da Juventude será no Brasil, no ano que vem - 2013.
A preparação já está a "todo vapor", já temos o hino e o slogan, este abaixo com sua explicação.


 Mas agora surge uma dúvida: onde será realizada a Jornada de 2015? Para esta pergunta temos a proposta de Dom Barthelémey Adoukonou, natural de Benin, que pediu ao Santo Padre que a próxima Jornada fosse realizada em solo africano. A proposta foi feita no último dia dois de maio, na Pontificia Universidade Lateranense de Roma.

A primeira vez que surgiu o tema de uma JMJ africana foi em Rocca di Papa (Roma), durante um encontro celebrado no final de março, entre o comitê organizador da JMJ de Madrid 2011 e Rio 2013.

Além disso, Bento XVI durante a viagem apostólica a Benin do dia 18 ao 20 de novembro de 2011, afirmou que a África é o novo continente da esperança, e em numerosas ocasiões indicou que também é o pulmão da humanidade.
"Eu estou muito contente – afirmou Dom Adoukonou. É um desafio para futuro. Devemos começar desde já a insistir nisto e convidar o Santo Padre a ter presente a África na próxima escolha".

Ao ser perguntado sobre o país onde se poderia celebrar o evento, Dom Adoukonou indicou que "se tivesse que escolher, seria no Yamoussoukro – capital da Costa do Marfim -, que é onde está a réplica da Basílica de São Pedro do Vaticano", mas esta "é a minha vontade, não está nada certo".
A Basílica à qual se refere é dedicada a Nossa Senhora da Paz. O templo foi consagrado pelo Papa João Paulo II no dia 10 de setembro de 1990, é a maior igreja da África, e um dos maiores lugares de culto cristão do mundo. 


Dom Barthelemey Adoukonou

Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 15 de maio de 2012

Mensagem do Papa para as famílias

                                            Mensagem do Santo Padre em ocasião do 
2º Congresso Nacional das Famílias no Equador
Vaticano
Terça-feira, 1º de novembro de 2011


Ao venerável irmão
Antonio Arregui Yarza
Arcebispo metropolitano de Guayaquil
Presidente da Conferência Episcopal Equatoriana


Em ocasião ao Segundo Congresso Nacional da Família, saúdo com afeto os pastores e os fiéis da Igreja no Equador que, dentro do contexto da Missão Continental lançada em Aparecida (Brasil) pelo Episcopado Latino-americano e Caribenho e em preparação ao VII Encontro Mundial das Famílias, que acontecerá em Milão (Itália), se propõe realizar um processo de reflexão evangélica permitindo aos casais e às famílias cristãs a possibilidade de responder questões sobre sua identidade, vocação e missão.

O tema do Congresso, “A família equatoriana em missão: o trabalho e a festa a serviço da pessoa e do bem comum”, reconhece que a família, nascida do pacto de amor e da entrega total e sincera de um homem e uma mulher em matrimônio, não é uma realidade privada, fechada em si mesma. Ela, por vocação própria, presta um serviço maravilhoso e decisivo ao bem comum da sociedade e à missão da Igreja. 

Em efeito, a sociedade não é uma mera reunião de indivíduos, mas é resultado de relações entre as pessoas, homem e mulher, pais e filhos, entre irmãos, que tem como base a vida familiar e os vínculos de afeto que dela derivam. Cada família entrega à sociedade, através de seus filhos, a riqueza humana que viveram. Com razão se pode afirmar que da saúde e da qualidade das relações familiares depende a saúde e a qualidade das próprias relações sociais.

Neste sentido, o trabalho e a festa estão particularmente relacionados e vinculados à vida das famílias: determinadas escolhas influenciam as relações entre os cônjuges e entre os pais e os filhos, e afetam os vínculos das famílias com a sociedade e com a Igreja.

Através do trabalho, o homem experimenta a si mesmo como sujeito, participa do projeto criador de Deus. A falta de trabalho e a precariedade do mesmo afetam de maneira negativa a dignidade do homem, criando situações de injustiça e pobreza, que frequentemente geram depressão, criminalidade e violência., além de crises de identidade nas pessoas. 

É urgente, portanto, que surjam medidas eficazes, planejamentos sérios e efetivos, assim como uma vontade inabalável e franca para encontrar formas para que todos tenham acesso ao trabalho digno, estável e bem remunerado, para que possam se santificar e participar efetivamente do desenvolvimento da sociedade, equilibrando o trabalho intenso e responsável com tempos adequados para uma rica, frutífera e harmoniosa vida familiar. 

Um ambiente familiar sereno e construtivo, com obrigações domésticas e afeto, é a primeira escola de trabalho e o espaço mais indicado para que a pessoa descubra seus potenciais, aumente seus desejos de superação e desenvolva suas aspirações mais nobres.
Além disso, a vida familiar ensina a superar o egoísmo, a cultivar a solidariedade, o sacrifício pela felicidade dos outros, a valorizar o bom e o justo, a empenhar-se com convicção e generosidade para o bem-estar comum e para o bem recíproco, tendo responsabilidade por si, pelo outros e pelo meio ambiente.

A festa, por sua parte, humaniza o tempo destinado ao encontro com Deus, com os demais e com a natureza.Assim, as famílias necessitam recuperar o genuíno sentido da festa, especialmente aos domingos, dia do Senhor e do homemNa celebração eucarística dominical, a família experimenta aqui e agora a presença real do Senhor Ressuscitado, recebe a vida nova, acolhe o dom do Espírito Santo, cresce no amor para com a Igreja, escuta a Palavra Divina, partilha do Pão Eucarístico e se abre ao amor fraterno.

Com estes sentimento, reintegro meus sentimentos e cordialidade aos muito queridos filhos e filhas dessa nação, confio os frutos deste Congresso a poderosa intercessão de Nossa Senhora da Apresentação de Quinche, celestial padroeira do Equador e, como penhor de abundantes favores divinos, de bom grado concedo a todos a Bênção Apostólica.



Fonte: Canção Nova


Dia Internacional da Família

 Caros leitores, hoje celebramos no mundo inteiro o dia mundial da família. Com a intenção da paz nas famílias, rezamos hoje para que o Senhor nosso Deus vele sobre todas as famílias. Rezemos a Deus pedindo bênçãos sobre nossas famílias, para que elas sigam o modelo da Sagrada Família de Nazaré.


Senhor, nós vos louvamos pela nossa família e agradecemos a vossa presença em nosso lar.
Iluminai-nos para que sejamos capazes de assumir nosso compromisso de fé na Igreja e de participar da vida de nossa comunidade.
Ensinai-nos a viver a vossa palavra e o Vosso mandamento de Amor, a exemplo da FAMÍLIA DE NAZARÉ.
Concedei-nos a capacidade de compreendermos nossas diferenças de idade, de sexo, de caráter, para nos ajudarmos mutuamente, perdoarmos nossos erros e vivermos em harmonia.
Dai-nos, Senhor, saúde, trabalho e um lar onde possamos viver felizes.
Ensinai-nos a partilhar o que temos com os mais necessitados e empobrecidos, edai-nos a graça de aceitar com fé e serenidade a doença e a morte quando se aproximem de nossa família.
Ajudai-nos a respeitar e incentivar a vocação de nossos filhos quando quiserdes chamar a Vosso serviço.
Que em nossa família reine a confiança, a fidelidade, o respeito mútuo, para que o amor se fortifique e nos una cada vez mais.
Permanecei em nossa família, Senhor, e abençoai nosso lar hoje e sempre. Amém!




domingo, 13 de maio de 2012

Homilia do Papa Bento para o VI Domingo da Páscoa

                                                  Santa Missa do 6º Domingo de Páscoa
Visita Pastoral a Arezzo, La Verna e Sansepolcro 
Domingo, 29 de abril de 2012
 
É grande a minha alegria poder partir convosco o pão da Palavra de Deus e da Eucaristia. Dirijo a minha cordial saudação a todos vós e vos agradeço pela calorosa acolhida! Saúdo o vosso pastor, Mons. Ricardo Fontana, que também agradeço pelas cordiais expressões de boas-vindas, aos outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, os representantes da Associação dos Movimentos eclesiais. Uma saudação também ao prefeito Giuseppe Fanfani, agradecido pela sua saudação, ao Senador Mario Monte, presidente do Conselho dos Ministros, e às autoridades civis e militares. Um agradecimento especial àqueles que gererosamente colaboraram para esta minha visita pastoral.

Hoje, uma antiga Igreja me acolhe, experiente de relações e bem quista pelo empenho nos séculos de construir a cidade do homem à imagem da Cidade de Deus. Nas terras da Toscana, a comunidade aretina é distinta muitas vezes na história, pelo sentido de liberdade e pela capacidade de diálogo entre os diversos componentes sociais. Vindo pela primeira vez entre vós, o meu desejo é que a cidade saiba sempre fazer frutificar esta preciosa herança.

Nos séculos passados, a Igreja em Arezzo foi enriquecida e animada por múltiplas expressões de fé cristã, entre as quais a mais alta é aquela dos Santos. Penso, em particular, em São Donato, o vosso Patrono, cuja testemunho de vida, que fascinou a cristandade na Idade Média, é ainda atual. Ele foi um evangelizador intrépido, para que todos se liberassem dos usos pagãos e reencontrassem na Palavra de Deus a força para afirmar a dignidade de cada pessoa e o verdadeiro sentido de liberdade. Através de sua pregação, reconduziu à unidade com a oração e a Eucaristia os povos dos quais foi bispo. O cálice quebrado e recomposto de Sâo Donato, do qual fala São Gregório Magno (cfr Dialoghi I, 7, 3), é imagem da obra pacificadora desenvolvida pela Igreja dentro da sociedade, para o bem comum. Assim atesta de vós São Pier Damiani e, com ele, a grande tradição camaldolesa que há mil anos, de Casentino, oferece a sua riqueza espiritual a esta Igreja diocesana e à Igreja Universal.

Na vossa Catedral foi sepulado o beato Gregório X, Papa, que mostrou, na diversidade dos tempos e das culturas, a continuidade do serviço que a Igreja de Cristo quer dar ao mundo. Ele, sustentado pela luz que vinha das nascentes ordens mendigantes, dos teólogos e dos santos, entre os quais São Tomás de Aquino e São Boavenura de Bagnoregio, se envolveu com os grandes problemas do seu tempo: a reforma da Igreja; a recomposição do cisma do Oriente cristãos, que tentou realizar com o Concílio de Lion; a atenção pela Terra Santa; a paz e as relações entre os povos - ele foi o primeiro do Ocidente a ter uma troca de embaixadores com o Kiblai Khan da China.

Queridos amigos! A primeira leitura nos apresentou um momento importante no qual se manifesta exatamente a universalidade da mensagem cristã e da Igreja: São Pedro, na casa de Cornélio, batizou os primeiros pagãos. No antigo testamento Deus quis que a benção do povo hebreu não ficasse exclusiva, mas fosse estendida a todas as nações. Desde o chamado de Abraão havia dito: "Em ti se dirão abençoadas todas as famílias da terra" (Gen 12,3). E assim Pedro, inspirado pelo alto, entendeu que "Deus não faz distinção de pessoas, mas acolhe quem o teme e pratica a justiça, a qualquer nação que pertença" (At 10, 34-35). O gesto realizado por Pedro se torna imagem da Igreja aberta à humanidade inteira. Seguindo a grande tradição da vossa Igreja e das vossas comundades, sejais autênticas testemunhas do amor de Deus a todos!

Mas como podemos nós, com a nossa fraqueza, levar este amor? São João, na segunda leitura, nos disse com força que a libertação do pecado e das suas consequencias não é nossa iniciativa, mas de Deus. Não fomos a amá-Lo, mas é Ele quem nos amou e tomou sobre si o nosso pecado e o lavou com o sanue de Cristo. Deus nos amou por primeiro e quer que entremos na sua comunhão de amor, para colaborar com sua obra redentora.


No trecho do Evangelho ressoou o convite do Senhor: "Vos constituí para que andais e levais fruto e o vosso fruto permaneça (Jo 15,16). É uma palavra dirigida em modo específico aos apóstolos, mas, em sentido lato, está relacionada a todos os discípulos de Jesus. A igreja inteira, nós todos, somos convidados no mundo a levar o Evangelho e a salvação. Mas a iniciativa é sempre de Deus que chama aos múltiplos ministérios, para que cada um desenvolva a própria parte para o bem comum. Chamados ao sacerdócio ministerial, à vida consagrada, à vida conjugal, ao empenho no mundo, a todos é pedido responder com generosidade ao Senhor, sustentados pela sua Palavra que nos tranquiliza: "Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi".

Queridos amigos! Conheço os empenho da vossa Igreja em promover a vida cristã. Sejais fermentos na sociedade, sejais cristãos presentes, corajosos e coerentes. A cidade de Arezzo reassume, na sua história plurimilenária, expressões significativas de culturas e de valores. Entre os tesouros da vossa tradição, existe a força de uma identidade cristã, testemunhada por tantos sinais e por devoções enraizadas, como aquela de Nossa Senhora do Conforto. Esta terra, onde nasceram grandes personalidades do Renascimento, de Petrarca e Vasari, teve parte ativa na afirmação daquela concepção do homem que incidiu sobre a história da Europa, tomando força em torno dos valores cristãos. Em tempo também recentes, pertence ao patrimônio ideal da cidade quanto alguns entre os seus filhos melhores, na pesquisa universitária e nas sedes institucionais, souberam elaborar sobre o conceito decivitas, depositando o ideal cristão da idade comunal nas categorias do nosso tempo. No contexto da Igreja na Itália, empenhadas nesta década sobre o tema da educação, devemos perguntar-nos, sobretudo na região que é pátria do Renascimento, qual visão do homem poderemos propor às nova gerações. A Palavra de Deus que escutamos é um forte convite para viver o amor de Deus entre todos, e a cultura destas terras tem, entre os os seus valores característicos, a solidariedade,a atenção aos mais fracos, o respeito pela dignidadede cada um. A acolhida, que também nos tempos recentes soubestes dar a quantos vieram à procura da liberdade e do trabalho, é bem evidente. Ser solidário com os pobres é reconhecer o projeto de Deus Criador, que fez de todos uma só família.

Certo, também a vossa Província é fortemente provada pela crise econômica. A complexidade dos problemas torna difícil individuar as soluções mais rápidas e eficazes para sair da situação presente, que toca especialmente as faixas mais fracas e preocupa não poucos jovens. A atenção para com os outros, desde os séculos remotos, moveu a Igreja a tornar-se concretamente solidária com quem está em necessidade, partilhando recursos, promovendo estilos de vida mais essenciais, constrastando a cultura do efêmero, que iludiu muitos, determinando uma profunda crise espiritual. Esta igreja diocesana, enriquecida pelo testemunho luminoso do pobre de Assis, continue a estar atenta e solidária em relação àquele que se encontra em necessidade, mas saiba também educar na superação das lógicas puramente materialistas, que marcam o nosso tempo, e terminam por ofuscar o sentido da solidariedade e da caridade.
Testemunhar o amor de Deus na atenção aos últimos se conjuga também com a defesa da vida, desde o seu surgir ao término natural. Na vossa Região o assegurar a todos dignidade, saúde e direitos fundamentais vem justamente sentido como um bem irrenunciável. A defesa da família, através de leis justas e capazes de tutelar também os mais fracos, constitua sempre um ponto importante para manter um tecido social sólido e oferecer propectivas de esperança para a futuro. Como na Idade Média, os estatutos das vossas cidades foram instrumento para assegurar a muitos os direito inalienáveis, assim também hoje continue o emepnho para promover uma cidade de rosto sempre mais humano. Nisto, a Igreja oferece a sua contribuição para que o amor de Deus seja sempre acompanhado por aquele do próximo.

Queridos irmãos e irmãs! Prossigais o serviço a Deus e ao homem segundo o ensinamento de Jesus, os luminosos exemplos dos vossos santos e a tradição do vosso povo. Nesse compromisso, vos acompanhe e vos sustente sempre a materna proteção de Nossa Senhora do Conforto, por vós tão amada e venerada. Amén!

    
Fonte: Canção Nova



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