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sábado, 25 de fevereiro de 2012

LUTO

Neste dia em que nossa paróquia comemora seus 20 anos de criação, uma notícia muito, mas muito triste nos abalou.
 Na manhã de hoje, 25, faleceu o jovem Edgar Gazola, que muito contribuía na música, durante as celebrações eucarísticas e também era vice-tesoureiro da capela Nossa Senhora de Lourdes (nomeado pelo arcebispo) e era membro da pastoral do dízimo. Veio a óbito depois de um acidente de trabalho.
  O velório será realizado no salão paroquial na matriz da paróquia de São Lucas e Nossa Senhora do Carmo.

Endereço: Rua Constantino José de Almeida, 329 - Xaxim

Nós, profundamente comovidos prestamos nossa última homenagem ao jovem Edgar, da maneira que mais o caracteriza, pela música. Não uma música triste, mas me vem à mente aquela música: "Senhor, quem entrará no Santuário pra te louvar? Quem tem as mãos limpas e o coração puro, quem não é vaidoso e sabe amar."
Este jovem, de mãos limpas e coração puro, está ante a face de Deus. Que descanse em paz.

Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno.
E que a luz perpétua o ilumine.
Descanse em paz.
Amém.

Edgar Gazola
*  1984 + 2012

Celebração dos 20 anos

  Caros leitores, nossa paróquia já está em festa pelos 20 anos de sua criação, dada a onze de fevereiro de 1992, pelo Arcebispo Dom Pedro Fedalto.
 Neste sábado (25), o criador da paróquia, Dom Pedro Fedalto, estará conosco para festejar este momento de alegria. E, como está escrito em nosso lema, é uma caminhada de fé.
Por isso, hoje às 18 horas Santa Missa de Ação de Graças pelos 20 anos de criação da Paróquia de São Lucas e Nossa Senhora do Carmo, presidida por Dom Pedro Fedalto.
 Todos são convidados. Participemos com alegria deste momento tão importante em nossa caminhada paroquial, que só é possível com a ajuda dos paroquianos.

DEO GRATIAS!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Catequese do Santo Padre na Quarta-feira de Cinzas

  Caros leitores, como de costume, aconteceu hoje no Vaticano a Audiência Geral semanal, em que o Santo Padre nos passa uma mensagem. E, naturalmente, desta semana ligada com a Quaresma, iniciada hoje com a Quarta-feira de Cinzas. Acompanhe na  íntegra a catequese de Bento XVI


Queridos irmãos e irmãs,

Nesta catequese gostaria de deter-me brevemente sobre o tempo da Quaresma, que inicia-se hoje com a liturgia da quarta-feira de cinzas. Se trata de um itinerário de quarenta dias que nos conduzirá ao Tríduo Pascal, memória da paixão, morte e ressurreição do Senhor, o coração do mistério da nossa salvação. Nos primeiros séculos de vida da Igreja, este era o tempo no qual aqueles que tinha escutado e acolhido o anúncio de Cristo, iniciavam passo a passo, o caminho de fé e de conversão para chegar ao Sacramento do Batismo. Se tratava de uma aproximação ao Deus vivo e de uma iniciação à fé que deveria cumprir-se gradualmente, mediante uma mudança interior por parte dos catecúmenos, isto é, daqueles que desejavam tornarem-se cristãos e serem incorporados ao Cristo e à Igreja.
Sucessivamente, também os penitentes e depois todos os fiés foram convidados a viver este itinerário de renovação espiritual, para conformar sempre mais a própria existência àquela de Cristo. A participação de toda a comunidade nas diversas passagens do percurso quaresmal sublinha uma dimensão importante da espiritualidade cristã: é a redenção não de alguns, mas de todos graças à morte e ressurreição de Cristo. Portanto, caso fossem aqueles que percorriam um caminho de fé como catecúmenos para receber o Batismo, ou aqueles que estavam distantes de Deus e da comunidade de fé e procuravam a reconciliação, ou mesmo aqueles que viviam a fé em plena comunhão com a Igreja, todos juntos sabiam que o tempo que precede a Páscoa, é um tempo de Metanóia, isto é de mudança interior, do arrependimento, o tempo que identifica a nossa vida humana e toda a nossa história como um processo de conversão e coloca em movimento agora para encontrar o Senhor nos fins dos tempos.
Com uma expressão que se tornou típica na Liturgia, a Igreja denomina o período no qual entramos hoje “Quadragésima”, isto é tempo de quarenta dias e com uma clara referência à Sagrada Escritura, nos introduz assim em um precioso contexto espiritual. Quarenta é de fato, o numero simbólico com o qual o Antigo e o Novo Testamento representam os momentos fortes da experiência de fé do Povo de Israel. È um numero que exprime o tempo de espera, da purificação, do retorno ao Senhor, da consciência que Deus é fiel às suas promessas. Este numero não representa um tempo cronologico exato, uma soma de dias. Indica mais que isso, uma paciente perseverança, uma longa prova, um período suficiente para ver as obras de Deus, um tempo no qual é necessario decidir-se e a assumir as próprias responsabilidades. È um tempo de decisões maduras.
O número quarenta aparece antes de tudo na história de Noé. Este homem justo, que por causa do dilúvio transcorre quarenta dias e quarenta noites na arca, junto à sua família e aos animais que Deus havia dito de leva-los consigo. E espera outros quarenta dias, depois do dilúvio, antes de tocar na terra firme, que foi salva da destruição (Gen 7,4.12;8,6). Depois, a próxima etapa: Moisés fica sobre o Monte Sinai, diante da presença do Senhor, quarenta dias e quarenta noites, para acolher a Lei. Em todo este tempo jejua (Ex 24,18). Quarenta são os anos de viagem do povo hebreu do Egito à Terra prometida, tempo de experimentar a fidelidade de Deus. “Recorda-te de todo o caminho que o Senhor, teu Deus, te fez percorrer nestes quarenta anos. O teu manto não se rasgou pelo seu uso nem os pés se incharam nestes quarenta anos” (Dt 8,2.4). Os anos de paz que Israel experimenta em Juízes são quarenta (Jz 3,11.30), mas transcorrido este tempo, inicia o esquecimento dos dons de Deus e o retorno ao pecado. O profeta Elias leva quarenta dias para atingir o Oreb, o monte onde encontra Deus (I Re 19,8). Quarenta são os dias durante os quais os cidadãos de Nínive fazem penitência para obterem o perdão de Deus. Quarenta também são os anos dos reinos de Saul, de Davi e de Salomão, os três primeiros reis de Israel. Também os Salmos refletem sobre o significado bíblico dos quarenta dias, como por exemplo o Salmo 95, do qual ouvimos o trecho: “Se escutásseis hoje a sua voz! “Nao endureceis o coração como em Meriba, como no dia de Massa no deserto, onde me tentaram os vossos pais: me colocaram à prova, mesmo tendo visto as minhas obras. Por quarenta anos me desgostou aquela geração e eu disse: são um povo de coração transviado, não conhecem as minhas vias” (v 7c-10).
No Novo Testamento, Jesus, antes de iniciar a vida pública, se retira no deserto por quarenta dias, sem comer, nem beber (Mt 4,2), se nutre da Palavra de Deus, que usa como arma para vencer o diabo. As tentações de Jesus fazem referência àquelas que o povo hebraico enfrentou no deserto, mas que não souberam vencer. Quarenta são os dias durante os quais Jesus Ressuscitado instruiu os seus, antes de ascender ao Céu e enviar o Espirito Santo (At 1,3).
Com este recorrente numero de quarenta é descrito um contexto espiritual que permanece atual e valido, e a Igreja, exatamente mediante os dias do período quaresmal, mantém o perdurante valor e os tornam a nós presente a eficácia. A liturgia cristã da Quaresma tem o objetivo de favorecer um caminho de renovação espiritual, à luz desta longa experiência bíblica e sobretudo para aprender a imitar Jesus, que nos quarenta dias transcorridos no deserto ensinou a vencer a tentação com a Palavra de Deus. Os quarenta dias da peregrinação de Israel no deserto apresentam atitudes e situações ambivalentes. De uma parte essas são a estação do primeiro amor com Deus e entre Deus e seu povo, quando Ele falava ao coração, indicando-lhes continuamente a estrada a ser percorrida. Deus havia tomado, por assim dizer, morada em meio a Israel, o precedia dentre de uma nuvem ou uma coluna de fogo, providenciava todos os dias o necessário fazendo descer o maná e fazendo brota a água da rocha. Portanto, os anos transcorridos por Israel no deserto se podem ver como o tempo da especial eleição de Deus e da adesão à Ele da parte do povo: tempo do primeiro amor. Por outro lado, a Bíblia mostra também uma outra imagem da peregrinação de Israel no deserto: é também o tempo das tentações e dos perigos maiores, quando Israel murmura contra o seu Deus e quer voltar ao paganismo e constroem os próprios idolos, diante da exigência de venerar um Deus mais próximo e tangível. E também um tempo da rebelião contra Deus grande e invisível.
Esta ambivalência, tempo de especial proximidade a Deus – tempo do primeiro amor - , e tempo da tentação – tentação do retorno ao paganismo - , a encontramos em modo surpreendente no caminho terreno de Jesus, naturalmente sem nenhum comprometimento com o pecado. Depois do batismo de penitência do Jordão, no qual assume sobre si o destino do Servo de Deus que renuncia a si mesmo e vive pelos outros e se coloca entre os pecadores para tomar sobre si o pecado do mundo, Jesus se refugia no deserto para estar quarenta dias em profunda união com o Pai, repetindo assim a história de Israel, todos aquelas sequências de quarenta dias ou anos os quais citei. Esta dinâmica é uma constante na vida terrena de Jesus, que procura sempre um momento de solidão para orar ao seu Pai e permanecer em intima comunhão, em intima solidão com Ele, em exclusiva comunhão com Ele, para depois retornar para o meio das pessoas. Mas neste tempo de “deserto” e de encontro especial com o Pai, Jesus se encontra exposto ao perigo e é invadido pela tentação e pela sedução do Maligno, o qual o propõe uma outra via messiânica, longe do projeto de Deus, porque passa através do poder, do sucesso, do dinheiro, do domînio e não através do dom total na cruz. Esta é a alternativa: um messinanismo de poder, de sucesso ou um messianismo de amor, de dom de si.
Esta situação de ambivalencia descreve também a condição da Igreja no caminho no "deserto' do mundo e da história. Neste deserto, nós cristãos temos certamente a oportunidade de fazer uma profunda experiência com Deus que faz forte o espirito, confirma a fé, nutre a esperança, anima a caridade; uma experiência que nos faz participantes da vitoria de Cristo sobre o pecado e sobre a morte mediate o sacrificio de amor na cruz. Mas o “deserto" É também o aspecto negativo da realidade que nos circunda: a aridez, a pobreza das palavras de vida e de valores, o secularismo e a cultura materialista, que fecham a pessoa no horizonte mundano do existir diminuindo toda referência à transcedência. É este também o ambiente no qual o céu que está sobre nós é obscuro, porque está coberto pelas nuves do egoísmo, da incompreessão e do engano. Apesar disso, também para a Igreja de hoje, o tempo do deserto pode transformar-se em tempo de graça, já que temos a certeza que também da rocha mais dura, Deus pode fazer brotar agua vida que mata a sede e restaura.
Queridos irmãos e irmãs, nestes quarenta dias que nos conduzirão à Pascoa podemos encontrar nova coragem para aceitar com paciência e com fé todas as situações de dificuldade, de aflições e de prova, na consciência que das trevas o Senhor faz surgir um dia novo. E se tivermos sido fiéis a Jesus seguindo-o na vida da Cruz, o claro mundo de Deus, o mundo da luz, da verdade e da alegria nos será restabelecido: será a aurora nova criada pelo próprio Deus. Bom caminho quaresmal a todos.

 

Ao fim da Audiência Geral, o Papa fez uma síntese da catequese em português e saudou os peregrinos


Queridos irmãos e irmãs,
Nos próximos quarenta dias, que nos levarão até ao Tríduo Pascal – celebração da paixão, morte e ressurreição de Cristo –, somos convidados a viver um caminho de conversão e renovação espiritual, que nos faça sair de nós mesmos para ir ao encontro do Senhor.

Este período será um tempo propício para uma experiência mais profunda de Deus, que torne forte o espírito, confirme a fé, alimente a esperança e anime a caridade. Poderemos assim ver e recordar tudo aquilo que Ele fez por nós. Daí, concluiremos que só o Senhor nos merece; e, sem mais adiamentos nem hesitações, entregar-nos-emos nas suas mãos.

E Cristo tornar-nos-á participantes da vitória sobre o pecado e a morte, que Ele nos alcançou com o seu amor levado até ao extremo da imolação por nós na cruz. Seguindo o caminho da cruz com Jesus, ser-nos-á aberto o mundo luminoso de Deus, o mundo da luz, da verdade e da alegria. Inundados por esta luz, ganharemos nova coragem para aceitar, com fé e paciência, todas as dificuldades, aflições e provações da vida, sabendo que, das trevas, o Senhor fará surgir a alvorada nova da ressurreição.
A minha saudação amiga para o grupo escolar da Lourinhã e todos os peregrinos presentes de língua portuguesa. A Virgem Maria tome cada um pela mão e vos acompanhe durante os próximos quarenta dias que servem para vos conformar ao Senhor ressuscitado. A todos desejo uma boa e frutuosa Quaresma!
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  Ainda hoje, o Papa Bento XVI nomeou o novo Arcebispo de Teresina no Estado de Tocantins. O novo arcebispo é  Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho. Dom Jacinto que era, desde 1998, bispo Crateús, nasceu no dia 16 de junho de 1947, em Bacabal, no estado do Maranhão e foi ordenado sacerdote no dia 15 de janeiro de 1972.
Como sacerdote, foi reitor do Seminário Interdiocesano de Santo Antônio, em São Luís do Maranhão, de 1995 a 1998, e professore de Práticas Sacramentais no mesmo seminário

OREMOS POR D. JACINTO SOBRINHO:
Que o Senhor, nosso Deus, o conduza sempre mais à perfeição, para que iluminado pelo Espírito Santo, possa ser um divino pastor, a exemplo de Cristo. Que vive e reina para sempre. Amém.

Fontes: Sites da Santa Sé e Canção Nova

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Missas de Quarta-feira de Cinzas

 Caros leitores, como já dito em outras publicações do nosso blog, estamos entrando no Tempo da Quaresma, tempo que nos convida ao jejum, à penitência e à esmola e oração. Reforçando o que escrevi na última postagem, publicaremos aqui, diversas mensagens sobre a Quaresma. E, todo este ciclo, tem seu início na Quarta-feira de Cinzas, que celebraremos amanhã.

Horário das Missas de Quarta-feira de Cinzas:

09h, 16h e 19h30. Em todas teremos a Novena Perpétua em honra à Nossa Senhora do Carmo.

Concedei-nos, ó Deus todo-poderoso, iniciar com este dia de jejum o tempo da Quaresma, para que a penitência nos fortaleça no combate contra o espírito do mal. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.

Coleta da Missa de Cinzas

Quaresma 2012

 Queridos irmãos e irmãs leitores do nosso blog, hoje estamos vivendo o último dia do Tempo Comum antes da Quaresma. Amanhã, Quarta-feira de Cinzas, iniciamos este tempo tão propício para a nossa conversão. Como o próprio nome já diz, Quaresma (que vem de Quadragesima), são quarenta dias de intensa penitência, oração, jejum e esmola. Estes quatro aspectos são expostos pelo próprio Jesus, como ouviremos no Evangelho da Missa de Quarta-feira de Cinzas. Ademais, este ano a campanha da fraternidade tem como proposta a Saúde Pública, que tanto passa dificuldades no Brasil, ao longo desta caminhada quaresmal, publicaremos aqui mensagem do Santo Padre, dos Bispos e do nosso pároco. E, também, que cada um de nós, tomemos consciência de nosso papel como cristão para bem vivermos o tempo de Quaresma para gozar dos dons pascais daqui a quarenta dias. Encerrando, vejo que para a Quaresma, nada melhor do que aquele canto que diz: "Eis o tempo de conversão, eis o dia da Salvação. Ao Pai voltemos, juntos andemos. Eis o tempo de conversão."

Uma boa e santa Quaresma a todos!

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Nosso blog começa sua caminhada quaresmal, mesmo sendo terça-feira ainda, com a mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma 2012.

Irmãos e irmãs!

A Quaresma oferece-nos a oportunidade de reflectir mais uma vez sobre o cerne da vida cristã: o amor. Com efeito este é um tempo propício para renovarmos, com a ajuda da Palavra de Deus e dos Sacramentos, o nosso caminho pessoal e comunitário de fé. Trata-se de um percurso marcado pela oração e a partilha, pelo silêncio e o jejum, com a esperança de viver a alegria pascal.

Desejo, este ano, propor alguns pensamentos inspirados num breve texto bíblico tirado da Carta aos Hebreus: «Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras» (10, 24). Esta frase aparece inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus. O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor «com um coração sincero, com a plena segurança da » (v. 22), de conservarmos firmemente «a profissão da nossa esperança» (v. 23), numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, «o amor e as boas obras» (v. 24). Na passagem em questão afirma-se também que é importante, para apoiar esta conduta evangélica, participar nos encontros litúrgicos e na oração da comunidade, com os olhos fixos na meta escatológica: a plena comunhão em Deus (v. 25). Detenho-me no versículo 24, que, em poucas palavras, oferece um ensinamento precioso e sempre actual sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, a reciprocidade e a santidade pessoal.

1. «Prestemos atenção»: a responsabilidade pelo irmão.

O primeiro elemento é o convite a «prestar atenção»: o verbo grego usado é katanoein, que significa observar bem, estar atento, olhar conscienciosamente, dar-se conta de uma realidade. Encontramo-lo no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a «observar» as aves do céu, que não se preocupam com o alimento e todavia são objecto de solícita e cuidadosa Providência divina (cf. Lc 12, 24), e a «dar-se conta» da trave que têm na própria vista antes de reparar no argueiro que está na vista do irmão (cf. Lc 6, 41). Encontramos o referido verbo também noutro trecho da mesma Carta aos Hebreus, quando convida a «considerar Jesus» (3, 1) como o Apóstolo e o Sumo Sacerdote da nossa fé. Por conseguinte o verbo, que aparece na abertura da nossa exortação, convida a fixar o olhar no outro, a começar por Jesus, e a estar atentos uns aos outros, a não se mostrar alheio e indiferente ao destino dos irmãos. Mas, com frequência, prevalece a atitude contrária: a indiferença, o desinteresse, que nascem do egoísmo, mascarado por uma aparência de respeito pela «esfera privada». Também hoje ressoa, com vigor, a voz do Senhor que chama cada um de nós a cuidar do outro. Também hoje Deus nos pede para sermos o «guarda» dos nossos irmãos (cf. Gn 4, 9), para estabelecermos relações caracterizadas por recíproca solicitude, pela atenção ao bem do outro e a todo o seu bem. O grande mandamento do amor ao próximo exige e incita a consciência a sentir-se responsável por quem, como eu, é criatura e filho de Deus: o facto de sermos irmãos em humanidade e, em muitos casos, também na fé deve levar-nos a ver no outro um verdadeiro alter ego, infinitamente amado pelo Senhor. Se cultivarmos este olhar de fraternidade, brotarão naturalmente do nosso coração a solidariedade, a justiça, bem como a misericórdia e a compaixão. O Servo de Deus Paulo VI afirmava que o mundo actual sofre sobretudo de falta de fraternidade: «O mundo está doente. O seu mal reside mais na crise de fraternidade entre os homens e entre os povos, do que na esterilização ou no monopólio, que alguns fazem, dos recursos do universo» (Carta enc. Populorum progressio, 66).

A atenção ao outro inclui que se deseje, para ele ou para ela, o bem sob todos os seus aspectos: físico, moral e espiritual. Parece que a cultura contemporânea perdeu o sentido do bem e do mal, sendo necessário reafirmar com vigor que o bem existe e vence, porque Deus é «bom e faz o bem» (Sal 119/118, 68). O bem é aquilo que suscita, protege e promove a vida, a fraternidade e a comunhão. Assim a responsabilidade pelo próximo significa querer e favorecer o bem do outro, desejando que também ele se abra à lógica do bem; interessar-se pelo irmão quer dizer abrir os olhos às suas necessidades. A Sagrada Escritura adverte contra o perigo de ter o coração endurecido por uma espécie de «anestesia espiritual», que nos torna cegos aos sofrimentos alheios. O evangelista Lucas narra duas parábolas de Jesus, nas quais são indicados dois exemplos desta situação que se pode criar no coração do homem. Na parábola do bom Samaritano, o sacerdote e o levita, com indiferença, «passam ao largo» do homem assaltado e espancado pelos salteadores (cf. Lc 10, 30-32), e, na do rico avarento, um homem saciado de bens não se dá conta da condição do pobre Lázaro que morre de fome à sua porta (cf. Lc 16, 19). Em ambos os casos, deparamo-nos com o contrário de «prestar atenção», de olhar com amor e compaixão. O que é que impede este olhar feito de humanidade e de carinho pelo irmão? Com frequência, é a riqueza material e a saciedade, mas pode ser também o antepor a tudo os nossos interesses e preocupações próprias. Sempre devemos ser capazes de «ter misericórdia» por quem sofre; o nosso coração nunca deve estar tão absorvido pelas nossas coisas e problemas que fique surdo ao brado do pobre. Diversamente, a humildade de coração e a experiência pessoal do sofrimento podem, precisamente, revelar-se fonte de um despertar interior para a compaixão e a empatia: «O justo conhece a causa dos pobres, porém o ímpio não o compreende» (Prov 29, 7). Deste modo entende-se a bem-aventurança «dos que choram» (Mt 5, 4), isto é, de quantos são capazes de sair de si mesmos porque se comoveram com o sofrimento alheio. O encontro com o outro e a abertura do coração às suas necessidades são ocasião de salvação e de bem-aventurança.

O facto de «prestar atenção» ao irmão inclui, igualmente, a solicitude pelo seu bem espiritual. E aqui desejo recordar um aspecto da vida cristã que me parece esquecido: a correcção fraterna, tendo em vista a salvação eterna. De forma geral, hoje é-se muito sensível ao tema do cuidado e do amor que visa o bem físico e material dos outros, mas quase não se fala da responsabilidade espiritual pelos irmãos. Na Igreja dos primeiros tempos não era assim, como não o é nas comunidades verdadeiramente maduras na fé, nas quais se tem a peito não só a saúde corporal do irmão, mas também a da sua alma tendo em vista o seu destino derradeiro. Lemos na Sagrada Escritura: «Repreende o sábio e ele te amará. Dá conselhos ao sábio e ele tornar-se-á ainda mais sábio, ensina o justo e ele aumentará o seu saber» (Prov 9, 8-9). O próprio Cristo manda repreender o irmão que cometeu um pecado (cf. Mt 18, 15). O verbo usado para exprimir a correcção fraterna – elenchein – é o mesmo que indica a missão profética, própria dos cristãos, de denunciar uma geração que se faz condescendente com o mal (cf. Ef 5, 11). A tradição da Igreja enumera entre as obras espirituais de misericórdia a de «corrigir os que erram». É importante recuperar esta dimensão do amor cristão. Não devemos ficar calados diante do mal. Penso aqui na atitude daqueles cristãos que preferem, por respeito humano ou mera comodidade, adequar-se à mentalidade comum em vez de alertar os próprios irmãos contra modos de pensar e agir que contradizem a verdade e não seguem o caminho do bem. Entretanto a advertência cristã nunca há-de ser animada por espírito de condenação ou censura; é sempre movida pelo amor e a misericórdia e brota duma verdadeira solicitude pelo bem do irmão. Diz o apóstolo Paulo: «Se porventura um homem for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi essa pessoa com espírito de mansidão, e tu olha para ti próprio, não estejas também tu a ser tentado» (Gl 6, 1). Neste nosso mundo impregnado de individualismo, é necessário redescobrir a importância da correcção fraterna, para caminharmos juntos para a santidade. É que «sete vezes cai o justo» (Prov 24, 16) – diz a Escritura –, e todos nós somos frágeis e imperfeitos (cf. 1 Jo 1, 8). Por isso, é um grande serviço ajudar, e deixar-se ajudar, a ler com verdade dentro de si mesmo, para melhorar a própria vida e seguir mais rectamente o caminho do Senhor. Há sempre necessidade de um olhar que ama e corrige, que conhece e reconhece, que discerne e perdoa (cf. Lc 22, 61), como fez, e faz, Deus com cada um de nós.

2. «Uns aos outros»: o dom da reciprocidade.

O facto de sermos o «guarda» dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão terrena, deixa de a considerar na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da liberdade individual. Uma sociedade como a actual pode tornar-se surda quer aos sofrimentos físicos, quer às exigências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na comunidade cristã! O apóstolo Paulo convida a procurar o que «leva à paz e à edificação mútua» (Rm 14, 19), favorecendo o «próximo no bem, em ordem à construção da comunidade» (Rm 15, 2), sem buscar «o próprio interesse, mas o do maior número, a fim de que eles sejam salvos» (1 Cor 10, 33). Esta recíproca correcção e exortação, em espírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida da comunidade cristã.

Os discípulos do Senhor, unidos a Cristo através da Eucaristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me pertence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida e a minha salvação. Tocamos aqui um elemento muito profundo da comunhão: a nossa existência está ligada com a dos outros, quer no bem quer no mal; tanto o pecado como as obras de amor possuem também uma dimensão social. Na Igreja, corpo místico de Cristo, verifica-se esta reciprocidade: a comunidade não cessa de fazer penitência e implorar perdão para os pecados dos seus filhos, mas alegra-se contínua e jubilosamente também com os testemunhos de virtude e de amor que nela se manifestam. Que «os membros tenham a mesma solicitude uns para com os outros» (1 Cor 12, 25) – afirma São Paulo –, porque somos um e o mesmo corpo. O amor pelos irmãos, do qual é expressão a esmola – típica prática quaresmal, juntamente com a oração e o jejum – radica-se nesta pertença comum. Também com a preocupação concreta pelos mais pobres, pode cada cristão expressar a sua participação no único corpo que é a Igreja. E é também atenção aos outros na reciprocidade saber reconhecer o bem que o Senhor faz neles e agradecer com eles pelos prodígios da graça que Deus, bom e omnipotente, continua a realizar nos seus filhos. Quando um cristão vislumbra no outro a acção do Espírito Santo, não pode deixar de se alegrar e dar glória ao Pai celeste (cf. Mt 5, 16).

3. «Para nos estimularmos ao amor e às boas obras»: caminhar juntos na santidade.

Esta afirmação da Carta aos Hebreus (10, 24) impele-nos a considerar a vocação universal à santidade como o caminho constante na vida espiritual, a aspirar aos carismas mais elevados e a um amor cada vez mais alto e fecundo (cf. 1 Cor 12, 31 – 13, 13). A atenção recíproca tem como finalidade estimular-se, mutuamente, a um amor efectivo sempre maior, «como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia» (Prov 4, 18), à espera de viver o dia sem ocaso em Deus. O tempo, que nos é concedido na nossa vida, é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desenvolve para chegar à plena maturidade de Cristo (cf. Ef 4, 13). É nesta perspectiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a estimular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.

Infelizmente, está sempre presente a tentação da tibieza, de sufocar o Espírito, da recusa de «pôr a render os talentos» que nos foram dados para bem nosso e dos outros (cf. Mt 25, 24-28). Todos recebemos riquezas espirituais ou materiais úteis para a realização do plano divino, para o bem da Igreja e para a nossa salvação pessoal (cf. Lc 12, 21; 1 Tm 6, 18). Os mestres espirituais lembram que, na vida de fé, quem não avança, recua. Queridos irmãos e irmãs, acolhamos o convite, sempre actual, para tendermos à «medida alta da vida cristã» (João Paulo II, Carta ap. Novo millennio ineunte, 31). A Igreja, na sua sabedoria, ao reconhecer e proclamar a bem-aventurança e a santidade de alguns cristãos exemplares, tem como finalidade também suscitar o desejo de imitar as suas virtudes. São Paulo exorta: «Adiantai-vos uns aos outros na mútua estima» (Rm 12, 10).

Que todos, à vista de um mundo que exige dos cristãos um renovado testemunho de amor e fidelidade ao Senhor, sintam a urgência de esforçar-se por adiantar no amor, no serviço e nas obras boas (cf. Heb 6, 10). Este apelo ressoa particularmente forte neste tempo santo de preparação para a Páscoa. Com votos de uma Quaresma santa e fecunda, confio-vos à intercessão da Bem-aventurada Virgem Maria e, de coração, concedo a todos a Bênção Apostólica.

Vaticano, 3 de Novembro de 2011

BENEDICTUS PP. XVI



Bento XVI recendo as Cinzas.
Fonte: Site da Santa Sé




Campanha da Fraternidade 2012

O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, abre, na Quarta-feira de Cinzas, 22, às 14h, na sede da Conferência, em Brasília (DF), a Campanha da Fraternidade-2012. O tema proposto para a Campanha deste ano é “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, tirado do livro do Eclesiástico.
O ministro da saúde, Alexandre Rocha Santos Padilha, confirmou sua presença. Além dele, participarão do ato de abertura da CF o sanitarista Nelson Rodrigues dos Santos; o Gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança e membro do Conselho Nacional de Saúde, Clovis Boufleur, e o cirurgião e membro da equipe de assessoria da Pastoral da Saúde do Conselho Episcopal Latino-americano, André Luiz de Oliveira. O ato é aberto à imprensa.

A CF-2012 tem como objetivo geral “refletir sobre a realdiade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobiliza por melhoria no sistema público de saúde”.

Realizada desde 1964, a Campanha da Fraternidade mobiliza todas as comunidades catóilcas do país e procura envolver outros segmentos da sociedade no debate do tema escolhido. São produzidos vários materiais para uso das comunidades com destaque para o texto-base, produzido por uma equipe de especialistas.

A Campanha acontece durante todo o período da Quaresma que, segundo o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, “é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado”.

Na apresentação do texto-base, dom Leonardo, eplica que, com esta Campanha da Fraternidade, a Igreja quer sensibilizar as pessoas sobre a “dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de saúde pública condizente com suas necessidades e dignidade”.

O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner, abre, na Quarta-feira de Cinzas, 22, às 14h, na sede da Conferência, em Brasília (DF), a Campanha da Fraternidade-2012. O tema proposto para a Campanha deste ano é “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, tirado do livro do Eclesiástico.
O ministro da saúde, Alexandre Rocha Santos Padilha, confirmou sua presença. Além dele, participarão do ato de abertura da CF o sanitarista Nelson Rodrigues dos Santos; o Gestor de Relações Institucionais da Pastoral da Criança e membro do Conselho Nacional de Saúde, Clovis Boufleur, e o cirurgião e membro da equipe de assessoria da Pastoral da Saúde do Conselho Episcopal Latino-americano, André Luiz de Oliveira. O ato é aberto à imprensa.

A CF-2012 tem como objetivo geral “refletir sobre a realdiade da saúde no Brasil em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e mobiliza por melhoria no sistema público de saúde”.

Realizada desde 1964, a Campanha da Fraternidade mobiliza todas as comunidades catóilcas do país e procura envolver outros segmentos da sociedade no debate do tema escolhido. São produzidos vários materiais para uso das comunidades com destaque para o texto-base, produzido por uma equipe de especialistas.

A Campanha acontece durante todo o período da Quaresma que, segundo o secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, “é o caminho que nos leva ao encontro do Crucificado-ressuscitado”.

Na apresentação do texto-base, dom Leonardo, eplica que, com esta Campanha da Fraternidade, a Igreja quer sensibilizar as pessoas sobre a “dura realidade de irmãos e irmãs que não têm acesso à assistência de saúde pública condizente com suas necessidades e dignidade”.

CartazCF2012
Cartaz da CF 2012

Fonte: www.cnbb.org.br

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Mensagem do Papa no Ângelus deste domingo

  Caros leitores, neste domingo, dia 19, o Santo Padre, Bento XVI rezou com os fiéis a oração do Ângelus da janela do Palácio Episcopal, isto após celebrar a Eucaristia com os novos vinte e dois cardeais, criados ontem, inclusive Dom João Braz de Aviz.

Bento XVI explicou que o Consistório serviu de pano de fundo para a liturgia da missa da Cátedra de Pedro, antecipada para este domingo, já que no dia 22 – data da Festa – será Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma.

Durante o Angelus, Bento XVI lembrou o compromisso dos novos cardeais: “Convido a todos a unirem-se em oração pelos novos cardeais, que agora estão ainda mais comprometidos comigo para guiar a Igreja e testemunhar o Evangelho até mesmo no sacrifício da própria vida. Este é o significado da cor vermelha de suas vestes: a cor do sangue e do amor”.

O Papa ainda explicou que a “Cátedra” é o posto reservado ao Bispo, do qual deriva o nome “catedral”. “A Cátedra de São Pedro, representada na abside da Basílica Vaticana por uma escultura monumental de Bernini, é símbolo da missão especial de Pedro e de seus sucessores de apascentar o rebanho de Cristo mantendo-o unido na fé e na caridade”.

No final, Bento XVI também saudou os peregrinos de língua portuguesa.

“Saúdo, com viva gratidão e afecto, os grupos de fiéis das paróquias Aldeia Galega da Merceana, Brandoa e Laveiras-Caxias e restantes peregrinos de língua portuguesa, particularmente os familiares e amigos dos novos Cardeais, pedindo que continueis a acompanhá-los com a vossa oração e estima para poderem corresponder, com plena e constante fidelidade, ao dom recebido. Confio-os, eles e todos vós, à materna protecção da Virgem Maria”.


 

Os novos cardeais

  Neste sábado, dia 18, foram criados 22 novos cardeais para a Igreja Católica e, entre eles, está o antigo arcebispo de Brasília, Dom João Braz de Aviz. Juntamente dos outros 21 novos cardeais, Dom João recebeu o barrete cardinalício e o anel cardinalício, assim como o título da diaconia.


Dom João Cardeal Braz de Aviz recebendo o barrete cardinalício das mãos do Papa Bento XVI

Aos novos cardeais é confiado o serviço do Amor: amor à Deus, amor à sua Igreja, amor aos irmãos com dedicação absoluta e incondicional - se for necessário - até ao derramamento de sangue, como diz a fórmula para a imposição do barrete. Neste domingo, os novos cardeais concelebrarão a Santa Missa com o Papa na Basílica de São Pedro. Ainda hoje, após o consistório, Bento XVI declarou a canonização de sete beatos: os sacerdotes James Berthieu, francês, da Companhia de Jesus e o italiano Giovanni Battista Piamarta, conhecido como "pai dos trabalhadores" e as religiosas Maria do Monte Carmelo e Mary Anne Cope além de três leigos, Pedro Clungsod, Catherine Tekakwitha e Anna Schäffer. O Santo Padre definiu que todos eles serão inscritos no álbum dos santos em 21 de outubro.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Arquidiocese em luto

 A arquidiocese de Curitiba e a diocese vizinha de São José dos Pinhais estão de luto, pois na última segunda-feira, às onze da manhã, faleceu Dom Ladislau Biernaski, que foi por mais de 27 anos bispo auxiliar de Curitiba, durante a época de Dom Pedro Fedalto. Dom Ladislau foi o primeiro bispo da diocese de São José dos Pinhais.
 Os seminaristas da Arquidiocese de Curitiba estiveram presentes no velório na noite desta terça-feira e manifestaram seu pesar pela perda do bispo. Amanhã, quarta-feira, será rezada a Missa de Corpo Presente às nove horas da manhã e a tarde o enterro. Milhares de pessoas se faziam presentes na Catedral de São José dos Pinhais, inúmeros fieis vindos de longe, principalmente do lugar de origem de Dom Ladislau, a ColÇonia D. Pedro. Muitas foram as homenagens a Dom Ladislau: cantos, orações e visitas dos fieis.
 Nós, do blog da Paróquia de São Lucas e Nossa Senhora do Carmo, nos sentimos tristes com tal notícia. Neste post queria agradecer a todos pelas mais de duas mil visitas ao nosso site, mas as situações não permitem, mas mesmo assim, muito obrigado. Em homenagem a Dom Ladislau, nosso blog estará de luto por três dias.
 Junto com os fieis da diocese de São José dos Pinhais, parentes e amigos de Dom Ladislau, rezemos:

- Dai-lhe, Senhor, o descanso eterno.
- E que a luz perpétua o ilumine.
- Descanse em paz
- Amém.

Dom Ladislau Biernaski

* 1937 - 2012

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Aniversário de Ordenação

  Queridos leitores, hoje nossa paróquia se alegra junto de seu pároco, Pe. Jonacir F. Alessi, que comemora neste dia 13, oito anos de sacerdócio. Por isso, invocamos as bênçãos de Deus para ele e que o Senhor o guarde são e salvo na fé para que cada vez mais ame a Jesus Cristo. Que Maria, Nossa Senhora do Carmo, abençoe-o e o proteja com seu santo escapulário. PARABÉNS!

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Dia Mundial do Enfermo

  Hoje sendo dia de Nossa Senhora de Lourdes, também é dia Mundial do Enfermo, ao qual acorrem muitas graças alcançadas pelos doentes com o título de Lourdes.


Papa Bento XVI visitando um enfermo


Mensagem do Papa Bento XVI para o dia Mundial do Enfermo:

«Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!» (Lc 17, 19)Amados irmãos e irmãs
Por ocasião do Dia Mundial do Doente, que celebraremos no próximo dia 11 de Fevereiro de 2012, memória da Bem-Aventurada Virgem de Lourdes, desejo renovar a minha proximidade espiritual a todos os enfermos que se encontram nos lugares de cura ou recebem os cuidados das famílias, enquanto manifesto a cada um deles a solicitude e o afecto da parte de toda a Igreja. No acolhimento generoso e amoroso de cada vida humana, sobretudo da frágil e doente, o cristão expressa um aspecto importante do seu testemunho evangélico, segundo o exemplo de Cristo, que se debruçou sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para os curar.
1. Neste ano, que constitui a preparação mais próxima para o solene Dia Mundial do Doente, que será celebrado na Alemanha no dia 11 de Fevereiro de 2013 e que meditará sobre a emblemática figura evangélica do bom samaritano (cf. Lc 10, 29-37), gostaria de chamar a atenção para os «Sacramentos de cura», ou seja, o Sacramento da Penitência e da Reconciliação, e o Sacramento da Unção dos Enfermos, que encontram o seu cumprimento natural na Comunhão Eucarística.
O encontro de Jesus com os dez leprosos, narrado no Evangelho de são Lucas (cf. Lc 17, 11-19), de maneira particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: «Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!» (v. 19), ajudam a tomar consciência acerca da importância da fé para aqueles que, angustiados pelo sofrimento e pela enfermidade, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele, podem experimentar realmente que quantos acreditam nunca estão sozinhos! Com efeito, no seu Filho Deus não nos abandona às nossas angústias e sofrimentos, mas está próximo de nós, ajuda-nos a suportá-los e deseja curar profundamente o nosso coração (cf. Mc 2, 1-12).
A fé daquele único leproso que, vendo-se purificado, cheio de admiração e de alegria, contrariamente aos demais, vai imediatamente até Jesus para lhe manifestar o próprio reconhecimento, deixa entrever que a saúde readquirida é sinal de algo mais precioso do que a simples cura física, pois constitui um sinal da salvação que Deus nos concede através de Cristo; ela encontra expressão nas palavras de Jesus: a tua fé te salvou! Quem, no seu próprio sofrimento e enfermidade, invoca o Senhor, está convicto de que o Seu amor nunca o abandona, e que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da Sua obra salvífica, jamais desfalece. A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela deste modo a importância que o homem, na sua integridade de alma e corpo, reveste para o Senhor. De resto, cada Sacramento expressa e põe em prática a proximidade do próprio Deus que, de modo absolutamente gratuito, «nos toca por meio de realidades materiais... que Ele assume ao seu serviço, fazendo deles instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo» (Homilia, Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). «Aqui, torna-se visível a unidade entre criação e redenção. Os sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé, que abraça corpo e alma, isto é, o homem inteiro» (Homilia, Santa Missa Crismal, 21 de Abril de 2011).
A tarefa principal da Igreja é, sem dúvida, o anúncio do Reino de Deus, «mas precisamente este mesmo anúncio deve revelar-se um processo de cura: “...tratar os corações torturados” (Is 61, 1)» (Ibidem), em conformidade com a função confiada por Jesus aos seus discípulos (cf. Lc 9, 1-2; Mt 10, 1.5-14; e Mc 6, 7-13). Por conseguinte, o binómio entre saúde física e renovação das dilacerações da alma ajuda-nos a compreender melhor os «Sacramentos de cura».
2. Il Sacramento da Penitência esteve com frequência no centro da reflexão dos Pastores da Igreja, precisamente devido à sua grande importância no caminho da vida cristã, uma vez que «toda a eficácia da Penitência consiste em restituir-nos à graça de Deus e em unir-nos a Ele numa amizade perfeita» (Catecismo da Igreja Católica, n. 1.468). Dando continuidade ao anúncio de perdão e de reconciliação feito ressoar por Jesus, a Igreja não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho. Ela faz seu o apelo do apóstolo Paulo: «Em nome de Cristo... sejamos embaixadores: através de nós, é o próprio Deus quem exorta. Suplicamo-vos, em nome de Jesus Cristo: deixai-vos reconciliar com Deus» (2 Cor 5, 20). Ao longo da sua vida, Jesus anuncia e torna presente a misericórdia do Pai. Ele veio não para condenar, mas para perdoar e salvar, para incutir esperança também na obscuridade mais profunda do sofrimento e do pecado, para conceder a vida eterna; deste modo, no Sacramento da Penitência, na «medicina da confissão», a experiência do pecado não degenera em desespero, mas encontra o Amor que perdoa e transforma (cf. João Paulo II, Exortação Apostólica pós-sinodal Reconciliatio et paenitentia, 31).
Deus, «rico de misericórdia» (Ef 2, 4), como o pai da parábola evangélica (cf. Lc 15, 11-32), não fecha o coração a nenhum dos seus filhos, mas espera por eles, procura-os e alcança-os onde a rejeição da comunhão aprisiona no isolamento e na divisão, chamando-os a reunir-se ao redor da sua mesa, na alegria da festa do perdão e da reconciliação. O momento do sofrimento, no qual poderia surgir a tentação de se abandonar ao desânimo e ao desespero, pode transformar-se assim em tempo de graça para voltar a si mesmo e, como o filho pródigo da parábola, reconsiderar a própria vida, reconhecendo os próprios erros e fracassos, sentindo a saudade do abraço do Pai e repercorrendo o caminho rumo à sua Casa. No seu grande amor, Ele vigia sempre e de qualquer modo sobre a nossa existência, e espera-nos para oferecer a cada um dos filhos que volta para Ele, o dom da plena reconciliação e da alegria.
3. Da leitura dos Evangelhos sobressai claramente o modo como Jesus sempre demonstrou uma atenção particular para com os enfermos. Ele não só convidou os seus discípulos a curar as feridas dos mesmos (cf. Mt 10, 8; Lc 9, 2; 10, 9), mas também instituiu para eles um Sacramento específico: a Unção dos Enfermos. A Carta de Tiago dá testemunho da presença deste gesto sacramental já na primeira comunidade cristã (cf. 5, 14-16): mediante a Unção dos Enfermos, acompanhada pela oração dos presbíteros, a Igreja inteira recomenda os doentes ao Senhor sofredor e glorificado, a fim de que alivie as suas penas e os salve, aliás, exorta-os a unir-se espiritualmente à paixão e à morte de Cristo, para contribuir deste modo para o bem do Povo de Deus.
Tal Sacramento leva-nos a contemplar o dúplice mistério do Monte das oliveiras, onde Jesus se encontrou dramaticamente diante do caminho que lhe fora indicado pelo Pai, a senda da Paixão, do supremo gesto de amor, e aceitou-a. Naquela hora de provação, Ele é o mediador, «transportando em si mesmo, assumindo em si próprio o sofrimento e a paixão do mundo, transformando-os em clamor a Deus, levando-os diante dos olhos e até às mãos de Deus, e assim conduzindo-os realmente até ao momento da Redenção» (Lectio divina, Encontro com o Clero de Roma, 18 de Fevereiro de 2010). Mas «o Horto das Oliveiras é... inclusive o lugar a partir do qual Ele subiu ao Pai, tornando-se assim o lugar da Redenção... Este dúplice mistério do Monte das Oliveiras também está sempre “activo” no óleo sacramental da Igreja... sinal da bondade de Deus que nos toca» (Homilia, Santa Missa Crismal, 1 de Abril de 2010). Na Unção dos Enfermos, a matéria sacramental do óleo é-nos oferecida por assim dizer, «como medicamento de Deus... que agora nos torna seguros da sua bondade e deve revigorar-nos e consolar, mas ao mesmo tempo aponta para além do momento da enfermidade, para a cura definitiva, a ressurreição (cf. Tg 5, 14)» (Ibid.).
Este Sacramento merece hoje uma maior consideração, quer na reflexão teológica, quer na obra pastoral em favor dos doentes. Valorizando os conteúdos da oração litúrgica que se adaptam às diversas situações humanas ligadas à doença e não só quando o doente está no fim da própria vida (cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1.514), a Unção dos Enfermos não deve ser considerada como que «um sacramento menor» em relação aos demais. A atenção e a cura pastoral pelos enfermos, se por um lado é sinal da ternura de Deus por aqueles que se encontram no sofrimento, por outro traz benefício espiritual também aos sacerdotes e a toda a comunidade cristã, na consciência de que o que fazemos aos mais pequeninos, é ao próprio Jesus que o fazemos (cf. Mt 25, 40).
4. A propósito dos «Sacramentos de cura», santo Agostinho afirma: «Deus cura todas as tuas enfermidades. Portanto, não temas: todas as tuas enfermidades serão curadas... Tu só deves permitir que Ele te cure e não deves rejeitar as suas mãos» (Exposição sobre o Salmo 102, 5: PL 36, 1319-1320). Trata-se de meios preciosos da Graça de Deus, que ajudam o doente a conformar-se cada vez mais plenamente com o Mistério da Morte e Ressurreição de Cristo. Juntamente com estes dois Sacramentos, gostaria de sublinhar também a importância da Eucaristia. Recebida no momento da doença ela contribui, de maneira singular, para realizar tal transformação, associando aquele que se alimenta do Corpo e do Sangue de Jesus, à oferenda que Ele fez de si mesmo ao Pai, para a salvação de todos. Toda a comunidade eclesial, e as comunidades paroquiais em particular, prestem atenção para garantir a possibilidade de se aproximarem com frequência da Comunhão sacramental àqueles que, por motivos de saúde ou de idade, não podem acorrer aos lugares de culto. Deste modo, a estes irmãos e irmãs é oferecida a possibilidade de revigorar a relação com Cristo crucificado e ressuscitado, participando com a sua vida oferecida por amor a Cristo, na missão da própria Igreja. Nesta perspectiva, é importante que os sacerdotes que exercem a sua obra delicada nos hospitais, nas casas de cura e nas habitações dos doentes se sintam verdadeiros «“ministros dos enfermos”, sinal e instrumento da compaixão de Cristo, que deve alcançar cada homem assinalado pelo sofrimento» (Mensagem para o XVIII Dia Mundial do Doente, 22 de Novembro de 2009).
A conformação com o Mistério pascal de Cristo, realizada também mediante a prática da Comunhão espiritual, adquire um significado totalmente particular, quando e Eucaristia é administrada e acolhida como viático. Naquele momento da existência ressoam de modo ainda mais incisivo as palavras do Senhor: «Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia» (Jo 6, 54). Com efeito a Eucaristia, principalmente como viático, é — segundo a definição de santo Inácio de Antioquia — «remédio de imortalidade, antídoto contra a morte» (Carta aos Efésios, 20: PG 5, 661), sacramento da passagem da morte para a vida, deste mundo para o Pai, que a todos espera na Jerusalém celeste.
5. O tema desta Mensagem para o XX Dia Mundial do Doente: «Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!», visa também o próximo «Ano da Fé», que terá início a 11 de Outubro de 2012, ocasião propícia e preciosa para redescobrir a força e a beleza da fé, para aprofundar os seus conteúdos e para a testemunhar na vida de todos os dias (cf. Carta Apostólica Porta fidei, 11 de Outubro de 2011). Desejo encorajar os doente e quantos sofrem a encontrar sempre uma âncora segura na fé, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, da oração pessoal e dos Sacramentos, enquanto convido os Pastores a permanecerem cada vez mais disponíveis à sua celebração para os enfermos. Segundo o exemplo do Bom Pastor e como guias do rebanho que lhes foi confiado, os presbíteros sejam repletos de alegria, atentos aos mais frágeis, aos simples, aos pecadores, manifestando a misericórdia infinita de Deus com as palavras tranquilizadoras da esperança (cf. Santo Agostinho, Carta 95, I: PL 33, 351-352).
Àqueles que trabalham no mundo da saúde, assim como às famílias que nos seus próprios entes queridos veem a Face sofredora do Senhor Jesus, renovo o meu agradecimento e o da Igreja a fim de que, na competência profissional e no silêncio, muitas vezes inclusive sem mencionar o nome de Cristo, manifestam-no concretamente (cf. Homilia na Santa Missa Crismal, 21 de Abril de 2011).
A Maria, Mãe de Misericórdia e Saúde dos Enfermos, elevemos o nosso olhar confiante e a nossa prece; a sua compaixão materna, vivida ao lado do Filho agonizante na Cruz, acompanhe e sustenha a fé e a esperança de cada pessoa enferma e sofredora ao longo do caminho de cura das feridas do corpo e do espírito.
A todos asseguro a minha recordação orante, enquanto concedo a cada um uma especial Bênção Apostólica.
Vaticano, 20 de Novembro de 2011, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

BENEDICTUS PP XVI

Nossa Senhora de Lourdes

Gruta em que Nossa Senhora apareceu na cidade de Lourdes, na França.
 Queridos leitores, hoje a Igreja celebra o dia de Nossa Senhora de Lourdes. Uma grande devoção, principalmente ligada aos doentes, lembrando que hoje também celebramos o Dia Munidial do Enfermo. Foi no ano de 1858 que a Virgem Santíssima apareceu, nas cercanias de Lourdes, França, na gruta Massabielle, a uma jovem chamada Santa Marie-Bernard Soubirous ou Santa Bernadete. Essa santa deixou por escrito um testemunho que entrou para o ofício das leituras do dia de hoje: 
   “Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, vária vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.
Corpo incorrupto de Santa Bernadete Soubirous, a quem a Virgem Maria apareceu na cidade de Lourdes.
 
   Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, e, em virtude dos méritos de Cristo Jesus, Nossa Senhora, nessa aparição, pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu que rezássemos pela conversão deles com oração, conversão, penitência.
Isso aconteceu após 4 anos da proclamação do Dogma da Imaculada Conceição. Deus quis e Sua Providência Santíssima também demonstrou, dessa forma, a infalibilidade da Igreja. Que chancela do céu essa aparição da Virgem Maria em Lourdes. E os sinais, os milagres que aconteceram e continuam a acontecer naquele local.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Mas afinal, o que faz o Núncio Apostólico?


  Caros leitores, depois de tantas notícias de Núncio que sai, Núncio que chega, talvez alguns possam estar na dúvida sobre quem é o que faz o Núncio Apostólico. O Núncio Apostólico é o representante diplomático do Papa e da Santa Sé no país que trabalha. O Núncio representa a Santa Sé, quanto ao Estado do Vaticano, quem representa é um leigo embaixador. Na maioria dos casos, os Núncios Apostólicos são Arcebispos e residem na Nunciatura Apostólica. Em alguns países que não existem relações da Igreja com o Estado, existe apenas um Delegado Apostólico. O posto oficial de diplomatas dos Núncios Apostólicos foi fixado no Congresso de Viena em 1815.


Ficheiro:Nunciatura apostolica BSB 01.jpg
Nunciatura Apostólica do Brasil em Brasília


Nomeado novo Núncio Apostólico do Brasil

  O Santo Padre, Bento XVI, nomeou nesta sexta-feira, o novo Núncio Apostólico do Brasil. Depois da saída de Dom Lorenzo Baldisseri (como você pode acompanhar no artigo sobre sua saída aqui no blog: http://paroquiadoxaxim.blogspot.com/2012/01/dom-lorenzo-baldisseri-e-nomeado.html )

 O novo Núncio Apostólico do Brasil, assim como Dom Lorenzo, é italiano natural de Aversa. Seu nome: Dom Giovanni D'Aniello, com 57 anos, era o Núncio Apostólico da Tailândia e Camboja e Delegado Apostólico em Myanmar e Laos. Foi ordenado sacerdote em dezembro de 1978 e é doutor em Direito Canônico. Em 1983, começou suas atividaes diplomáticas junto a Santa Sé e trabalhou nas respresentações Pontifícias de Burundi, Tailândia, Líbano e Brasil. De 2001 a 2010 foi Núncio Apostólico da República Democrática do Congo e, posteriormente, da Tailândia, como supracitado.

Dom Lorenzo Baldisseri, que foi nomeado secretário para a Congregação para os Bispos, no Vaticano, escreveu uma nota em que agradece ao povo brasileiro, e em especial, aos bispos do Brasil por sua acolhida.

Ao concluir minha missão de Núncio Apostólico no Brasil, confio a estas linhas as expressões dos meus sentimentos de gratidão a todo o episcopado, ao clero e aos fiéis que me acompanharam durante estes nove anos aqui transcorridos, e por me terem facilitado o cumprimento do meu mandato”.
Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico do Brasil de 2002 a 2012

Dom Lorenzo Baldisseri, que foi nomeado secretário para a Congregação para os Bispos, no Vaticano, escreveu uma nota em que agradece ao povo brasileiro, e em especial, aos bispos do Brasil por sua acolhida.

“Ao concluir minha missão de Núncio Apostólico no Brasil, confio a estas linhas as expressões dos meus sentimentos de gratidão a todo o episcopado, ao clero e aos fiéis que me acompanharam durante estes nove anos aqui transcorridos, e por me terem facilitado o cumprimento do meu mandato”, disse Dom Lorenzo.

Dom Lorenzo Baldisseri, que foi nomeado secretário para a Congregação para os Bispos, no Vaticano, escreveu uma nota em que agradece ao povo brasileiro, e em especial, aos bispos do Brasil por sua acolhida.

“Ao concluir minha missão de Núncio Apostólico no Brasil, confio a estas linhas as expressões dos meus sentimentos de gratidão a todo o episcopado, ao clero e aos fiéis que me acompanharam durante estes nove anos aqui transcorridos, e por me terem facilitado o cumprimento do meu mandato”, disse Dom Lorenzo.

DOM GIOVANNI D'ANIELLO - NÚNCIO APOSTÓLICO DO BRASIL
OREMOS POR DM GIOVANNI:
Que o Senhor, nosso Deus, o sustente na fé, no início de sua caminhada no Brasil. E que um dia, junto dele, alcancemos a vida eterna.

Santa Escolástica - A irmã de São Bento

 Caros leitores, hoje a Igreja celebra uma grande santa, irmã de outro grande santo. Hoje, 10 de fevereiro é dia da irmã de São Bento, Santa Escolástica.
Santa Escolástica
 
São Bento

Hoje, recordamos o testemunho daquela que foi irmã gêmea de São Bento, pai do monaquismo cristão. Ambos nasceram em 480, em Núrsia, região de Umbria, Itália. Santa Escolástica começou a seguir Jesus muito cedo. Mulher de oração, ela sempre foi acompanhando o irmão por meio de intercessão. Depois, ao falecer seus pais, ela deu tudo aos pobres. Junto com uma criada, que era amiga de confiança e seguidora também de Cristo, foi ter com São Bento, que saiu da clausura para acolhê-la. Com alguns monges eles dialogaram e ela expressou o desejo de seguir Cristo através das regras beneditinas.

.São Bento discerniu pela vocação ao ponto de passar a regra para sua irmã e ela tornou-se a fundadora do ramo feminino: as Beneditinas. Não demorou muito, muitas jovens começaram a seguir Cristo nos passos de São Bento e de Santa Escolástica.

Uma vez por ano, eles se encontravam dentro da propriedade do mosteiro. Certa vez, num último encontro, a santa, com sua intimidade com Deus, teve a revelação de que a sua partida estava próxima. Então, depois do diálogo e da partilha com seu irmão, ela pediu mais tempo para conversar sobre as realidades do céu e a vida dos bem-aventurados. Mas São Bento, que não sabia do que se tratava, por causa da regra disse não. Ela, então, inclinou a cabeça, fez uma oração silenciosa e o tempo, que estava tão bom, tornou-se uma tempestade. Eles ficaram presos no local e tiveram mais tempo.

A reação de São Bento foi de perguntar o que ela havia feito e desejar que Deus a perdoasse por aquilo. Santa Escolástica, na simplicidade e na alegria, disse-lhe: “Eu pedi para conversar, você não aceitou. Então, pedi para o Senhor e Ele me atendeu”.

Passados três dias, São Bento teve a visão de uma pomba que subia aos céus. Era o símbolo da partida de sua irmã. Não demorou muito, ele também faleceu.


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Catequese do Santo Padre

  Caros leitores, como de costumes nas quartas-feiras, postamos a mensagem do Santo Padre, Bento XVI, em sua catequese na Audiência Geral no Vaticano. Hoje, o tema do Santo Padre foi a oração de Jesus na cruz.  Acompanhe na íntegra:

Tema da Catequese de hoje do Papa foi sobre a oração de Jesus na Cruz




Queridos irmãos e irmãs,
Hoje gostaria de refletir convosco sobre a oração de Jesus na iminência da morte, detendo-me sobre aquilo que nos refere São Marcos e São Mateus. Os dois Evangelistas retratam a oração de Jesus, que está morrendo, não somente na língua grega, com a qual foi escrita a narração, mas, para a importância destas palavras, também em uma mistura de hebraico e aramaico.

Disto nos foi transmitido não somente o conteúdo, mas também o tom que tal oração teve nos lábios de Jesus: escutamos realmente as palavras de Jesus como eram, ao mesmo tempo, eles nos descreveram a atitude dos presentes diante da crucificação, que não compreenderam - ou não quiseram compreender – esta oração.

Escreve São Marcos, como escutamos: "Ao meio dia, a terra ficou escura até as três da tarde. Às três, Jesus gritou em alta voz: "Eloì, Eloì, lemà sabactàni?", que significa: "Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonastes?" (15,34). Na estrutura da narração, a oração, o grito de Jesus se levanta no cume das três horas de trevas, que, do meio-dia até as três da tarde, calaram sobre toda a terra.

Estas três horas de escuridão, são, por sua vez, a continuação de um precedente lapso de tempo também de três horas, iniciado com a crucificação de Jesus. O Evangelista Marcos, de fato, nos informa que: "Eram nove horas da manhã quando o crucificaram" (cfr 15,25). Da junção das indicações horárias da narração, as seis horas de Jesus sobre a cruz são articuladas em duas partes cronologicamente equivalentes.

Nas primeiras três horas, das nove ao meio dia, se apresentam insultos dos diversos grupos de pessoas, que mostram o seu ceticismo e afirmam não acreditarem. Escreve São Marcos: "Aqueles que passavam por ele, o insultavam" (15,29); "assim também os sumo-sacerdotes, com os escribas, entre eles escarneciam dele" (15,31); "e também aqueles que estavam crucificados com ele o insultavam" (15,32).

Nas três horas seguintes, do meio dia às três da tarde, o Evangelista fala somente das trevas que caíram sobre a terra, o escuro ocupa sozinho toda a cena sem qualquer referência sobre o movimento dos personagens ou das palavras. Quando Jesus se aproxima sempre mais da morte, existe somente a escuridão que cala sobre toda a terra. Também o cosmo toma parte deste evento: o escuro envolve pessoas e coisas, mas também neste momento de trevas Deus está presente, não abandona.

Na tradição bíblica, o escuro tem um significado ambivalente: é sinal da presença e da ação do mal, mas também de uma misteriosa presença e ação de Deus que é capaz de vencer toda treva. No livro do Êxodo, por exemplo, lemos: "O Senhor disse a Moisés: "Eis, eu estou por vir diante de ti em uma densa nuvem" (19,9); e ainda: "O povo se coloca distante, enquanto Moisés avança em direção à nuvem escura onde estava Deus" (20,21). E nos discursos de Deuteronômio, Moisés narra: "O monte ardia, com o fogo que se levantava até a sumidade do céu, entre trevas, nuvens e obscuridade" (4,11); vós ouvistes a voz em meio as trevas, enquanto o monte era todo em chamas" (5,23).

Na cena da crucificação de Jesus as trevas envolvem a terra e são trevas de morte nas quais o Filho de Deus se imerge para levar a vida, com o seu ato de amor.

Voltando à narração de São Marcos, diante dos insultos das diversas categorias de pessoas, diante do escuro que cala tudo, no momento no qual está diante da morte, Jesus com o grito da sua oração mostra que, junto ao peso do sofrimento e da morte no qual parece que existe um abandono, a ausência de Deus, Ele tem a plena certeza da proximidade do Pai, que aprova este ato supremo de amor, de dom total de Si, apesar de não se ouvir, como em outros momentos, a voz do alto.

Lendo os Evangelhos, se chega à conclusão que em outros momentos importantes da sua existência terrena, Jesus tenha visto associar-se aos sinais da presença do Pai e da aprovação ao seu caminho de amor, também a voz esclarecedora de Deus. Assim, no momento que segue o batismo no Jordão, ao romper dos céus, se ouvia a palavra do Pai: "Tu és meu Filho muito amado: em ti coloquei toda a minha afeição" (Mc 1,11). Na transfiguração, depois, ao sinal da nuvem, se aproximava a palavra: "Este é meu filho muito amado, escutem-no!" (Mc 9,7). Ao invés disso, ao aproximar-se da morte do crucificado, vem o silêncio, não se escuta nenhuma voz, mas o olhar de amor do Pai permanece fixo sobre o dom de amor do Filho.

Mas qual significado da oração de Jesus, naquele grito que é lançado ao Pai: "Meu Deus, Meu Deus, por que abandonantes"? Existe a dúvida da sua missão, da presença do Pai? Nesta oração não existe talvez a consciência exata de ter sido abandonado? As palavras que Jesus dirige ao Pai são o início do Salmo 22, no qual o Salmista manifesta a Deus a tensão entre o se sentir deixado sozinho e a consciência certa da presença de Deus em meio ao seu povo. O Salmista reza: "Meu Deus, grito pela manhã e não respondes; à noite, e não existe trégua para mim. Mesmo assim, Tu és Santo, Tu sentas no trono entre os louvores de Israel" (v. 3-4). O Salmista fala de "grito" para exprimir todo o sofrimento da sua oração diante de Deus aparentemente ausente: no momento da angústia a oração de torna um grito.

E isto acontece também no nosso relacionamento com o Senhor: diante das situações mais difíceis e dolorosas, quando parece que Deus não escuta, não devemos temer de confiar a Ele todo o peso que trazemos no nosso coração, não devemos ter medo de gritar a Ele o nosso sofrimento, devemos estar convencidos que Deus está próximo, também se aparentemente não fala.

Repetindo da cruz as palavras iniciais do Salmo, "Eli, Eli, lemà sabactàni?" - "Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonastes?" (Mt 27,46), gritando as palavras do Salmo, Jesus reza no momento da última rejeição dos homens, no momento do abandono; reza, entretanto, com o Salmo, na consciência da presença de Deus Pai também nesta hora na qual sente o drama humano da morte.
Mas em nós surge uma pergunta: como é possível que um Deus tão potente não intervenha para livrar o Filho dessa prova terrível? É importante compreender que a oração de Jesus não é um grito de quem vai de encontro ao desespero e à morte e nem mesmo é o grito de quem sabe que foi abandonado. Jesus naquele momento faz seu todo o Salmo 22, o Salmo do povo de Israel que sofre, e deste modo toma sobre si a pena do seu povo, mas também aquela de todos os homens que sofrem pela opressão do mal, e ao mesmo tempo, leva tudo isso ao coração do próprio Deus, na certeza que o seu grito será acolhido na Ressurreição: "o grito no extremo tormento é ao mesmo tempo certeza da resposta divina, certeza da salvação - não somente pelo próprio Jesus, mas por muitos" (Jesus de Nazaré II, 239-240).

Nesta oração de Jesus se uneM a extrema confiança e o abandono nas mãos de Deus, também quando Ele parece ausente, também quando Ele parece permanecer em silêncio seguindo um desígnio a nós incompreensível.

No Catecismo da Igreja Católica lemos assim: No amor redentor que sempre o unia ao Pai, Jesus nos assumiu na nossa separação de Deus por causa do pecado ao ponto de poder dizer em nosso nome sobre a cruz: "Meu Deus, Meu Deus, por que me abandonastes"?(n.603). O seu é um sofrimento em comunhão conosco e para nós, que deriva do amor e já leva consigo a redenção, a vitória do amor.

As pessoas presentes junto a cruz de Jesus não conseguem entender e pensam que o seu grito seja uma súplica voltada para Elias. Na cena, elas procuram matar a sede dele para prolongar-lhe a vida e verificar se verdadeiramente Elias virá em seu socorro, mas um forte grito põe um fim à vida terrena de Jesus e ao desejo deles.

No momento extremo, Jesus deixa que no seu coração exprima dor, mas deixa brotar, ao mesmo tempo, o sentido da presença do Pai e o consenso ao seu desígnio de salvação para a humanidade. Também nós, nos encontramos sempre e novamente diante do "hoje" do sofrimento, do silêncio de Deus -  o exprimimos tantas vezes na nossa oração -  mas nos encontramos também diante do "hoje" da Ressurreição, da resposta de Deus que tomou sobre si os nosso sofrimentos, para levá-los junto conosco e dar-nos a firme esperança que eles serão vencidos (cfr Encíclica Spe Salvi, 35-40)

Queridos amigos, na oração, levamos a Deus as nossas cruzes cotidianas, na certeza que Ele está presente e nos escuta. O grito de Jesus nos recorda como a na oração devemos superar as barreiras do nosso "eu" e dos nossos problemas e abrir-nos às necessidades e aos sofrimentos dos outros. A oração de Jesus que morre sobre a cruz nos ensine a rezar com amor por tantos irmãos e irmãs que sentem o peso da vida cotidiana, que vivem momentos difíceis, que estão na dor, que não tem uma palavra de conforto; levamos tudo isso ao coração de Deus, para que também esses possam sentir o amor de Deus que não nos abandona nunca.
Obrigado!




Bento XVI durante audiência desta quarta-feira

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Mensagem do Papa na oração do Ângelus

Papa Bento XVI sauda os fiéis para a oração do Ângelus


 Bento XVI assomou ao meio-dia deste domingo à janela de seus aposentos – que dá para a Praça São Pedro – para rezar a oração do Angelus.
A verdadeira juventude está no serviço à vida e a fé no amor de Deus é a verdadeira resposta para derrotar o mal. Foi o que disse o Pontífice – na alocução que precedeu a oração mariana – aos fiéis, peregrinos e turistas presentes na Praça São Pedro, no Dia pela Vida e em vista do próximo Dia Mundial do Enfermo.
Jesus que cura os doentes. Inspirado pelo Evangelho deste V Domingo do Tempo Comum, Bento XVI deteve-se sobre a condição de quem se encontra enfermo, "uma condição tipicamente humana, em que experimentamos fortemente que não somos auto-suficientes, mas necessitados dos outros:
"Nesse sentido podemos dizer, com um paradoxo, que a doença pode ser um momento salutar em que se pode experimentar a atenção dos outros e dar atenção aos outros!"
"Todavia, ela é sempre uma provação – acrescentou – que pode tornar-se inclusive longa e difícil."
"Quando a cura não chega e os sofrimentos se prolongam, podemos permanecer como que esmagados, isolados, e então a nossa existência se deprime e se desumaniza."
"Como podemos reagir a esse ataque do Mal?", perguntou-se o Papa. Certamente com as terapias apropriadas – a medicina nestas décadas deu passos gigantescos – observou –, mas "existe uma atitude decisiva e de fundo com a qual enfrentar a doença: a atitude da fé". "Mas fé em que? No amor de Deus".
"Eis a verdadeira resposta, que derrota radicalmente o Mal. Assim como Jesus enfrentou o Maligno com a força do amor que lhe vinha do Pai, também nós podemos enfrentar e vencer a provação da doença mantendo o coração imerso no amor de Deus."
"Todos conhecemos – disse o Pontífice – pessoas que suportaram sofrimentos terríveis porque Deus lhes dava uma profunda serenidade", assim como a Beata Chiara Badano, ceifada no florescer da juventude por um mal incurável, capaz de dar "luz e confiança" aos que iam visitá-la.
Mas, "todavia, na doença, todos precisamos de calor humano"...
"...para confortar uma pessoas doente, mais do que as palavras, conta a proximidade sincera."
Em seguida, em vista do Dia Mundial do Enfermo, a ser celebrado no próximo sábado, dia 11, Bento XVI exortou a pedirmos a intercessão de Maria, "especialmente pelas situações de maior sofrimento e abandono".
Após a oração dominical, o Pontífice recordou o Dia pela Vida – realizado pela Igreja italiana –, celebração "iniciada para defender a vida nascente, e depois estendida a todas as fases e condições da existência humana". A celebração deste ano tem como tema "Jovens abertos à vida".
"Uno-me aos Pastores da Igreja na Itália no afirmar que a verdadeira juventude se realiza no acolhimento, no amor e no serviço à vida" – destacou o Pontífice.
Antes de despedir-se dos presentes, referindo-se ao frio intenso destes dias e à neve que desde sexta-feira cai em Roma revestindo de branco a capital italiana, o Papa frisou que "a neve é bela", mas fez votos de que "logo chegue a primavera".
Bento XVI concedeu a todos os presentes a sua Bênção Apostólica.


sábado, 4 de fevereiro de 2012

São Brás

 Queridos paroquianos leitores, primeiramente agradeço pelas orações para o bom êxito do Retiro dos Seminaristas da Arquidiocese de Curitiba. Que Deus recompense a todos.
Diante disso, enquanto estava no retiro, celebramos no dia 03 de fevereiro, o dia de São Brás, muito conhecido pela bênção da garganta.


São Brás
 São Brás nasceu na cidade de Sebaste, Armênia. Primeiramente era médico, mas entrou numa crise, não profissional, pois era bom médico e prestava um ótimo serviço à sociedade. Mas nenhuma profissão, por melhor que seja, consegue ocupar aquele lugar que é somente de Deus. Então, providencialmente, porque ele ia se abrindo e buscando a Deus, foi evangelizado. Não se sabe se já era batizado ou pediu a graça do Santo Batismo, mas a sua vida sofreu uma guinada. Esta mudança não foi somente no âmbito da religião, sua busca por Nosso Senhor Jesus Cristo estava ligada ao seu profissional e muitas pessoas começaram a ser evangelizadas através da busca de santidade daquele médico.
  Numa outra etapa de sua vida, ele discerniu que precisava se retirar. Para ele, o retiro era permanecer no Monte Argeu, na penitência, na oração, na intercessão para que muitos encontrassem a verdadeira felicidade como ele a encontrou em Cristo e na Igreja. Mas, na verdade, o Senhor o estava preparando, porque, ao falecer o bispo de Sebaste, o povo, conhecendo a fama do santo eremita, foi buscá-lo para ser pastor. Ele, que vivia naquela constante renúncia, aceitou ser ordenado padre e depois bispo; não por gosto dele, mas por obediência.
  Sucessor dos apóstolos e fiel à Igreja, era um homem corajoso, de oração e pastor das almas, pois cuidava dos fiéis na sua totalidade. Evangelizava com o seu testemunho.
   São Brás viveu num tempo em que a Igreja foi duramente perseguida pelo imperador do Oriente, Licínio, que era cunhado do imperador do Ocidente, Constantino. Por motivos políticos e por ódio, Licínio começou a perseguir os cristãos, porque sabia que Constantino era a favor do Cristianismo. O prefeito de Sebaste, dentro deste contexto e querendo agradar ao imperador, por saber da fama de santidade do bispo São Brás, enviou os soldados para o Monte Argeu, lugar que esse grande santo fez sua casa episcopal. Dali, ele governava a Igreja, embora não ficasse apenas naquele local.
 São Brás foi preso e sofreu muitas chantagens para que renunciasse à fé. Mas por amor a Cristo e à Igreja, preferiu renunciar à própria vida. Em 316, foi degolado.
 Conta a história que, ao se dirigir para o martírio, uma mãe apresentou-lhe uma criança de colo que estava morrendo engasgada por causa de uma espinha de peixe na garganta. Ele parou, olhou para o céu, orou e Nosso Senhor curou aquela criança.
Peçamos a intercessão dele para que a nossa mente, a nossa garganta, o nosso coração, nossa vocação e a nossa profissão possam comunicar esse Deus, que é amor.


quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Apresentação do Senhor

 Caros leitores, já que estarei no Retiro Anual dos Seminaristas nos próximos dias, resolvi postar algo sobre a Festa da Apresentação do Senhor, que será celebrada na próxima quinta-feira, 02 de fevereiro.
Apesar de ter esta data (02/02), a festa da Apresentação tem um caráter natalino, sendo como uma possível "segunda" Epifania do Senhor. Por isso, junto com o Natal e com a Epifania, formam um tríptico litúrgico das manifestações de Deus Menino. Antigamente, mas muito antigamente, era nessa época que se retiravam os enfeites de Natal das casas.
 Esta festa é de origem antiquíssima, datando do século IV lá região oriental, e, primeiramente, era celebrada 40 dias após a Epifania, em 14 de fevereiro. Conta uma peregrina de Jerusalém que esta festa era celebrada com grande alegria, como se fosse uma Páscoa. Tal alegria em celebrá-la, fez com que se propagasse pelos países orientais, chegando ao Ocidente. A partir do século VII, a festa passou a ser celebrada também em Roma e logo foi associada a ela, a procissão com as velas. Fixou-se uma data para a celebração: 40 dias depois do Natal, ou seja, 02 de fevereiro.
No Oriente, esta festa era chamada de Festa do Encontro, ou seja, festa do encontro do Cristo com seu povo. Por isso, era feita a leitura do capítulo dois do Evangelho de São Lucas, onde narra-se a apresentação de Jesus no Templo.


Esta festa começou a ser conhecida no Ocidente, a partir do século X, com o nome de Purificação da bem-aventurada virgem Maria. Foi incluída entre as festas de Nossa Senhora. Mas isto não totalmente correto, já que a Igreja celebra neste dia, essencialmente, um mistério de nosso Senhor. No calendário romano, revisado em 1969, o nome foi mudado para "A Apresentação do Senhor". Esta é uma indicação mais verdadeira da natureza e do objeto da festa. Entretanto, isso não quer dizer que subestimemos o papel importantíssimo de Maria nos acontecimentos que celebramos. Os mistérios de Cristo e de sua mãe estão estreitamente ligados, de maneira que nos encontramos aqui com uma espécie de celebração dupla, uma festa de Cristo e de Maria.


A bênção das velas antes da missa e a procissão com as velas acesas são características chocantes da celebração atual. O missal romano manteve estes costumes, oferecendo duas formas alternativas de procissão. é adequado que, neste dia, ao escutar o cântico de Simeão no evangelho (Lc 2,22-40), aclamemos a Cristo como "luz para iluminar às nações e para dar glória a teu povo, Israel".


Na belíssima introdução à benção das velas e a procissão, o celebrante lembra como Simeão e Ana, guiados pelo Espírito, vieram ao templo e reconheceram a Cristo como seu Senhor. E conclui com o seguinte convite: "Unidos pelo Espírito, vamos agora à casa de Deus dar as boas-vindas a Cristo, o Senhor. O reconheceremos na fração do pão até que venha novamente em sua glória".


No inicio da celebração é feita a aspersão para abençoar as velas
 A vela que levamos em nossas mão lembra a vela de nosso batismo. E o sacerdote diz: " guardem a chama da fé viva em seus corações. Que quando o Senhor vier saiam a seu encontro com todos os santos no reino celestial". Este será o encontro final, a apresentação , quando a luz da fé se converter na luz da glória. Então será a consumação de nosso mais profundo desejo, a graça que pedimos na pós-comunh4ao da missa:


"Por estes sacramentos que recebemos, enche-nos com tua graça, Senhor, tu que encheste plenamente a esperança de Simeão; e assim como não o deixaste morrer sem ter segurando Cristo nos braços, concede a nós, que caminhamos ao encontro do Senhor, merecer o prêmio da vida eterna"

Fevereiro

  Queridos leitores, vocês já podem ver os nomes dos dizimistas aniversariantes de fevereiro. basta clicar na página Dizimistas Aniversariantes abaixo da foto inicial.

Bom mês a todos.


OBS: De 01 à 04, estarei realizando o retiro Anual dos Seminaristas, por isso, estarei um pouco ausente do blog, peço orações a todos.
Obrigado

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